Igreja Evangélica Assembléia de Deus
Av. Brasil, 740 – Juiz de Fora - MG
Elaboração da Aula para os Professores da Escola Dominical
Revista: Grandes Heróis da Fé
Profª. Magda Narciso Leite – Classe Sara
Texto Áureo: “Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam” (1 Co 2.9).
Verdade Aplicada: Deus precisa de pessoas que desejam dedicar suas vidas como instrumentos poderosos para profetizar boas novas a este mundo perdido.
O que é a Profecia Bíblica: Segundo escreve Tim LaHaye (2004, p. 11) “um profeta é definido como aquele que fala em nome de outro, e uma profecia é a mensagem que ele transmite. A profecia bíblica é a mensagem infalível de Deus ao homem, falada ou escrita por profetas especialmente escolhidos por Deus”. A profecia pode implicar em Deus usando o profeta para trazer predições sobre o futuro (e neste caso o que Deus tinha para revelar aos homens acerca do futuro de Israel, da Igreja e do mundo já está totalmente contido na Palavra de Deus), mas ela pode também implicar em uma mensagem para edificação, consolação e exortação do seu povo. No caso das profecias onde é feito predições sobre o futuro, somente aquelas contidas na Palavra terão o seu pleno cumprimento, porque somente Deus conhece o passado, o presente e o futuro.
Is 46.9,10: “Lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade: Que eu sou Deus, e não há outro Deus, não há outro semelhante a mim; que anuncio o fim desde o princípio e, desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade”.
Textos de Referência: Ez 37.1,3,7,8,10
Introdução: Na introdução o comentarista aborda dois pontos acerca do capítulo 37 do livro de Ezequiel: A visão futurista concernente a nação de Israel... e o retrato da condição espiritual da nação de Israel na época de Ezequiel, o qual foi mostrado por Deus ao profeta através da visão do vale dos ossos secos... (No decorrer da lição o comentarista vai se deter mais neste ponto, no sentido de tirar lições de fé para as nossas vidas).
Com relação a visão futurista concernente a nação de Israel, o texto de Ezequiel 37 pode ser dividido da seguinte forma:
Ez 37.1-6 – Deus mostra a Ezequiel a situação em que se encontrava a nação de Israel, situação esta representada pelo vale que estava cheio de ossos secos. Ele ordena que Ezequiel profetizasse sobre aqueles ossos. Deus revela a Ezequiel a restauração completa da nação de Israel, tanto física, quanto espiritual.
Ez 37.7,8 – Ezequiel profetiza e contempla a restauração política/geográfica, mas não espiritual da nação de Israel. A restauração política/geográfica, conforme mostra a profecia, se deu em fases, de acordo com a tabela abaixo:
O vale cheio de ossos (Ez 37.1)
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O vale simboliza o mundo, as sepulturas simbolizam as nações (ver Ez 37.12,13). A visão mostra, portanto o povo judeu espalhado entre as nações gentílicas. Desde o cativeiro assírico/babilônico, muitos israelitas e israelitas/judeus já se encontravam espalhados pelo mundo, no entanto, foi no ano 70 d.C que a dispersão judaica atingiu o seu ápice.
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O ruído e o reboliço
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Os judeus sofrem perseguições em várias nações onde se encontravam. Isto os leva a reconhecer a necessidade de retornarem para sua pátria. Em 1897 um movimento capaz de conduzir os judeus de volta a sua pátria é organizado. Mais de 200 participantes de 17 países se reúnem no Primeiro Congresso Sionista em Basiléia, na Suíça. Desde então o Congresso Sionista se reúne a cada dois anos.
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O ajuntamento dos ossos
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Corresponde ao regresso dos judeus para sua pátria. Em 1917 já se somava uma população de 25000 judeus na Palestina. O regresso continuou até 1939, quando então a Inglaterra proibiu a entrada de judeus na Palestina. A partir de 1945 o regresso voltou a acontecer. Em 1998 já se somava 6 milhões de judeus na Palestina.
