domingo, 28 de agosto de 2011

HISTÓRIAS BÍBLICAS PARA CRIANÇAS - OS LIVROS DE 1 SAMUEL A 2 REIS

        Disponibilizo abaixo a Revista da Escola Dominical (Revista n. 3) para a classe dos primários (crianças de 6 a 8 anos), podendo esta ser usada também em classes de junióres (crianças de 9 a 11 anos).
        Esta revista contém 26 lições relacionadas aos livros da Bíblia desde o livro de 1 Samuel a 2 Reis. Todas as lições contém atividades de acordo com o texto apresentado. Na barra de ferramentas você poderá clicar em "full" para obter uma melhor visualização da revista, já que assim esta se apresenta em tela cheia.
        Que Deus abençoe a todos que fizerem uso da mesma, e que cada lição venha contribuir para que nossas crianças cresçam a cada dia em graça e em conhecimento do nosso Deus.
                                                                                                                         Magda Narciso Leite.


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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

LIÇÃO 9 - O QUE LEVAREMOS PERANTE O SENHOR

Igreja Evangélica Assembléia de Deus
Av. Brasil, 740 – Juiz de Fora - MG
Elaboração da Aula para os Professores da Escola Dominical
Revista: Anônimos e Atalaias de Deus
Prof. João Paulo Cruz – Classe Bereanos

Texto Áureo: “Então, Saul disse ao seu moço: Eis, porém, se lá formos, que levaremos, então, àquele homem? Porque o pão de nossos alforges se acabou, e presente não temos que levar ao homem de Deus. Que temos?” (1 Sm 9.7).
  
Verdade Aplicada: Aquele que muito quer receber, mas nada oferece ao Senhor, corre o perigo de nunca frutificar para o Reino, além de não satisfazer a sua alma.

Objetivos da Lição:

·    Aprender que não podemos permanecer vazios espiritualmente.
·    Enfatizar que sempre temos algo para oferecer ao nosso Deus.
·    Destacar a importância de estarmos preparados.

Textos de Referência: 1 Sm 9.7-10

Vamos começar lembrando o contexto do nosso texto de referencia: Como o povo queria um rei, foi escolhido um que pudesse agradá-lo: “moço e belo”’. Vale lembrar que as intenções de Israel de ter um rei como as demais nações apontava para uma rejeição ao governo teocrático. Mesmo sendo avisados de que essa não era a vontade de Deus, insistiram e Deus permitiu o início da monarquia.  Saul foi escolhido segundo o coração do povo, mas o rei segundo o coração de Deus seria escolhido mais tarde. A ignorância de Saul em relação ao profeta Samuel é surpreendente, até mesmo o seu servo que o acompanhava o conhecia. Isso já era um sinal de um reinado não muito promissor. Daniel 11.32b, nos mostra que quando conhecemos a Deus fazemos proezas.

Dn 11.32b: “O povo que conhece ao seu Deus se tornará forte e fará proezas”.

Sl 118.15-16: “Nas tendas dos justos há voz de júbilo e de salvação; a destra do Senhor faz proezas. A destra do Senhor se exalta; a destra do Senhor faz proezas”.

Mas como se faria para Saul e Samuel se encontrarem? 1) Jumentas extraviadas 2) A demorada procura  3) O temor de que Quis se preocupasse 4) A oportuna sugestão do servo e sua posse de algumas moedas. Mesmo parecendo que esses eventos não têm um significado comum, vemos a mão de Deus guiando toda a história para o encontro desses dois homens.  Não era o acaso e sim todas as coisas cooperando para a oportunidade que Deus concederia a Saul.

Introdução

Não se apresentava vazio perante o profeta:

1 Rs 14.3: “E leva contigo dez pães, e bolos, e uma botija de mel, e vai a ele; ele te declarará o que há de suceder a este menino”.

2 Rs 4.42: “E um homem veio de Baal-Salisa, e trouxe ao homem de Deus pães das primícias, vinte pães de cevada, e espigas verdes na sua palha, e disse: Dá ao povo, para que coma”.

2 Rs 8.8: “Então o rei disse a Hazael: Toma um presente na tua mão, e vai a encontrar-te com o homem de Deus; e pergunta por ele ao Senhor, dizendo: Hei de sarar desta doença?”

A palavra adorar no hebraico:”sahah” . O dicionário Aurélio define adoração como culto a divindade, culto, reverencia e veneração.
As palavras que definem adoração no AT significam ajoelhar-se ou prostar-se.

Ex 20.5a: “Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso...”

As palavras que definem adoração no NT significam “beijar a mão de alguém para mostrar referência”. Adoração é uma atitude de extremo respeito que se expressa com ações singulares e de culto.

Mt 4.10: “Então disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás”.

Jo 4.23,24: Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade”.

Adoração na verdade é a nossa mais importante e permanente atividade, tanto aqui quanto na eternidade. É uma atitude de fé, gratidão e obediência na qual o adorador se prosta diante de Deus. Na adoração o homem confessa sua dependência de Deus.

