sábado, 18 de dezembro de 2010
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
LIÇÃO 12 – SANSÃO, O CAMPEÃO DE DEUS
Igreja Evangélica Assembléia de Deus
Av. Brasil, 740 – Juiz de Fora - MG
Elaboração da Aula para os Professores da Escola Dominical
Revista: Grandes Heróis da Fé
Profª. Magda Narciso Leite – Classe Sara
Av. Brasil, 740 – Juiz de Fora - MG
Elaboração da Aula para os Professores da Escola Dominical
Revista: Grandes Heróis da Fé
Profª. Magda Narciso Leite – Classe Sara
Texto Áureo: “Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte” (Pv 14.12).
Verdade Aplicada: O que torna o vaso valioso é o tesouro que nele há. Vaso sem tesouro é apenas uma peça bonita, mas sem muito valor.
Texto de Referência: Jz 16.16,17,19,21
Introdução – Se Sansão nascesse em nossos dias seria o herói... Sua vida reflete a história de pessoas que começam bem e terminam mal...
Quatro capítulos do livro de Juízes são dedicados ao relato acerca da vida de Sansão. No capítulo 13 têm-se o relato quanto a revelação que foi dada a seus pais acerca de seu nascimento. Após seu nascimento e um breve relato quanto a presença do Espírito do Senhor em sua vida, o capítulo 14 já relata Sansão descendo a Timna onde então ele vê uma mulher das filhas dos filisteus e seu interesse em casar-se com ela. Tal fato parece indicar que Sansão, apesar de ter sido abençoado por Deus, nunca começou bem, pelo contrário, desde cedo suas atitudes já demonstram certo desprezo em relação a sua chamada e os mandamentos de Deus.
“E o Espírito do Senhor o começou a impelir de quando em quando para o campo de Dã, entre Zorá e Estaol. E desceu Sansão a Timna; e, vendo em Timna a uma mulher das filhas dos filisteus, subiu, e declarou-o a seu pai e a sua mãe, e disse: Vi uma mulher em Timna, das filhas dos filisteus; agora, pois, tomai-ma por mulher. Porém seu pai e sua mãe lhe disseram: Não há, porventura, mulher entre as filhas de teus irmãos, nem entre todo o meu povo, para que tu vás tomar mulher dos filisteus, daqueles incircuncisos? E disse Sansão a seu pai: Tomai-me esta, porque ela agrada aos meus olhos” (Jz 13.25; 14.1-3).
“Guarda-te que não faças concerto com os moradores da terra aonde hás de entrar; para que não seja por laço no meio de ti... Para que não faças concerto com os moradores da terra, e não se prostituam após os seus deuses, nem sacrifiquem aos seus deuses, e tu, convidado deles, comas dos seus sacrifícios, e tomes mulheres das suas filhas para os teus filhos, e suas filhas, prostituindo-se após os seus deuses, façam que também teus filhos se prostituam após os seus deuses” (Ex 34.12,15,16).
“Quando o Senhor, teu Deus, te tiver introduzido na terra, a qual passas a possuir, e tiver lançado fora muitas nações de diante de ti, os heteus, e os girgaseus, e os amorreus, e os cananeus, e os ferezeus, e os heveus, e os jebuseus, sete nações mais numerosas e mais poderosas do que tu; e o Senhor, teu Deus, as tiver dado diante de ti, para as ferir, totalmente as destruirás; não farás com elas concerto, nem terás piedade delas; nem te aparentarás com elas; não darás tuas filhas a seus filhos e não tomarás suas filhas para teus filhos” (Dt 7.1-3).
1. Sansão, o nazireu de Deus – Sansão nasceu para ser o libertador de Israel... Eles prevaricaram contra Deus... o Senhor os entregou nas mãos dos filisteus...
“E os filhos de Israel tornaram a fazer o que parecia mal aos olhos do Senhor, e o Senhor os entregou na mão dos filisteus por quarenta anos” (Jz 13.1).
O livro de Juízes exibe um ciclo repetido de pecado por parte do povo de Israel, de servidão às nações vizinhas estrangeiras, de súplica pela misericórdia de Deus e de salvação mediante juízes divinamente levantados. Os filisteus já haviam sido usados por Deus para castigar Israel, porém eles foram temporariamente repelidos por Sangar, filho de Anate, quando este feriu seiscentos homens dos filisteus, libertando assim a Israel (ver Jz 3.31).
A origem dos filisteus é a partir de Casluim, filho de Mizraim, filho de Cão (ver Gn 10.14), no entanto quando eles apareceram posteriormente para fazer frente aos israelitas, tinham vindo de Caftor sendo que provavelmente este nome se refere a ilha de Creta, conforme mostra o mapa ao lado (ver Jr 47.4; Am 9.7). Quando os israelitas deixaram o Egito, os filisteus já estavam estabelecidos ao longo da faixa litorânea entre o Egito e Gaza, por isso o povo de Deus foi obrigado a desviar-se mais para o interior em sua marcha a fim de evitar o ‘caminho da terra dos filisteus’ (ver Ex 13.17). Os israelitas não entraram em choque com os filisteus, em Canaã, durante as conquistas, mas, pelo tempo em que Josué era homem idoso, os filisteus estavam fixados em cinco cidades, Gaza, Asquelom, Asdode, Ecrom e Gate, onde eram governados por cinco ‘senhores’ (Confira o local destas cidades no mapa acima). Com o decorrer dos anos, os filisteus constantemente fizeram pressão para o interior partindo das terras costeiras para avançar sobre os israelitas. No período do nascimento de Sansão, Israel encontrava-se debaixo da opressão dos filisteus, sendo esta a mais longa servidão de todas as registradas no livro de Juízes. Deus começaria a livrar Israel dos filisteus através das mãos de Sansão
1.1 O nascimento sobrenatural de Sansão – Sansão nasceu anunciado por um anjo... Sansão significa ‘pequeno sol’ ou ensolarado...
“E havia um homem de Zorá, da tribo de Dã, cujo nome era Manoá; e sua mulher era estéril e não tinha filhos. E o Anjo do Senhor apareceu a esta mulher e disse-lhe: Eis que, agora, és estéril e nunca tens concebido; porém conceberás e terás um filho. Agora, pois, guarda-te de que bebas vinho ou bebida forte, nem comas coisa imunda. Porque eis que tu conceberás e terás um filho sobre cuja cabeça não passará navalha; porquanto o menino será nazireu de Deus desde o ventre e ele começará a livrar a Israel da mão dos filisteus” (Jz 13.2-5).
“Depois, teve esta mulher um filho e chamou o seu nome Sansão; e o menino cresceu, e o Senhor o abençoou” (Jz 13.24).
O nome de Sansão (shimshôn) provém do termo hebraico shemesh, ‘sol’. Significa ‘pequeno sol’ ou ‘pessoa solar’. Foi lhe dado pelos seus pais, provavelmente por trazer em si o desejo do coração de seus pais em relação àquele menino.
“Assim, ó Senhor, pereçam todos os teus inimigos! Porém os que o amam sejam como o sol quando sai na sua força” (Jz 5.31).
“Porque o Senhor Deus é um sol e escudo; o Senhor dará graça e glória; não negará bem algum aos que andam na retidão” (Sl 84.11).
1.2 O voto de nazireado – O voto tinha certas proibições. Abstinência de vinho e bebida forte, que simbolizava a alegria natural...