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Os nervos e a carne
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Representam as alianças políticas, militares, a recuperação econômica, o renascimento da língua hebraica e finalmente a delimitação de território e estrutura política que foi dada à nação a partir de 1948. Em 14 de Maio de 1948, o milagre do século acontece: A ONU vota a criação do Estado de Israel.
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A pele
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Representa a organização do exército de Israel dando acabamento e proteção à nação recém formada.
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Ez 37.9-10 – Deus revela a Ezequiel a restauração espiritual e ordena que ele profetizasse. Este fato corresponde a conversão de muitos em Israel durante o período da grande tribulação, quando então eles reconhecerão Jesus Cristo como sendo o Messias. A conversão dos judeus atingirá o seu clímax no final da grande tribulação, quando então estará acontecendo a batalha do Armagedom. Com o retorno de Jesus na segunda fase da sua segunda vinda, Israel entrará no reino do Milênio como uma nação regenerada.
Ez 37.11-14 – Deus dá a Ezequiel a interpretação, ou uma explicação mais detalhada acerca da visão do vale dos ossos secos. Ele ordena a Ezequiel que ainda profetizasse quanto a restauração completa, ou seja, física e espiritual da nação de Israel.
Ez 37.15-28 – Deus mostra a Ezequiel a unificação da nação de Israel, o que significa que eles não estariam mais divididos em duas nações como o foi desde o reinado de Roboão, filho de Salomão, sobre a casa de Judá e de Jeroboão sobre o Israel do Norte, até o reinado de Zedequias em Judá. Este fato terá seu pleno cumprimento no Reino Milenar de Jesus Cristo quando então Ele reinará sobre as doze tribos de Israel já totalmente recolhidas de volta à sua pátria.
1. Um Vale de Ossos Secos – Ezequiel fala de um período em que o povo escolhido por Deus se assemelhava a mortos... É revelado que aqueles ossos ressequidos eram seu povo. Ele deveria profetizar e reverter aquela situação.
Conforme nós vimos na introdução, literalmente falando a visão do vale dos ossos secos se refere ao futuro da nação de Israel. Esta visão pode, no entanto, encontrar aplicação para os dias atuais vividos por Ezequiel. Os ossos simbolizam toda a casa de Israel, tanto o reino do Norte, que já havia sido levado para o cativeiro assírico 120 anos antes, quanto o reino de Judá, que naquela ocasião fora arrastado para o exílio babilônico. Ossos sequíssimos são ossos totalmente descalcificados, ou seja, ossos que já não poderiam mais se suster por si próprio. A visão indica, desta forma, a total falta de esperança do povo de Israel de que algum dia eles voltassem para sua pátria como nação independente. Ezequiel deveria profetizar, pois a situação se reverteria, mas a reversão da situação se deve unicamente à soberania, fidelidade e misericórdia de Deus para com o seu povo.
Ez 37.11: “Então, me disse: Filho do homem, estes ossos são toda a casa de Israel; eis que dizem: Os nossos ossos se secaram, e pereceu a nossa esperança; nós estamos cortados”.
1.1. A Visão de Ezequiel – Ezequiel vê o domínio da morte e os resultados de sua ação...
A morte na Bíblia deve ser vista sempre como resultado do pecado. Assim como Adão e sua mulher experimentaram, a partir da desobediência a Deus, a morte espiritual, e depois a morte física, assim também a nação de Israel. Quando Deus mostra para Ezequiel o vale de ossos secos, uma visão da morte física, Ele está deixando subentendido para Ezequiel que espiritualmente a nação já havia perecido há muito tempo. A morte física naquele momento (simbolizando o exílio da nação), era apenas o resultado final da desobediência.
Rm 6.16: “Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça”.
Rm 6.21,23: “E que fruto tínheis, então, das coisas de que agora vos envergonhais? Porque o fim delas é a morte. Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor”.
1.2. A Pergunta de Deus – Deus testou a fé de Ezequiel ao fazer uma pergunta... “Poderão viver estes ossos? E eu disse: Senhor Deus, tu o sabes” (Ez 37.3). Ezequiel ficou em uma situação muito difícil. Mas, Deus queria que ele aprendesse sobre o poder de Sua Palavra...