·    Deus fala e o homem adora
·    Deus mostra e o homem contempla
·    Deus abençoa e o homem louva

1. Perdendo a jumenta de seu pai –  ... Em todas as situações boas ou ruins que afetam nossa vida, é possível enxergar o propósito de Deus nelas.

1 Sm 9.3: “E perderam-se as jumentas de Quis, pai de Saul; por isso disse Quis a Saul, seu filho: Toma agora contigo um dos moços, e levanta-te e vai procurar as jumentas”.

Rm 8.28: “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito”.

Fp 3.8: “E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo”.

Fp 4.12: “Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade”.

1.1 Buscando as jumentas

1 Sm 9.4-6: “Passaram, pois, pela montanha de Efraim, e dali passaram à terra de Salisa, porém não as acharam; depois passaram à terra de Saalim, porém tampouco estavam ali; também passaram à terra de Benjamim, porém tampouco as acharam. Vindo eles então à terra de Zufe, Saul disse para o seu moço, com quem ele ia: Vem, e voltemos; para que porventura meu pai não deixe de inquietar-se pelas jumentas e se aflija por causa de nós. Porém ele lhe disse: Eis que há nesta cidade um homem de Deus, e homem honrado é; tudo quanto diz, sucede assim infalivelmente; vamo-nos agora lá; porventura nos mostrará o caminho que devemos seguir”.

O pai de Saul o envia com um de seus servos para procurar algumas jumentas que ele havia perdido. Saul prontamente foi buscar as jumentas de seu pai. Sua prontidão em reaver as jumentas é uma declaração de que sua obediência ao seu pai era louvável. O servo de Quis (pai de Saul) era fiel por ser um servo, mas Saul como filho era fiel, no seu próprio negócio.   Saul e o moço foram e percorreram uma grande distancia em busca das jumentas, mas em vão, não acharam. Assim decidiram voltar para casa, preocupado com seu pai que já era idoso.

“O local da benção é para cima” - Algumas bênçãos que vem do alto (de cima).

Tg 1.17: Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”.

Tg 3.17: “Mas a sabedoria que do alto vem é, primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia”.

Cl 3.1-2: “Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra”.

Jo 3.31: “Aquele que vem de cima é sobre todos; aquele que vem da terra é da terra e fala da terra. Aquele que vem do céu é sobre todos”.

1.2 Consultando a Deus

O servo de Saul propôs que, uma vez que estavam em Ramá, poderiam pedir ajuda a Samuel e ouvir o seu conselho nessa questão importante. Podemos notar que eles estavam próximos da cidade onde Samuel morava.  Onde é que estivermos temos que estar dispostos a consultar a Deus, a entender a vontade de Deus e a procurarmos a Deus para sabermos por onde caminhar e como agir em casa situação. Os dois deram um passo, foram até o profeta, saíram do próprio caminho para encontrar alguém que tinha sabedoria divina. Assim também devemos fazer: Sair de nós mesmos, renunciar algumas coisas, abrir mão do tempo, para que possamos consultar ao Senhor atingindo uma comunhão cada vez maior com o Todo-Poderoso. E isso depende de cada um de nós. Arrumamos tempo para tudo o que queremos e as vezes esquecemos a melhor parte, aquela que ninguém pode nos tirar, JESUS CRISTO. Temos que aprender a ser ”Maria em um mundo de Marta”.

Mt 6.33: “Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”.

Sl 105.4: “Buscai ao Senhor e a sua força; buscai a sua face continuamente”.

Sf 2.3: “Buscai ao Senhor, vós todos os mansos da terra, que tendes posto por obra o seu juízo; buscai a justiça, buscai a mansidão; pode ser que sejais escondidos no dia da ira do Senhor”.

Is 55.6: “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto”.
                                                                                                     
1.3 A chamada de Saul

Saul significa aquele que foi escolhido. Era de uma boa família, da tribo de Benjamin, semelhante a Paulo no Novo Testamento. Essa tribo havia sido reduzida a um numero muito pequeno pela guerra fatal em Gibeá.  Essa tribo tornou-se diminuída pela guerra e no versículo 21 de 1 Samuel 9 é chamada de  a menor tribo de Israel . Seu pai era Quis, homem forte, de espírito ousado e rico em propriedades. Toda a herança da tribo de Benjamin foi distribuída a 600 homens e disto podemos entender que a herança de cada família tornou-se maior que a das famílias das outras tribos. Saul tinha uma bela aparência, mas quando Deus escolhe um rei segundo o seu coração, escolhe um que não era notável pela sua estatura ou semblante, mas pela sua inocência e brandura. A chamada de um servo ou uma serva de Deus passa por 3 processos: Sacrifício, esforço e dependência de Deus.