O voto de nazireado era um voto voluntário e poderia ser feito por um período de tempo. Todas as proibições tinham como propósito indicar que tal pessoa se dedicaria ao Senhor em total consagração de sua vida a Ele. No caso de Sansão, Deus o escolhera para ser, desde o ventre de sua mãe, nazireu de Deus, por isso sua mãe já recebe do Anjo do Senhor a instrução para não comer nada proveniente da vide, nem beber vinho, nem bebida forte, nem comer coisa imunda. Todas as proibições concernentes ao nazireado deveriam ser observadas por Sansão durante todo o percurso de sua vida.
“E falou o Senhor a Moisés, dizendo: Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Quando um homem ou mulher se tiver separado, fazendo voto de nazireu, para se separar para o Senhor, de vinho e de bebida forte se apartará; vinagre de vinho ou vinagre de bebida forte não beberá; nem beberá alguma beberagem de uvas; nem uvas frescas nem secas comerá. Todos os dias do seu nazireado, não comerá de coisa alguma que se faz da vinha, desde os caroços até às cascas. Todos os dias do voto do seu nazireado sobre a sua cabeça não passará navalha; até que se cumpram os dias, que se separou para o Senhor, santo será, deixando crescer as guedelhas do cabelo da sua cabeça. Todos os dias que se separar para o Senhor, não se chegará a corpo de um morto. Por seu pai, ou por sua mãe, ou por seu irmão, ou por sua irmã, por eles não se contaminará, quando forem mortos; porquanto o nazireado do seu Deus está sobre a sua cabeça” (Nm 6.1-7).
“Porém disse-me: Eis que tu conceberás e terás um filho; agora, pois, não bebas vinho nem bebida forte e não comas coisa imunda; porque o menino será nazireu de Deus, desde o ventre até o dia da sua morte” (Jz 13.7).
“Então, Manoá levantou-se, e seguiu a sua mulher, e veio àquele homem, e disse-lhe: És tu aquele homem que falaste a esta mulher? E disse: Eu sou. Então, disse Manoá: Cumpram-se as tuas palavras; mas qual será o modo de viver e serviço do menino? E disse o Anjo do Senhor a Manoá. De tudo quanto eu disse à mulher se guardará ela. De tudo quanto procede da vide não comerá, nem vinho, nem bebida forte beberá, nem coisa imunda comerá; tudo quanto lhe tenho ordenado guardará” (Jz 13.11-14).
Com relação à nossa vida, nas palavras de Jesus descritas em Mt 26.28,29, onde Ele se reporta a uma das proibições feitas ao nazireu de Deus, está implícito o grau de consagração com que Ele quer que nós nos dediquemos a Ele: “Porque isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados. E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide até àquele Dia em que o beba de novo convosco no Reino de meu Pai”.
1.3 O enigma de Sansão – Sansão era plenamente capaz de tomar uma cidade, porém jamais aprendeu a governar o espírito...
O Senhor abençoou Sansão e o revestiu do poder do Espírito Santo, o que provavelmente já havia sido percebido por ele desde cedo, já que em Jz 13.25, já se diz que o Espírito do Senhor o impelia de quando em quando para o campo de Dã, entre Zorá e Estaol. Sansão desde cedo, porém parece desprezar os princípios de separação requerido para aqueles que eram nazireus de Deus já que:
1. Ele se interessa por uma mulher das filhas dos filisteus (ver Jz 14.1,2);
2. Despreza o conselho de seus pais de buscar uma mulher entre as filhas de seu povo (ver Jz 14.3);
3. Depois de matar um leão, retorna ao local para ver o corpo do leão morto e dali tira mel para comer, desprezando assim a ordenança de que o nazireu não deveria tocar e nem mesmo se aproximar de um corpo morto (ver Jz 14.8-11);
4. Ao fazer um banquete para comemoração das bodas de casamento, propõe um enigma baseado no acontecimento do leão morto, o que indica o desdém com que ele tratava a força que lhe era concedida pela presença do Espírito Santo (ver Jz 14.12-14).
Literalmente falando, no enigma de Sansão “do comedor saiu comida, e doçura saiu do forte” (Jz 14.14), não está implícito a força que saiu de Sansão quando foi vencido por quem deveria derrotar. O que poderíamos dizer em relação ao enigma, (se é que há algo implícito nele concernente a vida de Sansão) é que estaria ali implícito a preferência que ele tinha de desfrutar dos prazeres passageiros do pecado a viver de forma agradável Àquele que lhe concedera a sua força.
2. As grandes façanhas de Sansão – ... Após o fracasso do casamento, a mulher filistéia com quem casara foi dada por seu pai como esposa a um de seus amigos...
“Então, o Espírito do Senhor tão possantemente se apossou dele, que desceu aos asquelonitas, e matou deles trinta homens, e tomou as suas vestes, e deu as mudas de vestes aos que declararam o enigma; porém acendeu-se a sua ira, e subiu à casa de seu pai. E a mulher de Sansão foi dada ao seu companheiro, que o acompanhava” (Jz 14.19,20).
2.1 A seara dos filisteus é incendiada – As raposas aqui citadas eram chacais. Animais que andam em manadas e são fáceis de ser caçados...
“E foi Sansão, e tomou trezentas raposas, e, tomando tições, as virou cauda a cauda, e lhes pôs um tição no meio de cada duas caudas. E chegou fogo aos tições, e largou-as na seara dos filisteus, e assim abrasou os molhos com a sega do trigo e as vinhas com os olivais. Então, disseram os filisteus: Quem fez isto? E disseram: Sansão, o genro do timnita, porque lhe tomou a sua mulher e a deu a seu companheiro. Então, subiram os filisteus e queimaram a ela e a seu pai. Então, lhes disse Sansão: Assim o havíeis de fazer? Pois, havendo-me vingado eu de vós, então, cessarei. E feriu-os com grande ferimento, perna juntamente com coxa; e desceu e habitou no cume da rocha de Etã. Então, os filisteus subiram, e acamparam-se contra Judá, e estenderam-se por Leí” (Jz 15.4-9).
2.2 A morte de mil filisteus – Os homens de Judá, temendo aos filisteus, resolveram amarrar Sansão e entregar-lhe nas mãos de seus inimigos...
“E, vindo ele a Leí, os filisteus lhe saíram ao encontro, jubilando; porém o Espírito do Senhor possantemente se apossou dele, e as cordas que ele tinha nos braços se tornaram como fios de linho que estão queimados, e as suas amarraduras se desfizeram das suas mãos. E achou uma queixada fresca de um jumento, e estendeu a sua mão, e tomou-a, e feriu com ela mil homens” (Jz 15.14,15).
2.3 Sansão arranca os portões da cidade – Em Gaza, Sansão tem relações com uma prostituta. Tão logo os gazitas foram avisados da presença de Sansão, eles deixaram uma cilada para ele...
“E foi-se Sansão a Gaza, e viu ali uma mulher prostituta, e entrou a ela. E foi dito aos gazitas: Sansão entrou aqui. Foram, pois, em roda e toda a noite lhe puseram espias à porta da cidade; porém toda a noite estiveram sossegados, dizendo: Até à luz da manhã esperaremos; então, o mataremos. Porém, Sansão deitou-se até à meia-noite, e à meia-noite se levantou, e travou das portas da entrada da cidade com ambas as umbreiras, e juntamente com a tranca as tomou, pondo-as sobre os ombros; e levou-as para cima, até ao cume do monte que está defronte de Hebrom” (Jz 16.1-3).