Ao fazer esta pergunta a Ezequiel, não era intenção de Deus testar a fé de Ezequiel. Deus está mostrando a Ezequiel, de fato, a situação desesperançosa de Israel se não houvesse a intervenção divina. Na história do povo de Israel é exatamente isto que aconteceu. A lógica humana seria o desaparecimento da nação de Israel, o que quase veio a efeito por ocasião do Holocausto Nazista quando Hitler exterminou 6.000.000 de judeus em campos de concentração. A exterminação total de judeus só não aconteceu porque o nosso Deus está vivo e assim Ele interfere soberanamente na história da humanidade.
Ezequiel não ficou de maneira alguma em situação difícil. Ele, com sabedoria, não respondeu nem que sim, nem que não, mas reconheceu a soberania de Deus e que somente Ele teria uma resposta para aquela situação. Ezequiel entendia que merecidamente a nação de Israel encontrava-se naquela situação; assim ele a deixa nas mãos do Senhor, entendendo que Deus, segundo a sua justiça e segundo a sua misericórdia agiria conforme lhe aprouvesse. Observe bem a resposta de Ezequiel: “Senhor Deus, tu o sabes”. Também Ec. 5.2 diz: "Não te precipites com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus; porque Deus está nos céus, e tu estás sobre a terra; pelo que sejam poucas as tuas palavras".
1.3. Profetizando sobre ossos – No vale só havia duas pessoas: “Deus e o profeta”. Deus lhe diz: “Profetiza sobre estes ossos, e dize-lhes: Ossos secos, ouvi a palavra do Senhor (Ez 37.4). Deus busca duas coisas no profeta: Fé para acreditar e obediência para presenciar a realização do inacreditável.
Ao entregar na mão do Senhor aquela situação "Senhor Deus,tu o sabes" , Deus pode mostrar a Ezequiel qual era a sua soberana vontade com relação à nação de Israel. Ezequiel ouviu a Palavra do Senhor, acreditou que ela um dia se cumpriria, e assim ele profetizou conforme se lhe dera ordem. Estes fatos nos ensinam que, se, porventura um dia nós viermos a nos encontrar numa situação de total desesperança, nós devemos entregá-la nas mãos do Senhor, estarmos atentos à sua Palavra e a sua vontade soberana, crendo que no momento certo Ele intervirá em nosso favor.
Ez 37.4,5: “Então, me disse: Profetiza sobre estes ossos e dize-lhes: Ossos secos, ouvi a palavra do Senhor. Assim diz o Senhor Jeová a estes ossos: eis que farei entrar em vós o espírito, e vivereis”.
Sl 37.5: “Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele tudo fará”.
Is 26.2,3: “Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti; porque ele confia em ti. Confiai no Senhor perpetuamente; porque o Senhor Deus é uma rocha eterna”.
2. O Profeta tem Pacto com o Senhor – Quando Ezequiel profetizou, não falou segundo o que achava, nem segundo o que acreditava. Ele apenas repetiu uma ordem que Deus... Existem pessoas banalizando os dons espirituais, brincando com coisas sérias, tornando as coisas santas em coisas profanas.
Realmente, temos visto, e muito, os dons espirituais sendo banalizados. Quantas vezes ouvimos na igreja: “Profetiza irmão..., eu profetizo... eu determino... Deus vai fazer isto ou aquilo... Tudo segundo o “achismo” e não como fruto de verdadeira comunhão e intimidade com Deus. Outros modismos atuais são os chamados “sonhos de Deus, gravidez espiritual, culto das causas impossíveis, culto de profecias, culto do milagre, o homem que tem o raio x de Deus..., ou seja, uma infinidade de invencionices que afrontam a soberania de Deus, e desta forma as coisas santas vão sendo profanadas. A profanação das coisas de Deus já era algo que se observava também em Israel:
Jr 14.14: “E disse-me o Senhor: Os profetas profetizam falsamente em meu nome; nunca os enviei, nem lhes dei ordem, nem lhes falei; visão falsa e adivinhação, e vaidade, e o engano do seu coração são o que eles vos profetizam”.