·   Sacrifícios: São as perdas por amor a Cristo, aquilo que temos que renunciar e deixar para trás.
·   Esforço: É a nossa luta diária contra a carne, o pecado, o mundo e os principados e potestades os quais só vencemos com a armadura de Deus.
·   Dependência de Deus: É refletido no tempo de oração e meditação da Palavra que disponibilizamos. Quanto mais oramos e temos conhecimento bíblico, mas se demonstra nossa dependência e necessidade de estarmos perto de Deus.

Mc 8.35: “Porque qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, mas, qualquer que perder a sua vida por amor de mim e do evangelho, esse a salvará”.

Fp 1.29: “Porque a vós vos foi concedido, em relação a Cristo, não somente crer nele, como também padecer por ele”.

Gl 5.17: “Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis”.

Ef 6.11: “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo”.

2. Tendo aparência, mas nada para oferecer

1 Sm 9.7,8: “Então Saul disse ao seu moço: Eis, porém, se lá formos, que levaremos então àquele homem? Porque o pão de nossos alforges se acabou, e presente nenhum temos para levar ao homem de Deus; que temos? E o moço tornou a responder a Saul, e disse: Eis que ainda se acha na minha mão um quarto de um siclo de prata, o qual darei ao homem de Deus, para que nos mostre o caminho”.

2 Tm 3.5: Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te”.

2 Co 5.12: Porque não nos recomendamos outra vez a vós; mas damo-vos ocasião de vos gloriardes de nós, para que tenhais que responder aos que se gloriam na aparência e não no coração”.

Gl 2.6: “E, quanto àqueles que pareciam ser alguma coisa (quais tenham sido noutro tempo, não se me dá; Deus não aceita a aparência do homem), esses, digo, que pareciam ser alguma coisa, nada me comunicaram”.

Lc 17.20: “E, interrogado pelos fariseus sobre quando havia de vir o reino de Deus, respondeu-lhes, e disse: O reino de Deus não vem com aparência exterior”.

2.1 O perigo de só ter aparência

Ter apenas aparência pode ser comparado a usar máscaras. Há para todos os gostos e todas as ocasiões. Podemos fazer propaganda enganosa. Burlar o princípio da integridade. Sacrificamos a verdade e gritamos não o que somos, mas o que aparentamos ser! Ter apenas aparência é vestir pele de ovelha, mas no peito bater um coração de lobo. Mentimos para Deus, para os outros e para nós mesmos. Mas enganamos os outros e até nós mesmos, mas nunca a Deus . Ele nos conhece e nos esquadrinha.

Pv 20.27: “O espírito do homem é a lâmpada do Senhor, que esquadrinha todo o interior até o mais íntimo do ventre”.

Sl 26.2: “Examina-me, Senhor, e prova-me; esquadrinha os meus rins e o meu coração”.

1 Cr 28.9: “E tu, meu filho Salomão, conhece o Deus de teu pai, e serve-o com um coração perfeito e com uma alma voluntária; porque esquadrinha o Senhor todos os corações, e entende todas as imaginações dos pensamentos; se o buscares, será achado de ti; porém, se o deixares, rejeitar-te-á para sempre”.

2.2 O perigo de sempre se achar vazio

O momento que sentimos que estamos vazios, carentes da presença de Deus e necessitados de sua graça é o momento oportuno para o Espírito Santo trabalhar em nossas vidas, trazendo renovo para os necessitados.  Se sentir vazio não é problema. A maior dificuldade é se conformar em estar vazio.
           
Jl 3.10: “Forjai espadas das vossas enxadas, e lanças das vossas foices; diga o fraco: Eu sou forte”.

Is 41.13: “Porque eu, o Senhor teu Deus, te tomo pela tua mão direita; e te digo: Não temas, eu te ajudo”.

2 Co 12.9: “E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo”.

2.3 O perigo de se apoiar sempre no outro

Não há nenhum problema de um irmão ajudar ao outro na hora da necessidade, trazendo assim força e acolhimento, mesmo porque esta é uma das nossas obrigações, ajudar aquele que precisa. O problema está quando o cristão passa a depender mais do homem que de Deus, o homem pode falhar, pode errar, pode não estar presente no momento que mais você precisar, mas Deus é o nosso socorro bem presente na hora da angustia!
           
Ec 4.12: “E, se alguém prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; e o cordão de três dobras não se quebra tão depressa”.

Sl 133.1: “Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união”.

Rm 12.13a: “Comunicai com os santos nas suas necessidades”.

Gl 6.2: “Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo”.

3. O perigo de vermos Deus como um serviçal

Um dos perigos da nossa geração é o que chamamos de Inversão de valores. Na escola, os alunos têm mais autoridade que os professores. Em casa, os filhos tem mais voz que os pais. Em alguns cultos o homem tem um lugar de maior destaque que Jesus Cristo. E quando o homem ou a mulher entra em conformidade com essa catástrofe, a sua comunhão com Deus (se assim podemos chamar) tornar-se inversa. Agora o crente determina e Deus faz. O crente sonha e Deus realiza. O crente oferta e Deus é obrigado a resolver o problema. Essa é a era que vivemos de grande apostasia e engano no meio do povo de Deus. 