Comentário acerca de 2, 2.1,2.2,2.3: A mulher de Sansão foi persuadida pelos seus companheiros a lhes declarar o enigma de Sansão. Ela lhe importunou até que ele lhe declarou o enigma. Sansão desceu aos asquelonitas e matou deles trinta homens e tomando as suas vestes as deu a seus companheiros. Depois disto, ele enraivecido voltou para a casa de seu pai. Sua esposa foi dada então a seu companheiro e quando ele retornou para estar com ela, o pai da moça não lhe permitiu estar com ela. Os atos subseqüentes de Sansão, a seara dos filisteus incendiada e a morte de mil filisteus com uma queixada de jumento, são todos atos motivados por ira e vingança pessoal, e não por causa do desejo de libertar o seu povo da opressão dos filisteus. Depois que Sansão feriu a mil filisteus, ele teve sede e, nestas circunstâncias, ele poderia cair na mão dos filisteus. Sansão, no entanto clamou ao Senhor e o Senhor fendeu a caverna que estava em Leí e dela saiu água. Sansão bebeu e teve seu espírito, desta forma, reanimado.
“E, como tivesse grande sede, clamou ao Senhor e disse: Pela mão do teu servo tu deste esta grande salvação; morrerei eu, pois, agora de sede e cairei na mão destes incircuncisos? Então, o Senhor fendeu a caverna que estava em Leí; e saiu dela água, e bebeu; e o seu espírito tornou, e reviveu; pelo que chamou o seu nome: A Fonte do Que Clama, a qual está em Leí até ao dia de hoje. E julgou a Israel, nos dias dos filisteus, vinte anos” (Jz 15.18-20).
Vinte anos se passaram e Sansão nestes vinte anos julgou a Israel. Ele, porém, nestes 20 anos não libertou o povo de Israel da opressão dos filisteus, pois conforme visto até aqui, suas atitudes foram motivadas apenas por vingança pessoal e não por zelo para com o seu povo. O relato subseqüente mostra que apesar do livramento de Deus a conduta de Sansão não mudaria. Em Gaza, ele vê uma mulher prostituta e tem um relacionamento com ela. A palavra de Deus diz, porém que os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento. Apesar da conduta de Sansão, quando os gazitas intentam contra ele, Deus, mais uma vez o fortalece, e ele os vence através da sua força.
“Porque os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento” (Rm 11.29).
3. Atitudes que devem ser cultivadas pelos casais (????? Não deu para entender o porquê deste subtítulo) – Os príncipes, agora investem em uma nova estratégia: Sansão cairia na sua fraqueza moral... Assim é o cristão que acha ser forte o suficiente para vencer qualquer provação, sendo legalista zeloso...
“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26.41).
“Ora, tudo isso lhes sobreveio como figura, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos. Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe que não caia” (1 Co 10.11,12).
“Destruindo os conselhos e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo” (2 Co 10.5).
A frase “sendo legalista zeloso” não encontra coerência em relação aos fatos relacionados a vida de Sansão.
3.1 Todo aquele que comete pecado é servo do pecado (Jo 8.34) – Uma fraqueza de caráter não dominada hoje, será a causa de uma tragédia moral amanhã... Sansão não tinha domínio próprio. E nós?... O diabo não tem pressa de derrubar ninguém...
“Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é servo do pecado” (Jo 8.34).
“Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça” (Rm 6.16).
“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma. Os manjares são para o ventre, e o ventre, para os manjares; Deus, porém, aniquilará tanto um como os outros. Mas o corpo não é para a prostituição, senão para o Senhor, e o Senhor para o corpo”. (1 Co 6.12,13).
“Fugi da prostituição. Todo pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo” (1 Co 6.18).
Com relação a frase “o diabo não tem pressa de derrubar ninguém..., seria melhor dizer que o diabo não desiste do seu intento de derrubar o servo de Deus.
“Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os vossos irmãos no mundo” (1 Pe 5.8,9).
3.2 Quem brinca com fogo um dia se queima – O enigma de Sansão continuava em sua vida. Ele gostava de buscar mel em lugar perigoso... Outra mulher lhe aparece, Dalila uma mulher sedutora que por várias vezes já lhe havia demonstrado que iria destruí-lo...
“E, depois disto, aconteceu que se afeiçoou a uma mulher do vale de Soreque, cujo nome era Dalila. Então, os príncipes dos filisteus subiram a ela e lhe disseram: Persuade-o e vê em que consiste a sua grande força e com que poderíamos assenhorear-nos dele e amarra-lo, para assim o afligirmos; e te daremos cada um mil e cem moedas de prata” (Jz 16.4,5).
“E sucedeu que, importunando-o ela todos os dias com as suas palavras e molestando-o, a sua alma se angustiou até a morte. E descobriu-lhe todo o seu coração e disse-lhe: Nunca subiu navalha à minha cabeça, porque sou nazireu de Deus, desde o ventre de minha mãe; se viesse a ser rapado, ir-se-ia de mim a minha força, e me enfraqueceria e seria como todos os mais homens” (Jz 16.16,17).
“E disse ela: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão. E despertou do seu sono e disse: Sairei ainda esta vez como dantes e me livrarei. Porque ele não sabia que já o Senhor se tinha retirado dele. Então, os filisteus pegaram nele, e lhe arrancaram os olhos, e fizeram-no descer a Gaza, e amarraram-no com duas cadeias de bronze, e andava ele moendo no cárcere” (Jz 16.20,21).
3.3 Pequenas pedras causam grande tropeços – Sansão não aprendeu com os erros dos outros... Ele estava tão acostumado com a vida de altos e baixos que perdeu a sensibilidade...
Sansão não aprendeu com os próprios erros e não com os dos outros. Ele já havia sido enganado uma vez por uma mulher que se deixou persuadir pelos filisteus, e agora mais uma vez é enganado por uma mulher levada pela cobiça pelo dinheiro. Com relação à perda da sensibilidade, a Bíblia mostra que esta será a condição, de forma geral, da igreja, antes do arrebatamento. O Espírito Santo terá se retirado dela, ela, no entanto não se dá conta de tal fato.
“Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta (e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu). Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças, e vestes brancas, para que te vistas; e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os olhos com colírio, para que vejas” (Ap 3.17,18).
4. O ato heróico de Sansão – Três mulheres, uma após a outra derrotaram Sansão... Sansão perdeu sua força porque se rendera a sedutora astúcia de Dalila. Pior do que a navalha e ficar velho é nunca aprender as lições que a vida nos ensina...
“Estrangeiros lhe devoraram a força e ele não o sabe; também as cãs se espalharam sobre ele, e não o sabe” (Os 7.9).
4.1 O alto preço da insensatez – A primeira coisa que uma pessoa perde quando o Espírito Santo está ausente de sua vida é a visão... Mas a maior tragédia provocada pelo pecado de Sansão foi o opróbrio que ele fez cair sobre Deus...
“Então, os príncipes dos filisteus se ajuntaram para oferecerem um grande sacrifício ao seu deus Dagom e para se alegrarem e diziam: Nosso deus nos entregou nas mãos a Sansão nosso inimigo. Semelhantemente, vendo-o o povo, louvavam ao seu deus, porque diziam: Nosso deus nos entregou nas mãos o nosso inimigo, e o que destruía a nossa terra, e o que multiplicava os nossos mortos” (Jz 16.23,24).
“Tu, pois, que ensinas a outro, não te ensinas a ti mesmo? Tu, que pregas que não se deve furtar, furtas? Tu, que dizes que não se deve adulterar, adulteras? Tu, que abominas os ídolos, cometes sacrilégio? Tu, que te glorias na lei, desonras a Deus pela transgressão da lei? Porque, como está escrito, o nome de Deus é blasfemado entre os gentios por causa de vós” (Rm 2.21-24).
4.2 A restauração da força – Sansão precisou perder os olhos para poder enxergar. Quando a Bíblia diz que seu cabelo começou a crescer, nos ensina algo importante sobre a graça...