Ez 21.26: “Os seus sacerdotes transgridem a minha lei, e profanam as minhas coisas santas; entre o santo e o profano não fazem diferença, nem discernem o impuro do puro; e de meus sábados escondem os seus olhos, e assim sou profanado no meio deles”.
A Bíblia, no entanto nos adverte: “Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão; porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Ex 20.7).
2.1. O Profeta Fala em Nome do Senhor – Ezequiel profetizou de acordo com a ordem que recebeu... Se por acaso algum profeta falar e não se cumprir é porque não foi o Senhor que falou, mas sim, a soberba do profeta (Dt 18.22).
Ez 37.7: “Então profetizei como se me deu ordem; e houve um ruído, enquanto eu profetizava; e eis que se fez um reboliço, e os ossos se juntaram cada osso ao seu osso”.
Dt 18.20-22: “Porém o profeta que presumir soberbamente de falar alguma palavra em meu nome, que eu lhe não tenho mandado falar, ou o que falar em nome de outros deuses, o tal profeta morrerá. E se disseres no teu coração: Como conheceremos a palavra que o Senhor não falou? Quando o tal profeta falar em nome do Senhor, e tal palavra se não cumprir, nem suceder assim, esta é a palavra que o Senhor não falou; com soberba a falou o tal profeta; não tenhas temor dele”.
Também em Dt 13.1-5 lemos acerca do profeta, que, porventura, fizesse algum sinal ou prodígio, porém, apesar disto, não estaria falando em nome do Senhor.
“Quando profeta ou sonhador de sonhos se levantar no meio de ti e te der um sinal ou prodígio, e suceder o tal sinal ou prodígio, de que te houver falado, dizendo: Vamos após outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los, não ouvirás as palavras daquele profeta ou sonhador de sonhos, porquanto o Senhor, vosso Deus, vos prova, para saber se amais o Senhor, vosso Deus, com todo o vosso coração e com toda a vossa alma. Após o Senhor, vosso Deus, andareis, e a ele temereis, e os seus mandamentos guardareis, e a sua voz ouvireis, e a ele servireis, e a ele vos achegareis. E aquele profeta ou sonhador de sonhos morrerá, pois falou rebeldia contra o Senhor, vosso Deus, que vos tirou da terra do Egito e vos resgatou da casa da servidão, para vos apartar do caminho que vos ordenou o Senhor, vosso Deus, para andardes nele; assim, tirarás o mal do meio de ti”.
2.2. O Profeta não Acrescentou nem retirou – Ezequiel foi muito obediente a visão que recebera de Deus... “Então profetizei como se me deu ordem... E profetizou como ele me deu ordem” (Ez 37.7,10). Quando fazemos exatamente da maneira que Deus mandou, as coisas acontecem tanto de forma rápida quanto de forma milagrosa...
A profecia de Ezequiel não cumpriu de forma rápida. Ezequiel teve a visão de seu cumprimento, no entanto, o cumprimento literal só se deu a partir dos anos 1800 e só se completará por ocasião da volta de Jesus, conforme já foi visto no comentário da introdução. Ec 3.1: “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu”.
Com relação ao cuidado que devemos ter de não acrescentar nem retirar o que Deus falou:
Dt 4.2: “Nada acrescentareis à palavra que vos mando, nem diminuireis dela, para que guardeis os mandamentos do Senhor, vosso Deus, que eu vos mando”.
Gl 1.8: “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema”.
Ap 22.18,19: “Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro; e, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida e da Cidade Santa, que estão escritas neste livro”.
2.3. O Profeta Cumpre a Ordem que Recebeu – Deus ordena ao profeta que dirija sua palavra diretamente ao problema... Ezequiel viu um exército se formando à sua frente. Ele apenas seguiu a fórmula divina. Isso é o que precisamos aprender (Ez 37.4-10).