2 Ts 2.11,12: “E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniqüidade”.

Como o servo deve considerar-se a si mesmo em relação ao seu Senhor:

Lc 17.10: “Assim também vós, quando fizerdes tudo o que vos for mandado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos somente o que devíamos fazer”.

3.1 A banalização da vida cristã

“Religiosidade cega da letra” precisamos deixar este ponto bem esclarecido: A letra que o comentarista se refere é uma vida de liturgia, mas sem prática, ou seja, um crente que não vive a Palavra de Deus. Viver desta forma é banalizar a vida cristã. Erroneamente muitos usam o versículo “a letra mata e o Espírito vivifica” para criticar o estudo teológico e sistematizado das Escrituras. Bem, a letra no versículo refere-se a lei do AT que por ela todos estávamos sujeitos a morte, por não conseguirmos cumpri-lá em sua totalidade.  A expressão usada pelo comentarista se refere a uma vida religiosa e não uma vida espiritual!
O sobrenatural de Deus em nossas vidas é resultado de uma vida de oração, comunhão com Deus e leitura da Palavra. Há alguma coisa mais maravilhosa que lermos as Escrituras e através do Espírito de Deus sermos transformados? Esse sobrenatural muitos não querem, por não ser imediato, é paulatino, mas a conseqüência é eterna.

2 Co 3.6: “O qual nos fez também capazes de ser ministros de um novo testamento, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata e o espírito vivifica”.

Jo 6.63: “O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos disse são espírito e vida”.

Jo 15.3: “Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado”.

3.2 O vazio nos cultos

Quanto mais atrativo for um culto, mais popular ele será e mais vazio da presença de Deus. Por quê? Por que este culto foi organizado para atrair pessoas, Deus não é o foco. O que atrai as pessoas são os marqueteiros, o Espirito Santo não é mais necessário. Neste tipo de culto as pessoas são convidadas a um novo estilo de vida e não um novo nascimento.  Culto cheio de pragmatismo. Lugar que não se importa com a Glória de Deus e sim com glória de homens.

1 Co 10.31: “Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus”.

1 Co 14.26: “Que fareis pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação”.

Jo 12.43: “Porque amavam mais a glória dos homens do que a glória de Deus”.

At 7.55: “Mas ele, estando cheio do Espírito Santo, fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus, e Jesus, que estava à direita de Deus”.

3.3 A perda do temor

Dt 10.12-13: Agora, pois, ó Israel, que é que o Senhor teu Deus pede de ti, senão que temas o Senhor teu Deus, que andes em todos os seus caminhos, e o ames, e sirvas ao Senhor teu Deus com todo o teu coração e com toda a tua alma,Que guardes os mandamentos do Senhor, e os seus estatutos, que hoje te ordeno, para o teu bem?”

Sl 25.12: Qual é o homem que teme ao Senhor? Ele o ensinará no caminho que deve escolher”.

Pv 9.10: “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo a prudência”.

Pv 15.16: “Melhor é o pouco com o temor do Senhor, do que um grande tesouro onde há inquietação”.

Pv 14.27: “O temor do Senhor é fonte de vida, para desviar dos laços da morte”.

4. O que devemos levar perante o Senhor

A ordem dos sacrifícios:

·   Melhores produtos do campo
·   Corpos purificados pela água
·   Vestidos com roupas de serviço, oração e pureza
·   Ungidos pela benção divina

Oferecer o melhor que temos, batizados em Cristo, pronto para servir, orar, avançar em santificação, sendo vasos de benção que provem do amor de Cristo, é assim que devemos servir.

4.1 Devemos levar os nossos pecados

Rm 5.12; 7.14: “Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram. Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado”.

Sl 51.5: “Eis que em iniqüidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe”.

Is 59.2: “Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça”.

Somos justificados pela fé em Jesus Cristo. Nossa culpa foi retirada, somos santos em Cristo, mas ainda pecamos. Temos a natureza pecaminosa e João nos escreve muito bem sobre isso: “Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós” (1Jo 1.8). Mas não podemos viver uma vida de pratica pecaminosa: “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo” (1 Jo 2.1). Devemos levar nossos pecados a Jesus em confissão, pois somente através do seu sangue, podemos ser purificados

Lv 5.5: “Será, pois, que, culpado sendo numa destas coisas, confessará aquilo em que pecou”.

Sl 32.5: “Confessei-te o meu pecado, e a minha maldade não encobri. Dizia eu: Confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a maldade do meu pecado”.

Pv 28.13:O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia”.

1 Jo 1.9: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça”.

4.2 A nossa cruz

Mt 10.38,39: “E quem não toma a sua cruz, e não segue após mim, não é digno de mim. Quem achar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a sua vida, por amor de mim, achá-la-á”.