“Confessei-te o meu pecado e a minha maldade não encobri; dizia eu; confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a maldade do meu pecado” (Sl 32.6).
“O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia” (Pv 28.13).
4.3 Quem perder a sua vida achá-la-á – Ao final de sua vida, Sansão realizou o intento divino (Hb 11.32). Mas, somente o cumpriu ao entregar sua vida em sacrifício... Ele voltou a ficar parecido com Cristo, morrendo de braços abertos e salvando seu povo da escravidão...
Sansão não morreu de braços abertos. Jz 16.28-30 diz que ele abraçou-se com as duas colunas do meio e inclinando-se com força a casa caiu.
“Então, Sansão clamou ao Senhor e disse: Senhor Jeová, peço-te que te lembres de mim e esforça-me agora, só esta vez, ó Deus, para que de uma vez me vingue dos filisteus, pelos meus dois olhos. Abraçou-se, pois, Sansão com as duas colunas do meio, em que se sustinha a casa, e arrimou-se sobre elas, com a sua mão direita numa e com a sua esquerda na outra. E disse Sansão: Morra eu com os filisteus! E inclinou-se com força, e a casa caiu sobre os príncipes e sobre todo o povo que nela havia; e foram mais os mortos que matou na sua morte do que os que matara na sua vida” (Jz 16.28-20).
Outro ponto importante de ser esclarecido é o de que a morte de Sansão não resultou na libertação efetiva do povo de Israel da opressão dos filisteus. Tal fato só veio a acontecer nos dias de Samuel e depois nos dias de Davi.
“Assim, os filisteus foram abatidos e nunca mais vieram aos termos de Israel, porquanto foi a mão do Senhor contra os filisteus todos os dias de Samuel” (1 Sm 7.13).
Referências Bibliográficas:
J. D. Douglas, O Novo Dicionário da Bíblia, 1995, Edições Vida Nova, São Paulo, SP.
D. Stamps, Bíblia de Estudo Pentecostal, 1995, CPAD, Rio de Janeiro, RJ.
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
4º CONGRESSO DE MISSÕES
Sob o Tema: "Missões por Todo Mundo, por Todas as Nações", começa nesta quarta-feira (08/12/2010) o 4º Congresso de Missões da Igreja Evangélica Assembléia de Deus localizada em Juiz de Fora. Às portas dos 100 anos das Assembléias de Deus no Brasil, que nós possamos, nas palavras de W. Graham Scroggie, “Cristo é o tema; a igreja, o instrumento; e o Espírito o poder”, repensar em que se resume o genuíno evangelho da graça de Deus, para que assim possamos, de fato, fazer missões.
Magda Narciso Leite
sábado, 20 de novembro de 2010
MADEIRA DE ACÁCIA COBERTA DE OURO – UMA FIGURA DA PLENA HUMANIDADE E DA PLENA DIVINDADE DE JESUS
A afirmativa de que Jesus é 100% Deus e 100% Homem é tão verdadeira ou coerente com a Palavra de Deus, que ela está muito bem figurada na analogia apresentada na construção do Tabernáculo, onde para construção da Arca, da Mesa dos Pães da Proposição, do Altar do Incenso, Deus ordenou que fosse utilizado madeira de acácia coberta de ouro puro, sendo que a madeira de acácia, pode ser vista como uma figura da Humanidade de Jesus, enquanto que o ouro, pode ser visto como uma figura da Divindade de Jesus (ver Ex 25.10,11, 23,24; 30.1-3). A analogia é perfeita e muito bem delineada pelo nosso Deus, pois nota-se ali a união (e não a mistura) entre o ouro e a madeira, exatamente o que a Bíblia nos mostra acerca da Pessoa de Jesus, ou seja, a natureza divina e a natureza humana unidas em Sua Única Pessoa.
De forma perfeita podemos perceber o cuidado do nosso Deus na figura apresentada, pois através do conhecimento da química, é certo afirmar que a natureza da madeira em nada é enfraquecida ou modificada pela presença do ouro, assim como a natureza do ouro em nada é enfraquecida ou modificada pela presença da madeira. Em outras palavras, isto significa dizer que na união apresentada (madeira de acácia coberta de ouro formando uma única peça), o ouro é substancialmente e essencialmente mantido intacto, ou seja, nenhuma alteração acontecerá apesar da presença da madeira, e assim o ouro continuará sendo ouro; e da mesma maneira, a madeira é substancialmente e essencialmente mantida intacta, ou seja, nenhuma alteração acontecerá apesar da presença do ouro, e assim a madeira continuará sendo madeira.
Ora, se as páginas das Sagradas Escrituras, divinamente inspirada pelo Espírito Santo nos apresenta tal analogia de forma tão decisiva, com certeza, nós podemos afirmar que na encarnação do Filho de Deus, onde a natureza divina se uniu a natureza humana, a natureza divina, substancialmente e essencialmente, em nada foi alterada pela presença da natureza humana, assim como a natureza humana, substancialmente e essencialmente, conforme foi criada por Deus, ou seja, sem o germe do pecado, em nada foi alterada pela presença da natureza divina, e sendo assim pode-se afirmar, que Jesus, como Homem, é igual a Adão, antes do pecado.
Mas será que estaríamos nós, quando dizemos que Jesus, como Homem, é igual a Adão antes do pecado, desmembrando a natureza humana de Jesus da sua natureza divina? Não, de maneira nenhuma, a natureza Divina/Humana de Jesus é inseparável, elas estão unidas em Sua Pessoa , porém pela analogia apresentada, nós podemos afirmar que ao dizer-se que Jesus, como Homem, é igual a Adão antes do pecado, nós estamos apenas fazendo uma caracterização da natureza humana de Jesus, atestando assim o fato de que Jesus é Verdadeiramente Homem, assim como Ele é Verdadeiramente Deus, ou, de forma equivalente 100% Homem e 100% Deus.
Voltemos então a analogia da madeira de acácia coberta de ouro formando uma única peça. É claro que estando o ouro cobrindo toda a madeira, se nós olharmos esta peça a partir do exterior, nós veremos o ouro, e vendo-o, nós distinguiremos que é ouro, e não teremos dificuldade nenhuma em expressar algumas características da peça baseada na presença do ouro. Então nós diríamos, por exemplo, a peça é constituída de metal, ela é brilhante, é pura, é amarela, é resistente à corrosão etc... Observemos bem, não foi necessário desmembrar o ouro da madeira para distinguirmos o ouro na peça e expressar com isto as qualificações da peça baseado nas características do ouro.
Supondo agora que nós resolvamos investigar esta peça a partir do seu mais profundo interior. Seria necessário então nós percorrermos a peça desde o seu exterior até ao seu interior, e se assim nós fizéssemos, nós veríamos a peça a partir do seu interior. Nós veríamos então a madeira, e não haveria dificuldade nenhuma de nós a identificarmos, pois madeira e ouro são materiais nitidamente distintos, ou seja, suas naturezas são completamente distintas. Observemos bem, não seria necessário separar a madeira do ouro para distinguirmos a presença da madeira na peça, e assim, a partir desta visão, do interior para o exterior, nós poderíamos expressar as qualificações da peça baseado nas características da madeira. Então nós diríamos, a peça é constituída de material orgânico, ela é lenhosa, ela não é brilhante, ela tem uma cor amarronzada etc...