A ordenança de Deus a Ezequiel mandando que ele se dirigisse aos ossos secos não implica em uma sugestão de que quando nós estivermos diante de algum problema, nós devemos nos dirigir diretamente ao problema ordenando que ele nos obedeça. O que está implícito aqui é a questão da obediência a Deus. Israel chegara àquele extremo por causa da sua desobediência. Ao mandar Ezequiel voltar-se para os ossos e ordenar-lhes que eles ouvissem a palavra do Senhor, o que Deus quer indicar é que ainda que eles estivessem mortos, se dessem ouvidos a voz do Senhor e para Ele retornassem, o Senhor os daria vida novamente, o que significa dizer que a nação experimentaria a regeneração e a restauração da sua posição diante de Deus.
Ez 37.4,5: “Então, me disse: Profetiza sobre estes ossos e dize-lhes: Ossos secos, ouvi a palavra do Senhor. Assim diz o Senhor Jeová a estes ossos: Eis que farei entrar em vós o espírito, e vivereis”.
Ap 3.1,3,6: “E ao anjo da igreja que está em Sardes escreve: Isto diz o que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas: Eu sei as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto. Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberá a que hora sobre ti virei. Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas”.
Com relação a frase “ele apenas seguiu a fórmula divina. Isso é o que precisamos aprender”, devemos ter cuidado com essa afirmativa. Não existe uma fórmula divina para que milagres aconteçam. Em cada situação, em cada momento, Deus pode agir de forma diferenciada, é isto que o ministério miraculoso de Jesus nos mostra, pois Ele realizou milagres de diversas maneiras.
3. Reconhecendo a Caótica Situação Espiritual – Para Israel tudo estava acabado. Estavam se sentindo cortados e suas esperanças naufragaram...
Quando nos sentirmos desta forma, lembremo-nos da Palavra do Senhor:
Sl 39.7: “Agora, pois, Senhor, que espero eu? A minha esperança está em ti”.
Sl 146.5,6: “Bem-aventurado aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxílio e cuja esperança está posta no Senhor, seu Deus, que fez os céus e a terra, o mar e tudo quanto há neles e que guarda a verdade para sempre”.
Jr 17.7: “Bendito o varão que confia no Senhor, e cuja esperança é o Senhor”.
Jr 31.17: “E há esperanças, no derradeiro fim, para os teus descendentes, diz o Senhor, porque teus filhos voltarão para o seu país”.
Lm 3.21-23,26: “Disso me recordarei no meu coração; por isso, tenho esperança. As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos; porque as suas misericórdias não têm fim. Novas são cada manhã; grande é a tua fidelidade. Bom é ter esperança e aguardar em silêncio a salvação do Senhor”.
3.1. Israel Estava Morto Espiritualmente – Nós também podemos estar espiritualmente mortos...
Ez 37.12,14: “Eu abrirei os vossos sepulcros, e vos farei subir das vossas sepulturas... Porei em vós o meu Espírito, e vivereis”.
Is 26.19: “Os teus mortos viverão, os teus mortos ressuscitarão; despertai e exultai, vós que habitais no pó, porque o teu orvalho, ó Deus será como o orvalho das ervas, e a terra lançará de si os mortos”.
Mt 24.12,13: “E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos se esfriará. Mas aquele que perseverar até o fim será salvo”.
Ef 5.14: “Pelo que diz: Desperta, ó tu que dormes, e levante dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá”.
Ap 2.4,5: “Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei e tirarei do seu lugar o teu castiçal se não te arrependeres”.
3.2. Reconhecendo os Ossos do Comodismo – Os dias atuais não são diferentes dos dias de Ezequiel. Vivemos a necessidade da ressurreição diária e do sopro do Espírito para nos encher...
Ez 37.14: “E porei em vós o meu Espírito, e vivereis, e vos porei na vossa terra, e sabereis que eu, o Senhor, disse isso e o fiz, diz o Senhor”.
Jo 20.21,22: “Disse-lhes, pois, Jesus outra vez. Paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós. E, havendo dito isso, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo”.
At 4.31: “E, tendo eles orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo e anunciavam com ousadia a palavra de Deus”.