Lc 14.27: “E qualquer que não levar a sua cruz, e não vier após mim, não pode ser meu discípulo”.

Mt 16.24: “Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me”.

4.3 A nossa oferta

Não podemos nos esquecer que dizimamos e ofertamos por amor e gratidão a Deus pelo que Ele já nos deu e não barganhando, querendo comprar benção, portas de emprego ou curas com ofertas.

2 Co 8.2: “Como em muita prova de tribulação houve abundância do seu gozo, e como a sua profunda pobreza abundou em riquezas da sua generosidade”.

2 Co 9.10-13: Ora, aquele que dá a semente ao que semeia, também vos dê pão para comer, e multiplique a vossa sementeira, e aumente os frutos da vossa justiça; para que em tudo enriqueçais para toda a beneficência, a qual faz que por nós se dêem graças a Deus. Porque a administração deste serviço, não só supre as necessidades dos santos, mas também é abundante em muitas graças, que se dão a Deus.Visto como, na prova desta administração, glorificam a Deus pela submissão, que confessais quanto ao evangelho de Cristo, e pela liberalidade de vossos dons para com eles, e para com todos”.

Ec 11.1: “Lança o teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharás”.

Conclusão:

Todo Cristão verdadeiro entrega fielmente os seus dízimos ao Senhor por 10 motivos...

1 – Porque reconhece que tudo o que tem veio de Deus: Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém!” (Rm 11.36).

2 - Porque sabe que a Terra é do Senhor: 
“Do Senhor é a Terra e a sua plenitude, o mundo e os que nele habitam” (Sl 24.1). “Minha é a prata e meu é o ouro” (Ag 2.8).

3 - Porque sabe que o dízimo é do Senhor: 
“Também todas as dízimas do campo, da semente do campo, do fruto das árvores são do Senhor” (Lv 27.31a).

4 - Porque reconhece que o dízimo é de uso exclusivo de Deus: 
“... o dízimo será Santo ao Senhor” (Lv 27.32b).

5 - Porque sabe que o dízimo é o sustento da Casa de Deus: 
“Trazei todos os dízimos à Casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha Casa...” (Ml 3.10a).

6 - Porque por sua graça, Deus abençoa ricamente os dizimistas:
“... E depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos Exércitos, se Eu não vos abrir as janelas do Céu e não derramar sobre vós uma benção tal, que dela vos advenha a maior abastança” (Ml 3.10b).

7 - Porque só Deus pode repreender o devorador: 
“E, por causa de vós, repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra, e a vide no campo não vos será estéril, diz o Senhor dos Exércitos” (Ml 3.11).

8 - Porque não quer roubar a Deus:
“Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas alçadas” (Ml 3.8).

9 - Porque não quer ser amaldiçoado por Deus:
“Com maldição sois amaldiçoados, porque me roubais a Mim, vós, toda a nação” (Ml 3.9).

10 - Porque o Senhor Jesus nos mandou ir além do dízimo:
“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e desprezais o mais importante da lei: o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer essas coisas e não omitir aquelas” (Mt 23.23).

terça-feira, 16 de agosto de 2011

LIÇÃO 8 - O CRISTÃO E O CARÁTER MOLDADO PELO ESPÍRITO SANTO

Igreja Evangélica Assembléia de Deus
Av. Brasil, 740 – Juiz de Fora - MG
Elaboração da Aula para os Professores da Escola Dominical
Revista: Anônimos e Atalaias de Deus
Prof. Magda Narciso Leite – Classe Sara

Texto Áureo: “Para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo” (Fp 2.15).
  
Verdade Aplicada: O crente salvo tem o dever de transmitir um bom testemunho em toda a sua maneira de viver.

Objetivos da Lição:

·    Mostrar que o servo de Deus tem o caráter trabalhado pelo Espírito Santo.
·    Explicar como podemos alcançar um caráter ideal, de acordo com as Santas Escrituras.
·    Compreender que um crente salvo demonstra um caráter abençoador e frutífero em meio à sociedade corrompida.

Textos de Referência: Cl 3.8-11

Introdução: O cristão verdadeiro se diferencia em meio à sociedade corrompida e perversa por ter um caráter moldado pelo Espírito Santo...