Ora, tudo isto é extremamente instrutivo para nós, pois é exatamente isto que nós fazemos quando distinguimos a natureza divina de Jesus da sua natureza humana, nós apenas estamos identificando e caracterizando-as e para isto não é necessário a separação ou o desmembramento da natureza Humana/Divina de Jesus uma da outra. A distinção, no caso em questão, nada mais é do que o reconhecimento daquilo que é, e, portanto, a partir dela, nós podemos dizer frases tais como: Jesus, como Deus é imortal, pois Deus não morre, no entanto, como Homem, Ele morreu na cruz do calvário, no lugar de cada pecador. Vejamos outros exemplos de frases que podem ser elaboradas a partir da distinção das duas naturezas de Jesus (lembrando sempre que o termo distinção, no caso em questão, não equivale a separação, mas sim a uma identificação ou caracterização daquilo que é):
· Como Deus, Jesus afirmou: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10.30); como Homem, Jesus disse: “O Pai é maior do que Eu” (Jo 14.28).
· Como Deus, Jesus é eterno (ver Is 9.6; Mq 5.2), como Homem, Ele foi gerado no ventre de Maria (ver Lc 1.31).
· Como Deus, Jesus é maior do que os anjos (ver Hb 1.5-8), como Homem, Ele foi feito menor do que os anjos (ver Hb 2.7,9).
· Como Deus, Jesus é o Todo Poderoso (ver Mc 4.41), como Homem, tendo vencido o pecado, a tentação, o diabo, o mundo, obtendo assim completa vitória em sua obediência ao Pai Celestial até a morte, e morte de cruz, Ele pode dizer: “É me dado todo o poder no céu e na terra...” (Mt 28.18).
· Como Deus, Jesus jamais poderia ser tentado (ver Tg 1.13), como Homem, Ele foi tentado e resistiu à tentação num grau de resistência maior do que qualquer homem, o que de maneira nenhuma foi fácil, caso contrário, Ele não teria chegado a suar gotas de sangue (ver Lc 22.44).
· Como Deus, Jesus não precisaria ser consolado, como Homem, Ele foi consolado no jardim do Getsêmani, para desta forma, suportar a tentação e assim cumprir o caminho que lhe estava proposto (ver Lc 22.43).
· Como Deus, Jesus não precisaria obedecer (ver Jo 1.3), como Homem, Ele teve que aprender a obediência (ver Hb 5.8).
· Como Deus, Jesus não precisaria orar ao Pai Celestial, como Homem, Ele orou, escolheu fazer a vontade do Pai Celestial, e a ela se sujeitou em perfeita obediência (ver Lc 22.42; Hb 5.7).
· Como Deus, Jesus não precisaria ser ungido pelo Espírito Santo, como Homem, Ele foi ungido pelo Espírito Santo para assim cumprir seu ministério (ver Lc 4.18).
· Como Deus, Jesus é substancialmente e essencialmente igual ao Pai Celestial (ver Jo 1.1-3), como Homem, Jesus é substancialmente e essencialmente igual a Adão, antes do pecado, ou substancialmente e essencialmente semelhante a nós (ver Jo 1.14; Rm 8.3; Fp 2.7; Hb 2.14,17), claro, neste caso, sendo usado o termo “semelhante” no sentido de preservar o fato de que em Jesus não havia pecado (ver 1 Jo 3.5), e de que Ele nunca pecou (ver 1 Pe 1.22), enquanto que, cada um de nós, a partir da queda, trazemos em nós o “germe do pecado” (ver Rm 3.23; 5.12,19, 1 Jo 1.8).
Ora, se esta última afirmação onde é feito a identificação da humanidade de Jesus à humanidade de Adão antes do pecado, ou à nossa humanidade (neste caso, porém preservando o fato de que Jesus não pecou e de que nEle não havia pecado) não pode ser feita, então nenhuma das anteriores pode ser feita, porém em todas elas é necessário fazer-se a distinção das duas naturezas para que os fatos possam ser compreendidos.
Outro ponto importante de ser esclarecido é o de que se nós não pudermos fazer a distinção entre as duas naturezas de Jesus, então nós estaremos correndo o risco de tratar a encarnação do Filho de Deus não como uma união entre a natureza divina e humana, mas sim, como uma mistura (uma falsa doutrina que já foi inclusive propagada por um homem chamado Witness Lee, fundador de uma seita). Porque isto seria um risco? Porque a união permite a distinção das duas naturezas de forma clara, plena e natural, a mistura, porém não permitiria esta plena distinção em todos os seus aspectos, e aí sim, seria necessário o desmembramento da natureza Divina/Humana de Jesus para que estas fossem plenamente identificadas.
Bem, a analogia nos permitiria traçar ainda outros paralelos. A partir do conhecimento da química da madeira poderíamos traçar, por exemplo, um paralelo com alguns fatores intrínsecos da natureza humana, mas penso que o que foi apresentado já nos permite ampliar o nosso entendimento, claro, somente até onde nossa limitação humana nos permite ir. Posso dizer ainda, para finalizar, que ao reler a declaração de fé do Concílio de Calcedónia (451 d.C), me maravilhei de ver que tudo isto que foi acima expresso, já estava, de certa forma, expresso nas linhas do que foi deixado para nós escrito, conforme pode-se verificar no presente texto abaixo:
“Fiéis aos santos pais, todos nós, perfeitamente unânimes, ensinamos que se deve confessar um só e mesmo Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, perfeito na divindade, perfeito na humanidade, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem; (...) consubstancial ao Pai, segundo a divindade, e consubstancial a nós, segundo a humanidade; em todas as coisas semelhante a nós, excetuando o pecado; (...) em duas naturezas inconfundíveis e imutáveis, indivisíveis e inseparáveis; a distinção das naturezas de modo algum é anulada pela união, mas, pelo contrário, as propriedades de cada natureza permanecem intactas, concorrendo para formar uma só pessoa e subsistência; não dividido ou separado em duas pessoas, mas um só e mesmo Filho Unigênito, Deus Verbo, Jesus Cristo Senhor...”.
Tudo isto nos mostra que de forma grandiosa o nosso Deus, através do Espírito Santo e da sua Palavra, guiou a mente destes homens para que assim eles pudessem expressar a natureza Divina/Humana de Jesus de forma tão clara e tão harmoniosa com aquilo que a Palavra nos revela. Bendito seja para sempre o nome do Senhor nosso Deus, eternamente existente nas Pessoas do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Magda Narciso Leite
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
LIÇÃO 8 – EZEQUIEL PROFETIZA SOBRE OS OSSOS SECOS
Igreja Evangélica Assembléia de Deus
Av. Brasil, 740 – Juiz de Fora - MG
Elaboração da Aula para os Professores da Escola Dominical
Revista: Grandes Heróis da Fé
Profª. Magda Narciso Leite – Classe Sara
Av. Brasil, 740 – Juiz de Fora - MG
Elaboração da Aula para os Professores da Escola Dominical
Revista: Grandes Heróis da Fé
Profª. Magda Narciso Leite – Classe Sara
Texto Áureo: “Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam” (1 Co 2.9).
Verdade Aplicada: Deus precisa de pessoas que desejam dedicar suas vidas como instrumentos poderosos para profetizar boas novas a este mundo perdido.
O que é a Profecia Bíblica: Segundo escreve Tim LaHaye (2004, p. 11) “um profeta é definido como aquele que fala em nome de outro, e uma profecia é a mensagem que ele transmite. A profecia bíblica é a mensagem infalível de Deus ao homem, falada ou escrita por profetas especialmente escolhidos por Deus”. A profecia pode implicar em Deus usando o profeta para trazer predições sobre o futuro (e neste caso o que Deus tinha para revelar aos homens acerca do futuro de Israel, da Igreja e do mundo já está totalmente contido na Palavra de Deus), mas ela pode também implicar em uma mensagem para edificação, consolação e exortação do seu povo. No caso das profecias onde é feito predições sobre o futuro, somente aquelas contidas na Palavra terão o seu pleno cumprimento, porque somente Deus conhece o passado, o presente e o futuro.