Ef 5.18,19: “E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração”.
3.3. Reconhecendo os Ossos da Indiferença Espiritual – Quando as coisas secundárias bloqueiam a intimidade com o Senhor, nossos ossos começam a secar... Devemos reconhecer que existem pessoas doentes em nossos templos... Precisamos de humildade no coração para admitir que também podemos ser esses ossos secos.
Tg 4.8,9: “Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Limpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai o coração. Senti as vossas misérias, lamentai, e chorai; converta-se o vosso riso em pranto, e o vosso gozo, em tristeza. Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará”.
4. Deus nos Convida para Uma Nova Dimensão – Ezequiel era um homem sensível quanto aos eventos do mundo espiritual... Ezequiel tinha uma qualidade maravilhosa que o distinguia dos demais: “A mão do Senhor estava sobre sua vida” (Ez 37.1). Uma forma de expressar que Deus exercia governo sobre sua vida.
Acerca do profeta Ezequiel, a Bíblia de Estudo Pentecostal nos diz:
O contexto histórico do livro de Ezequiel é a Babilônia durante os primeiros anos do exílio babilônico (593-571 a.C.). Nabucodonossor levou cativos os judeus de Jerusalém para a Babilônia em três etapas: (1) em 605 a.C., jovens judeus escolhidos foram deportados para a Babilônia, entre eles Daniel e seus três amigos; (2) em 597 a.C., 10.000 cativos foram levados à Babilônia, estando Ezequiel entre eles; e (3) em 586 as forças de Nabucodonosor destruíram totalmente a cidade e o templo, e a maioria dos sobreviventes foi transportada à Babilônia. O ministério profético de Ezequiel ocorreu durante a hora mais tenebrosa da história do AT: Os sete anos que precederam a destruição, em 586 a.C. e os quinze anos seguintes [...] Ezequiel, cujo nome significa “Deus fortalece”, era de família sacerdotal, e passou os vinte e cinco primeiros anos da sua vida em Jerusalém. Estava se preparando para o trabalho sacerdotal do templo, quando foi levado prisioneiro à Babilônia em 597 a.C. Uns cinco anos mais tarde, aos trinta anos, Ezequiel recebeu sua chamada profética da parte de Deus e a partir daí ministrou fielmente durante vinte e dois anos, pelo menos...
4.1. O Ambiente que Vivemos Determinará as Nossas Visões – Quando Ezequiel foi comissionado, o Espírito de Deus logo se apossou de sua vida (Ez 2.1). A dimensão em que vivia na presença de Deus o levava ser Seu porta voz...
Se queremos ser porta-voz de Deus, assim como fora o profeta Ezequiel e todos os demais profetas, ouçamos o que a Bíblia nos diz:
Jr 15.19: “Portanto, assim diz o Senhor: Se tu voltares, então, te trarei, e estarás diante da minha face; e, se apartares o precioso do vil, serás como a minha boca; tornem-se eles para ti, mas não voltes tu para eles”.
4.2. Seja Dependente do Senhor – A referência a Ezequiel como “filho do homem” aparece mais de noventa vezes. Este título destaca tanto a humildade quanto a fragilidade do profeta...
2 Co 4.7: "Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós".
4.3. Ezequiel Comeu o Rolo – Ezequiel enfrentaria uma oposição muito forte contra seu ministério e sua força foi renovada com o alimento que o próprio Deus lhe dava...
Ez 3.1-3: “Depois, me disse: Filho do homem, come o que achares; come este rolo, e vai, e fala à casa de Israel. Então, abri a minha boca, e me deu a comer o rolo. E disse-me: Filho do homem, dá de comer ao teu ventre e enche as tuas estranhas deste rolo que eu te dou. Então, o comi, e era na minha boca doce como o mel”.
Referências Bibliográficas:
Tim LaHaye, Thomas Ice, Glorioso Retorno, 2004, Press Abba, São Paulo, SP.
D. Stamps, Bíblia de Estudo Pentecostal, 1995, CPAD, Rio de Janeiro, RJ.