No capítulo 2 da carta de Paulo aos filipenses, Paulo trata especialmente das relações existentes dentro da igreja. Ele inicia conclamando os filipenses a viverem em unidade e na seqüência, ele parte para a idéia central que ele quer trazer à mente dos filipenses: Os relacionamentos dentro da igreja devem ser pautados na humildade e no interesse em relação ao benefício do irmão e não em relação a si próprio: “Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros” (Fp 2.3,4). Segundo escreve Demchuk (2003, pp. 1290-1292), no mundo Greco-romano, uma atitude de humildade era desprezada e vista como característica de um indivíduo de nascimento humilde ou de um escravo. Esta não seria uma posição facilmente adotada pelos cidadãos de Filipos, já que eles se orgulhavam do fato de serem considerados cidadãos romanos. Para confrontar esta idéia, Paulo mostra o maior exemplo de humildade já visto, sendo este o do próprio Senhor Jesus Cristo já que Ele, apesar de ser Deus, não usufruiu da posição que lhe era devida para tirar vantagens, direitos e honrarias frente aos homens. Mediante este exemplo, Paulo então encoraja os irmãos de Filipos a serem obedientes não somente na sua presença, mas também na sua ausência “De sorte que, meus amados, assim como sempre obedecestes, não só na minha presença, mas muito mais agora na minha ausência, assim também operai a vossa salvação com temor e tremor” (Fp 2.12) e a fazerem todas as coisas sem murmurações, nem contendas, pois este deve ser o comportamento daqueles que são verdadeiramente filhos de Deus. Para mostrar aos crentes a sua condição de cidadãos do céu e não exatamente da terra, Paulo ser refere aos cristãos como “astros no mundo”, e diante disto, ele convida os crentes a, por meio de uma conduta irrepreensível, sincera, e inculpável, resplandecerem em meio a uma geração corrompida e perversa como já era a sociedade em sua época.

1. O caráter do cristão – Muitas pessoas fazem confusão acerca do caráter e o tomam como sendo o mesmo que personalidade...

Realmente caráter e personalidade não são dois conceitos fáceis de distinguir: De forma simples como distinguir personalidade de caráter?

Personalidade – É uma palavra derivada da palavra latina “persona” usada para identificar as máscaras utilizadas pelos autores teatrais na antiga Grécia. Assim, o termo designava a “personagem” representada pelos atores teatrais no palco. Com o tempo a palavra passou a ser usada para descrever a “máscara” que o mundo vê acerca de cada pessoa. Assim, personalidade é a forma como a pessoa é definida pelo mundo à sua volta. Por exemplo, uma pessoa pode ser definida como sendo extrovertida ou introvertida, sociável ou tímida, agressiva ou passiva etc...

Caráter – É uma palavra originada do verbo grego que significa gravar. O caráter é, portanto aquilo que a pessoa é “por baixo” de sua personalidade. O caráter é desenvolvido ao longo da vida, sendo então a soma dos vícios, hábitos e virtudes de uma pessoa.

1.1 A formação do caráter – Nenhuma pessoa nasce com um caráter formado, mas possuindo um potencial, certos traços que, em contato com o meio social, vão desenvolver... É de suma importância manter sua mente na Palavra de Deus...

Dois fatores estão envolvidos na formação do caráter: O fator genético, ou seja, aquilo que é herdado a partir dos pais e o fator ambiental, ou seja, a influência do meio em que se vive. O cristão nascido de novo da água e do Espírito nasce trazendo traços da natureza divina. O ambiente em que ele se desenvolver favorecerá o desenvolvimento do seu caráter cristão.

Com relação ao novo nascimento:

Jo 3.6,7: “O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo”.

1 Pe 1.23: “Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre”.

1 Jo 3.9: “Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus”.

Com relação ao desenvolvimento do caráter cristão:

Rm 12.1: “E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus”.

2 Co 3.18: “Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor”.

2 Pe 1.4-7: “Pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo. E vós também, pondo nisto mesmo toda a diligência, acrescentai à vossa fé a virtude, e à virtude a ciência, e à ciência a temperança, e à temperança a paciência, e à paciência a piedade, e à piedade o amor fraternal, e ao amor fraternal a caridade”.

Observe nos versículos abaixo como o ambiente pode influenciar para o mal o desenvolvimento daquilo que trazia traços que favoreceria o desenvolvimento para o bem:

Is 5.4: “Que mais se podia fazer à minha vinha, que eu lhe não tenha feito? E como, esperando eu que desse uvas boas, veio a produzir uvas bravas?”

Jr 2.21: “Eu mesmo te plantei como vide excelente, uma semente inteiramente fiel; como, pois, te tornaste para mim uma planta degenerada como vide estranha?”

1.2 O valor da Escola Dominical – A EBD, como é conhecida, tem o seu valor na contribuição para formar o caráter do cristão... É através dela que os professores e alunos podem, juntos conhecer a Bíblia Sagrada, desenvolver o seu valor...

O cristão deve sempre se lembrar que a Escola Dominical “É o povo do Senhor, no Dia do Senhor, estudando a Palavra do Senhor, na Casa do Senhor”. Através da Escola Dominical a igreja evangeliza, faz discípulos, prepara obreiros para o serviço na seara do Mestre e promove a formação do caráter cristão.