Is 46.9,10: “Lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade: Que eu sou Deus, e não há outro Deus, não há outro semelhante a mim; que anuncio o fim desde o princípio e, desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade”.
Textos de Referência: Ez 37.1,3,7,8,10
Introdução: Na introdução o comentarista aborda dois pontos acerca do capítulo 37 do livro de Ezequiel: A visão futurista concernente a nação de Israel... e o retrato da condição espiritual da nação de Israel na época de Ezequiel, o qual foi mostrado por Deus ao profeta através da visão do vale dos ossos secos... (No decorrer da lição o comentarista vai se deter mais neste ponto, no sentido de tirar lições de fé para as nossas vidas).
Com relação a visão futurista concernente a nação de Israel, o texto de Ezequiel 37 pode ser dividido da seguinte forma:
Ez 37.1-6 – Deus mostra a Ezequiel a situação em que se encontrava a nação de Israel, situação esta representada pelo vale que estava cheio de ossos secos. Ele ordena que Ezequiel profetizasse sobre aqueles ossos. Deus revela a Ezequiel a restauração completa da nação de Israel, tanto física, quanto espiritual.
Ez 37.7,8 – Ezequiel profetiza e contempla a restauração política/geográfica, mas não espiritual da nação de Israel. A restauração política/geográfica, conforme mostra a profecia, se deu em fases, de acordo com a tabela abaixo:
O vale cheio de ossos (Ez 37.1)
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O vale simboliza o mundo, as sepulturas simbolizam as nações (ver Ez 37.12,13). A visão mostra, portanto o povo judeu espalhado entre as nações gentílicas. Desde o cativeiro assírico/babilônico, muitos israelitas e israelitas/judeus já se encontravam espalhados pelo mundo, no entanto, foi no ano 70 d.C que a dispersão judaica atingiu o seu ápice.
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O ruído e o reboliço
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Os judeus sofrem perseguições em várias nações onde se encontravam. Isto os leva a reconhecer a necessidade de retornarem para sua pátria. Em 1897 um movimento capaz de conduzir os judeus de volta a sua pátria é organizado. Mais de 200 participantes de 17 países se reúnem no Primeiro Congresso Sionista em Basiléia, na Suíça. Desde então o Congresso Sionista se reúne a cada dois anos.
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O ajuntamento dos ossos
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Corresponde ao regresso dos judeus para sua pátria. Em 1917 já se somava uma população de 25000 judeus na Palestina. O regresso continuou até 1939, quando então a Inglaterra proibiu a entrada de judeus na Palestina. A partir de 1945 o regresso voltou a acontecer. Em 1998 já se somava 6 milhões de judeus na Palestina.
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Os nervos e a carne
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Representam as alianças políticas, militares, a recuperação econômica, o renascimento da língua hebraica e finalmente a delimitação de território e estrutura política que foi dada à nação a partir de 1948. Em 14 de Maio de 1948, o milagre do século acontece: A ONU vota a criação do Estado de Israel.
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A pele
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Representa a organização do exército de Israel dando acabamento e proteção à nação recém formada.
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Ez 37.9-10 – Deus revela a Ezequiel a restauração espiritual e ordena que ele profetizasse. Este fato corresponde a conversão de muitos em Israel durante o período da grande tribulação, quando então eles reconhecerão Jesus Cristo como sendo o Messias. A conversão dos judeus atingirá o seu clímax no final da grande tribulação, quando então estará acontecendo a batalha do Armagedom. Com o retorno de Jesus na segunda fase da sua segunda vinda, Israel entrará no reino do Milênio como uma nação regenerada.
Ez 37.11-14 – Deus dá a Ezequiel a interpretação, ou uma explicação mais detalhada acerca da visão do vale dos ossos secos. Ele ordena a Ezequiel que ainda profetizasse quanto a restauração completa, ou seja, física e espiritual da nação de Israel.
Ez 37.15-28 – Deus mostra a Ezequiel a unificação da nação de Israel, o que significa que eles não estariam mais divididos em duas nações como o foi desde o reinado de Roboão, filho de Salomão, sobre a casa de Judá e de Jeroboão sobre o Israel do Norte, até o reinado de Zedequias em Judá. Este fato terá seu pleno cumprimento no Reino Milenar de Jesus Cristo quando então Ele reinará sobre as doze tribos de Israel já totalmente recolhidas de volta à sua pátria.
1. Um Vale de Ossos Secos – Ezequiel fala de um período em que o povo escolhido por Deus se assemelhava a mortos... É revelado que aqueles ossos ressequidos eram seu povo. Ele deveria profetizar e reverter aquela situação.
Conforme nós vimos na introdução, literalmente falando a visão do vale dos ossos secos se refere ao futuro da nação de Israel. Esta visão pode, no entanto, encontrar aplicação para os dias atuais vividos por Ezequiel. Os ossos simbolizam toda a casa de Israel, tanto o reino do Norte, que já havia sido levado para o cativeiro assírico 120 anos antes, quanto o reino de Judá, que naquela ocasião fora arrastado para o exílio babilônico. Ossos sequíssimos são ossos totalmente descalcificados, ou seja, ossos que já não poderiam mais se suster por si próprio. A visão indica, desta forma, a total falta de esperança do povo de Israel de que algum dia eles voltassem para sua pátria como nação independente. Ezequiel deveria profetizar, pois a situação se reverteria, mas a reversão da situação se deve unicamente à soberania, fidelidade e misericórdia de Deus para com o seu povo.
Ez 37.11: “Então, me disse: Filho do homem, estes ossos são toda a casa de Israel; eis que dizem: Os nossos ossos se secaram, e pereceu a nossa esperança; nós estamos cortados”.
1.1. A Visão de Ezequiel – Ezequiel vê o domínio da morte e os resultados de sua ação...
A morte na Bíblia deve ser vista sempre como resultado do pecado. Assim como Adão e sua mulher experimentaram, a partir da desobediência a Deus, a morte espiritual, e depois a morte física, assim também a nação de Israel. Quando Deus mostra para Ezequiel o vale de ossos secos, uma visão da morte física, Ele está deixando subentendido para Ezequiel que espiritualmente a nação já havia perecido há muito tempo. A morte física naquele momento (simbolizando o exílio da nação), era apenas o resultado final da desobediência.
Rm 6.16: “Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça”.
Rm 6.21,23: “E que fruto tínheis, então, das coisas de que agora vos envergonhais? Porque o fim delas é a morte. Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor”.
1.2. A Pergunta de Deus – Deus testou a fé de Ezequiel ao fazer uma pergunta... “Poderão viver estes ossos? E eu disse: Senhor Deus, tu o sabes” (Ez 37.3). Ezequiel ficou em uma situação muito difícil. Mas, Deus queria que ele aprendesse sobre o poder de Sua Palavra...
Ao fazer esta pergunta a Ezequiel, não era intenção de Deus testar a fé de Ezequiel. Deus está mostrando a Ezequiel, de fato, a situação desesperançosa de Israel se não houvesse a intervenção divina. Na história do povo de Israel é exatamente isto que aconteceu. A lógica humana seria o desaparecimento da nação de Israel, o que quase veio a efeito por ocasião do Holocausto Nazista quando Hitler exterminou 6.000.000 de judeus em campos de concentração. A exterminação total de judeus só não aconteceu porque o nosso Deus está vivo e assim Ele interfere soberanamente na história da humanidade.