10    razões pelas quais todos os crentes devem freqüentar a Escola Dominical

·   Genuíno e sadio alimento espiritual – 1 Pe 2.2: “Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo”.
·   É a própria igreja desenvolvendo-se no estudo da Palavra de Deus – At 5.42: “E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus Cristo”.
·   Toda a igreja é beneficiada – Ef 4.15,16: “Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, do qual todo o corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor”.
·   Sua qualidade contribui para que a igreja não seja destruída – Os 4.6: “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; e, visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos”.
·   Nela os Filhos de Deus adquirem fé sólida e madura, não sendo iludidos por doutrinas enganosas – Ef 4.14: “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente”.
·   Contribui para o desenvolvimento do caráter cristão – Hb 10.16: Este é o concerto que farei com eles depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei as minhas leis em seu coração e as escreverei em seus entendimentos”.
·   É um meio também de evangelização Mt 28.19,20: “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém”.
·   Motivação e treinamento de novos talentos – Lc 10.2: “E dizia-lhes: Grande é, em verdade, a seara, mas os obreiros são poucos; rogai, pois, ao Senhor da seara que envie obreiros para a sua seara”.
·   Atinge toda a família. As crianças crescem na disciplina do Senhor, os casais aperfeiçoam a vida conjugal e o relacionamento entre pais e filhos é fortalecido – Lc 2.52: “E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens”.
·   Fonte de avivamento espiritual, pois os maiores avivamentos ocorreram mediante a exposição da Palavra de Deus – Hc 3.2: “Ouvi, Senhor, a tua palavra, e temi; aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos faze-a conhecida; na tua ira lembra-te da misericórdia”.
                                                                                                     
1.3 O valor do culto de doutrina – O culto de ensino da Palavra de Deus tem grande valor na formação da vida cristã. Ele é muito importante na vida cristã, porque:

1) Aproxima o homem de Deus – Os 6.3: “Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra”.
2) Concede instrução para o viver diário – Cl 1.10: “Para que possais andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda a boa obra, e crescendo no conhecimento de Deus”.
3) Concede oportunidade de uma consciência pura – Hb 10.22: “Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa”.
4) Provê estímulos morais e desafios para a vida – Hb 5.14: “Mas o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal”.
5) Coloca o homem em comunhão perfeita com o próximo através da Palavra do Senhor – Tg 2.8,9: “Todavia, se cumprirdes, conforme a Escritura, a lei real: Amarás a teu próximo como a ti mesmo, bem fazeis. Mas, se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, e sois redargüidos pela lei como transgressores”.

2. O cristão deve despojar-se – Devemos nos livrar de todas as práticas más e da imoralidade... São sete coisas das quais devemos nos despojar...

Cl 3.8,9: “Mas agora, despojai-vos também de tudo: da ira, da cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes da vossa boca. Não mintais uns aos outros, pois que já vos despistes do velho homem com os seus feitos”

A ira – Ef 4.26: “Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira”.
A cólera; a malícia – Ef 4.31: “Toda a amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmia e toda a malícia sejam tiradas dentre vós”.
A maledicência – Tg 4.11: “Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Quem fala mal de um irmão, e julga a seu irmão, fala mal da lei, e julga a lei; e, se tu julgas a lei, já não és observador da lei, mas juiz”.
As palavras torpes – Ef 4.29: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem”.
A mentira – Ef 4.25: “Por isso deixai a mentira, e falai a verdade cada um com o seu próximo; porque somos membros uns dos outros”.
O velho homem – 2 Co 5.17: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”.

2.1 A ira – É um sentimento que incita agressividade contra alguém ou algo... “Não te apresses no teu espírito a irar-te, porque a ira abriga-se no seio dos tolos” (Ec 7.9). Jesus disse que qualquer que se encolerizar contra seu irmão será réu de juízo... Devemos levantar as mãos para o Senhor despojados da ira...

Mt 5.22: “Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e qualquer que disser a seu irmão: Raca, será réu do sinédrio; e qualquer que lhe disser: Louco, será réu do fogo do inferno”.

1 Tm 2.8: “Quero, pois, que os homens orem em todo o lugar, levantando mãos santas, sem ira nem contenda”.

2.2 As palavras torpes – São palavras infames, vergonhosas... O profeta Malaquias declara: “Então aqueles que temem ao Senhor falam cada um com o seu companheiro; e o Senhor atenta e ouve; e há um memorial escrito diante dele, para os que temem ao Senhor e para os que se lembram do seu nome” (Ml 3.16).

Cl 3.16: “A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao Senhor com graça em vosso coração”.

2.3 A mentira – Pode ser definida como ação ou efeito de mentir, ludibriar... É proibido ao seu povo praticar a mentira ... A mentira procede do maligno...

Lv 19.11: “Não furtareis, nem mentireis, nem usareis de falsidade cada um com o seu próximo”.

Jo 8.44: “Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira”.

Vale lembrar que os mentirosos não herdarão o Reino de Deus:

Ap 21.27: “E não entrará nela coisa alguma que contamine, e cometa abominação e mentira; mas só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro”.

Ap 22.15: “Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira”.