Ezequiel não ficou de maneira alguma em situação difícil. Ele, com sabedoria, não respondeu nem que sim, nem que não, mas reconheceu a soberania de Deus e que somente Ele teria uma resposta para aquela situação. Ezequiel entendia que merecidamente a nação de Israel encontrava-se naquela situação; assim ele a deixa nas mãos do Senhor, entendendo que Deus, segundo a sua justiça e segundo a sua misericórdia agiria conforme lhe aprouvesse. Observe bem a resposta de Ezequiel: “Senhor Deus, tu o sabes”. Também Ec. 5.2 diz: "Não te precipites com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus; porque Deus está nos céus, e tu estás sobre a terra; pelo que sejam poucas as tuas palavras".
1.3. Profetizando sobre ossos – No vale só havia duas pessoas: “Deus e o profeta”. Deus lhe diz: “Profetiza sobre estes ossos, e dize-lhes: Ossos secos, ouvi a palavra do Senhor (Ez 37.4). Deus busca duas coisas no profeta: Fé para acreditar e obediência para presenciar a realização do inacreditável.
Ao entregar na mão do Senhor aquela situação "Senhor Deus,tu o sabes" , Deus pode mostrar a Ezequiel qual era a sua soberana vontade com relação à nação de Israel. Ezequiel ouviu a Palavra do Senhor, acreditou que ela um dia se cumpriria, e assim ele profetizou conforme se lhe dera ordem. Estes fatos nos ensinam que, se, porventura um dia nós viermos a nos encontrar numa situação de total desesperança, nós devemos entregá-la nas mãos do Senhor, estarmos atentos à sua Palavra e a sua vontade soberana, crendo que no momento certo Ele intervirá em nosso favor.
Ez 37.4,5: “Então, me disse: Profetiza sobre estes ossos e dize-lhes: Ossos secos, ouvi a palavra do Senhor. Assim diz o Senhor Jeová a estes ossos: eis que farei entrar em vós o espírito, e vivereis”.
Sl 37.5: “Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele tudo fará”.
Is 26.2,3: “Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti; porque ele confia em ti. Confiai no Senhor perpetuamente; porque o Senhor Deus é uma rocha eterna”.
2. O Profeta tem Pacto com o Senhor – Quando Ezequiel profetizou, não falou segundo o que achava, nem segundo o que acreditava. Ele apenas repetiu uma ordem que Deus... Existem pessoas banalizando os dons espirituais, brincando com coisas sérias, tornando as coisas santas em coisas profanas.
Realmente, temos visto, e muito, os dons espirituais sendo banalizados. Quantas vezes ouvimos na igreja: “Profetiza irmão..., eu profetizo... eu determino... Deus vai fazer isto ou aquilo... Tudo segundo o “achismo” e não como fruto de verdadeira comunhão e intimidade com Deus. Outros modismos atuais são os chamados “sonhos de Deus, gravidez espiritual, culto das causas impossíveis, culto de profecias, culto do milagre, o homem que tem o raio x de Deus..., ou seja, uma infinidade de invencionices que afrontam a soberania de Deus, e desta forma as coisas santas vão sendo profanadas. A profanação das coisas de Deus já era algo que se observava também em Israel:
Jr 14.14: “E disse-me o Senhor: Os profetas profetizam falsamente em meu nome; nunca os enviei, nem lhes dei ordem, nem lhes falei; visão falsa e adivinhação, e vaidade, e o engano do seu coração são o que eles vos profetizam”.
Ez 21.26: “Os seus sacerdotes transgridem a minha lei, e profanam as minhas coisas santas; entre o santo e o profano não fazem diferença, nem discernem o impuro do puro; e de meus sábados escondem os seus olhos, e assim sou profanado no meio deles”.
A Bíblia, no entanto nos adverte: “Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão; porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Ex 20.7).
2.1. O Profeta Fala em Nome do Senhor – Ezequiel profetizou de acordo com a ordem que recebeu... Se por acaso algum profeta falar e não se cumprir é porque não foi o Senhor que falou, mas sim, a soberba do profeta (Dt 18.22).
Ez 37.7: “Então profetizei como se me deu ordem; e houve um ruído, enquanto eu profetizava; e eis que se fez um reboliço, e os ossos se juntaram cada osso ao seu osso”.
Dt 18.20-22: “Porém o profeta que presumir soberbamente de falar alguma palavra em meu nome, que eu lhe não tenho mandado falar, ou o que falar em nome de outros deuses, o tal profeta morrerá. E se disseres no teu coração: Como conheceremos a palavra que o Senhor não falou? Quando o tal profeta falar em nome do Senhor, e tal palavra se não cumprir, nem suceder assim, esta é a palavra que o Senhor não falou; com soberba a falou o tal profeta; não tenhas temor dele”.
Também em Dt 13.1-5 lemos acerca do profeta, que, porventura, fizesse algum sinal ou prodígio, porém, apesar disto, não estaria falando em nome do Senhor.
“Quando profeta ou sonhador de sonhos se levantar no meio de ti e te der um sinal ou prodígio, e suceder o tal sinal ou prodígio, de que te houver falado, dizendo: Vamos após outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los, não ouvirás as palavras daquele profeta ou sonhador de sonhos, porquanto o Senhor, vosso Deus, vos prova, para saber se amais o Senhor, vosso Deus, com todo o vosso coração e com toda a vossa alma. Após o Senhor, vosso Deus, andareis, e a ele temereis, e os seus mandamentos guardareis, e a sua voz ouvireis, e a ele servireis, e a ele vos achegareis. E aquele profeta ou sonhador de sonhos morrerá, pois falou rebeldia contra o Senhor, vosso Deus, que vos tirou da terra do Egito e vos resgatou da casa da servidão, para vos apartar do caminho que vos ordenou o Senhor, vosso Deus, para andardes nele; assim, tirarás o mal do meio de ti”.
2.2. O Profeta não Acrescentou nem retirou – Ezequiel foi muito obediente a visão que recebera de Deus... “Então profetizei como se me deu ordem... E profetizou como ele me deu ordem” (Ez 37.7,10). Quando fazemos exatamente da maneira que Deus mandou, as coisas acontecem tanto de forma rápida quanto de forma milagrosa...
A profecia de Ezequiel não cumpriu de forma rápida. Ezequiel teve a visão de seu cumprimento, no entanto, o cumprimento literal só se deu a partir dos anos 1800 e só se completará por ocasião da volta de Jesus, conforme já foi visto no comentário da introdução. Ec 3.1: “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu”.
Com relação ao cuidado que devemos ter de não acrescentar nem retirar o que Deus falou:
Dt 4.2: “Nada acrescentareis à palavra que vos mando, nem diminuireis dela, para que guardeis os mandamentos do Senhor, vosso Deus, que eu vos mando”.
Gl 1.8: “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema”.
Ap 22.18,19: “Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro; e, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida e da Cidade Santa, que estão escritas neste livro”.
2.3. O Profeta Cumpre a Ordem que Recebeu – Deus ordena ao profeta que dirija sua palavra diretamente ao problema... Ezequiel viu um exército se formando à sua frente. Ele apenas seguiu a fórmula divina. Isso é o que precisamos aprender (Ez 37.4-10).
A ordenança de Deus a Ezequiel mandando que ele se dirigisse aos ossos secos não implica em uma sugestão de que quando nós estivermos diante de algum problema, nós devemos nos dirigir diretamente ao problema ordenando que ele nos obedeça. O que está implícito aqui é a questão da obediência a Deus. Israel chegara àquele extremo por causa da sua desobediência. Ao mandar Ezequiel voltar-se para os ossos e ordenar-lhes que eles ouvissem a palavra do Senhor, o que Deus quer indicar é que ainda que eles estivessem mortos, se dessem ouvidos a voz do Senhor e para Ele retornassem, o Senhor os daria vida novamente, o que significa dizer que a nação experimentaria a regeneração e a restauração da sua posição diante de Deus.
Ez 37.4,5: “Então, me disse: Profetiza sobre estes ossos e dize-lhes: Ossos secos, ouvi a palavra do Senhor. Assim diz o Senhor Jeová a estes ossos: Eis que farei entrar em vós o espírito, e vivereis”.
Ap 3.1,3,6: “E ao anjo da igreja que está em Sardes escreve: Isto diz o que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas: Eu sei as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto. Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberá a que hora sobre ti virei. Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas”.
Com relação a frase “ele apenas seguiu a fórmula divina. Isso é o que precisamos aprender”, devemos ter cuidado com essa afirmativa. Não existe uma fórmula divina para que milagres aconteçam. Em cada situação, em cada momento, Deus pode agir de forma diferenciada, é isto que o ministério miraculoso de Jesus nos mostra, pois Ele realizou milagres de diversas maneiras.
3. Reconhecendo a Caótica Situação Espiritual – Para Israel tudo estava acabado. Estavam se sentindo cortados e suas esperanças naufragaram...
Quando nos sentirmos desta forma, lembremo-nos da Palavra do Senhor:
Sl 39.7: “Agora, pois, Senhor, que espero eu? A minha esperança está em ti”.
Sl 146.5,6: “Bem-aventurado aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxílio e cuja esperança está posta no Senhor, seu Deus, que fez os céus e a terra, o mar e tudo quanto há neles e que guarda a verdade para sempre”.
Jr 17.7: “Bendito o varão que confia no Senhor, e cuja esperança é o Senhor”.
Jr 31.17: “E há esperanças, no derradeiro fim, para os teus descendentes, diz o Senhor, porque teus filhos voltarão para o seu país”.
Lm 3.21-23,26: “Disso me recordarei no meu coração; por isso, tenho esperança. As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos; porque as suas misericórdias não têm fim. Novas são cada manhã; grande é a tua fidelidade. Bom é ter esperança e aguardar em silêncio a salvação do Senhor”.
3.1. Israel Estava Morto Espiritualmente – Nós também podemos estar espiritualmente mortos...
Ez 37.12,14: “Eu abrirei os vossos sepulcros, e vos farei subir das vossas sepulturas... Porei em vós o meu Espírito, e vivereis”.
Is 26.19: “Os teus mortos viverão, os teus mortos ressuscitarão; despertai e exultai, vós que habitais no pó, porque o teu orvalho, ó Deus será como o orvalho das ervas, e a terra lançará de si os mortos”.
Mt 24.12,13: “E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos se esfriará. Mas aquele que perseverar até o fim será salvo”.
Ef 5.14: “Pelo que diz: Desperta, ó tu que dormes, e levante dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá”.
Ap 2.4,5: “Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei e tirarei do seu lugar o teu castiçal se não te arrependeres”.
3.2. Reconhecendo os Ossos do Comodismo – Os dias atuais não são diferentes dos dias de Ezequiel. Vivemos a necessidade da ressurreição diária e do sopro do Espírito para nos encher...
Ez 37.14: “E porei em vós o meu Espírito, e vivereis, e vos porei na vossa terra, e sabereis que eu, o Senhor, disse isso e o fiz, diz o Senhor”.
Jo 20.21,22: “Disse-lhes, pois, Jesus outra vez. Paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós. E, havendo dito isso, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo”.
At 4.31: “E, tendo eles orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo e anunciavam com ousadia a palavra de Deus”.
Ef 5.18,19: “E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração”.
3.3. Reconhecendo os Ossos da Indiferença Espiritual – Quando as coisas secundárias bloqueiam a intimidade com o Senhor, nossos ossos começam a secar... Devemos reconhecer que existem pessoas doentes em nossos templos... Precisamos de humildade no coração para admitir que também podemos ser esses ossos secos.
Tg 4.8,9: “Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Limpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai o coração. Senti as vossas misérias, lamentai, e chorai; converta-se o vosso riso em pranto, e o vosso gozo, em tristeza. Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará”.
4. Deus nos Convida para Uma Nova Dimensão – Ezequiel era um homem sensível quanto aos eventos do mundo espiritual... Ezequiel tinha uma qualidade maravilhosa que o distinguia dos demais: “A mão do Senhor estava sobre sua vida” (Ez 37.1). Uma forma de expressar que Deus exercia governo sobre sua vida.
Acerca do profeta Ezequiel, a Bíblia de Estudo Pentecostal nos diz:
O contexto histórico do livro de Ezequiel é a Babilônia durante os primeiros anos do exílio babilônico (593-571 a .C.). Nabucodonossor levou cativos os judeus de Jerusalém para a Babilônia em três etapas: (1) em 605 a .C., jovens judeus escolhidos foram deportados para a Babilônia, entre eles Daniel e seus três amigos; (2) em 597 a .C., 10.000 cativos foram levados à Babilônia, estando Ezequiel entre eles; e (3) em 586 as forças de Nabucodonosor destruíram totalmente a cidade e o templo, e a maioria dos sobreviventes foi transportada à Babilônia. O ministério profético de Ezequiel ocorreu durante a hora mais tenebrosa da história do AT: Os sete anos que precederam a destruição, em 586 a .C. e os quinze anos seguintes [...] Ezequiel, cujo nome significa “Deus fortalece”, era de família sacerdotal, e passou os vinte e cinco primeiros anos da sua vida em Jerusalém. Estava se preparando para o trabalho sacerdotal do templo, quando foi levado prisioneiro à Babilônia em 597 a .C. Uns cinco anos mais tarde, aos trinta anos, Ezequiel recebeu sua chamada profética da parte de Deus e a partir daí ministrou fielmente durante vinte e dois anos, pelo menos...
4.1. O Ambiente que Vivemos Determinará as Nossas Visões – Quando Ezequiel foi comissionado, o Espírito de Deus logo se apossou de sua vida (Ez 2.1). A dimensão em que vivia na presença de Deus o levava ser Seu porta voz...
Se queremos ser porta-voz de Deus, assim como fora o profeta Ezequiel e todos os demais profetas, ouçamos o que a Bíblia nos diz:
Jr 15.19: “Portanto, assim diz o Senhor: Se tu voltares, então, te trarei, e estarás diante da minha face; e, se apartares o precioso do vil, serás como a minha boca; tornem-se eles para ti, mas não voltes tu para eles”.
4.2. Seja Dependente do Senhor – A referência a Ezequiel como “filho do homem” aparece mais de noventa vezes. Este título destaca tanto a humildade quanto a fragilidade do profeta...
2 Co 4.7: "Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós".
4.3. Ezequiel Comeu o Rolo – Ezequiel enfrentaria uma oposição muito forte contra seu ministério e sua força foi renovada com o alimento que o próprio Deus lhe dava...
Ez 3.1-3: “Depois, me disse: Filho do homem, come o que achares; come este rolo, e vai, e fala à casa de Israel. Então, abri a minha boca, e me deu a comer o rolo. E disse-me: Filho do homem, dá de comer ao teu ventre e enche as tuas estranhas deste rolo que eu te dou. Então, o comi, e era na minha boca doce como o mel”.
Referências Bibliográficas:
Tim LaHaye, Thomas Ice, Glorioso Retorno, 2004, Press Abba, São Paulo, SP.
D. Stamps, Bíblia de Estudo Pentecostal, 1995, CPAD, Rio de Janeiro, RJ.
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