3. O cristão deve revestir-se – Há pelo menos nove coisas das quais o cristão verdadeiro deve se revestir:

1) Do novo homem – Ef 4.24: “E vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade”.
2) De entranhas de misericórdias, de benignidade, de humildade, de mansidão, de longanimidade – Cl 3.12: “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade”.
3) De paciência – Rm 15.5: “Ora, o Deus de paciência e consolação vos conceda o mesmo sentimento uns para com os outros, segundo Cristo Jesus”.
4) De perdão – Mt 18.35: “Assim vos fará, também, meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas”.
5) De amor divino – 1 Co 13.4: “O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece”.

3.1 Revestir-se do novo homem – Em 1 Jo 5.1 está escrito: “Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo, é nascido de Deus; e todo aquele que ama ao que o gerou também ama ao que dele é nascido”. A palavra de Deus descreve o pecador como sendo: Desobediente, extraviado... O novo homem é chamado na Bíblia de “homem interior”... É a nova personalidade espiritual que o Espírito Santo implanta no crente através do glorioso processo de regeneração...

Acerca do velho homem:

Ef 2.2,3: “Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência. Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também”.

Tt 3.3: “Porque também nós éramos noutro tempo insensatos, desobedientes, extraviados, servindo a várias concupiscências e deleites, vivendo em malícia e inveja, odiosos, odiando-nos uns aos outros”.

1 Pe 4.3: “Porque é bastante que no tempo passado da vida fizéssemos a vontade dos gentios, andando em dissoluções, concupiscências, borrachices, glutonarias, bebedices e abomináveis idolatrias”.

Acerca da regeneração:

Tt 3.5: “Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo”.

3.2 Revestir-se de misericórdia – A misericórdia é uma expressão do amor de Deus. No hebraico a palavra é “Chessed” e... pode significar sentimento doloroso... Somente podemos exercer misericórdia se estivermos em contínuo contato com o Senhor...

Mt 5.7: “Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia.

Lc 6.35,36: “Amai, pois, a vossos inimigos, e fazei bem, e emprestai, sem nada esperardes, e será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo; porque ele é benigno até para com os ingratos e maus. Sede, pois, misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso”.

Ef 4.32: “Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo”.

3.3 Revestir-se de mansidão – Mansidão vem da palavra grega “pratores”... É a brandura da índole. Devemos ser mansos:

1) Para podermos buscar ao Senhor convenientemente – Sf 2.3: “Buscai ao Senhor, vós todos os mansos da terra, que tendes posto por obra o seu juízo; buscai a justiça, buscai a mansidão; pode ser que sejais escondidos no dia da ira do Senhor”.
2) Para podermos receber a palavra que nos é enxertada – Tg 1.21: “Por isso, rejeitando toda a imundícia e superfluidade de malícia, recebei com mansidão a palavra em vós enxertada, a qual pode salvar as vossas almas”.
3) Para que a sabedoria possa ser demonstrada – Tg 3.13: “Quem dentre vós é sábio e entendido? Mostre pelo seu bom trato as suas obras em mansidão de sabedoria”.
4) Para que possamos estar preparados para responder aos que interrogarem a razão da nossa fé – 1 Pe 3.15: “Antes, santificai ao Senhor Deus em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós”.

4. O cristão deve cultivar – Em uma só passagem bíblica (Gl 5.19-31), temos arroladas primeiramente as obras da carne... e a seguir o fruto do Espírito... É de suma importância que cada servo de Deus cultive:

Gl 5.19-22: “Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus. Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança”.

4.1 A paciência com o fraco – ... A paciência está ligada a ser longânimo e calmo, tardio em irar... Não significa tolerar ou agüentar, mas sustentar com amor...

Rm 15.1: “Mas nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos”.

4.2 O amor e o perdão ao seu próximo – O amor é a essência das virtudes morais de nosso Senhor movido em cada crente pelo Espírito Santo... O amor é o vínculo da perfeição; confirma a filiação divina. Deus é a fonte e a causa do amor. O perdão significa: Deixar, soltar, cancelar... Cada crente deve perdoar, pois Jesus ensinando os discípulos a orar disse: “Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores”.

Rm 5.5: “E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado”.

1 Co 13.13: “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.”

Cl 3.14: “E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição”.

1 Jo 4.7,16: “Amados, amemo-nos uns aos outros; porque o amor é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus nos tem. Deus é amor; e quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

4.3 A leitura da Bíblia Sagrada – Muitos estão na igreja, mas têm o caráter cristão deformado devido a ausência da leitura e meditação da palavra de Deus...

Sl 1.1,2: “Bem aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite”.

Sl 119.105: “Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho”.

Pv 6.23: “Porque o mandamento é lâmpada, e a lei é luz; e as repreensões da correção são o caminho da vida”.

Referências Bibliográficas:
Johnson, V.; Palma, A., Hernando, J.; Simmons, W.; Adams, J. W.; Demchuck, D.; Soderlund, S. K.; Glubish, B.; Gill, D. M.; Comentário Bíblico Pentecostal, 2003, 1a. Ed., CPAD, Rio de Janeiro, RJ.