sexta-feira, 15 de abril de 2011

LIÇÃO 3 - A LUTA CONTRA A INVERSÃO DE VALORES

Igreja Evangélica Assembléia de Deus
Av. Brasil, 740 – Juiz de Fora - MG
Elaboração da Aula para os Professores da Escola Dominical
Revista: Os Desafios da Igreja
Prof. Dc João Paulo Cruz - Classe Bereanos

Abertura:

Na última lição estudamos sobre a imoralidade na área da sexualidade e vimos que Deus abomina a imoralidade, com ela perdemos a comunhão com Deus, somos deformados (ficamos cada vez mais longe de sermos imagem e semelhança de Deus) como conseqüência do pecado. E ficamos cientes dos vários tipos de imoralidade como assedio, cobiça, promiscuidade entre outros.
Nesta lição estaremos estudando sobre inversão de valores, ou seja, mudança naquilo que é certo e o que é errado sempre com base nas Escrituras.
Um escritor disse muito bem:

De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes
nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto”.

                                           (Rui Barbosa)

Quando tudo começou? Gênesis o livro da origem. Como começou? Quando Eva deu mais atenção ao que a serpente disse do que as orientações do Senhor e com vontade de ser como Deus ela desobedeçeu a ordem divina, perdendo então o direito de desfrutar o Éden e da comunhão com Deus (ver Gn 2-3)

Texto Áureo: "Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem da escuridade luz e da luz, escuridade; põem o amargo por doce e o doce por amargo!" (Is 5.20).

Ml 2.17: Enfadais ao Senhor com vossas palavras; e ainda dizeis: Em que o enfadamos? Nisto que dizeis: Qualquer que faz o mal passa por bom aos olhos do Senhor, e desses é que ele se agrada, ou, onde está o Deus do juízo?”

Sf 3.5: “O Senhor é justo no meio dela; ele não comete iniqüidade; cada manhã traz o seu juízo à luz; nunca falta; mas o perverso não conhece a vergonha”.

Jr 8.9,12: “Os sábios são envergonhados, espantados e presos; eis que rejeitaram a palavra do Senhor; que sabedoria, pois, têm eles? Porventura envergonham-se de cometerem abominação? Não; de maneira nenhuma se envergonham, nem sabem que coisa é envergonhar-se; portanto cairão entre os que caem e tropeçarão no tempo em que eu os visitar, diz o Senhor”.

Atualmente o bem e o mal dependem de um ponto de vista, mas para Deus não. O padrão de medida de bem, mal, certo, errado é a palavra de Deus. Quando escutamos falar que os tempos mudaram e que hoje existe uma “nova moral” entendemos que o que há no nosso tempo é uma tolerância maior e as Escrituras não nos permite essa moral do pós-modernismo, mas em todas as gerações Deus nos chama a sermos santos assim como Ele é.

Lv 20.7: Portanto santificai-vos, e sede santos, pois eu sou o SENHOR vosso Deus”.

1 Pe 1.15-16: “Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver; porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo”.

Verdade Aplicada: Os valores éticos e morais con­tidos na Palavra de Deus são absolutos, imutáveis e insubs­tituíveis.

Ética vem do grego “ethos” que significa modo de ser, e Moral tem sua origem no latim, que vem de “mores”, significando costumes. Esta confusão pode ser resolvida com o esclarecimento dos dois temas, sendo que Moral é "um conjunto de normas que regulam o comportamento do homem em sociedade", e estas normas são adquiridas pela educação, pela tradição e pelo cotidiano. Durkheim explicava Moral como a “ciência dos costumes”, sendo algo anterior a própria sociedade. A Moral tem caráter obrigatório.
Já a palavra Ética, Motta (1984) define como um “conjunto de valores que orientam o comportamento do homem em relação aos outros homens na sociedade em que vive, garantindo, outrossim, o bem-estar social”, ou seja, Ética é a forma que o homem deve se comportar no seu meio social[1].

Tg 1.21: Por isso, rejeitando toda a imundícia e superfluidade de malícia, recebei com mansidão a palavra em vós enxertada, a qual pode salvar as vossas almas”.

Fp 1.27: “Somente deveis portar-vos dignamente conforme o evangelho de Cristo, para que, quer vá e vos veja, quer esteja ausente, ouça acerca de vós que estais num mesmo espírito, combatendo juntamente com o mesmo ânimo pela fé do evangelho”.

A verdade contida na palavra de Deus é imutável, absoluta e insubstituível:

Jó 23.13,14: “Mas, se ele resolveu alguma coisa, quem então o desviará? O que a sua alma quiser, isso fará. Porque cumprirá o que está ordenado a meu respeito, e muitas coisas como estas ainda tem consigo”.

Jó 42.2: “Bem sei eu que tudo podes, e que nenhum dos teus propósitos pode ser impedido”.

Is 14.24,27: “O Senhor dos Exércitos jurou, dizendo: Como pensei, assim sucederá, e como determinei, assim se efetuará. Porque o Senhor dos Exércitos o determinou; quem o invalidará? E a sua mão está estendida; quem pois a fará voltar atrás?”

Is 43.13: “Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; agindo eu, quem o impedirá?”

Is 46.8-11: “Lembrai-vos disto, e considerai; trazei-o à memória, ó prevaricadores. Lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade; que eu sou Deus, e não há outro Deus, não há outro semelhante a mim. Que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade. Que chamo a ave de rapina desde o oriente, e de uma terra remota o homem do meu conselho; porque assim o disse, e assim o farei vir; eu o formei, e também o farei”.

Objetivos da Lição

Deus eterno:

Rm 16.26: “Mas que se manifestou agora, e se notificou pelas Escrituras dos profetas, segundo o mandamento do Deus eterno, a todas as nações para obediência da fé”.

Is 9.6: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”.

Passageiro:

1 Jo 2.17: “E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre”.

1 Co 7.31: “E os que usam deste mundo, como se dele não abusassem, porque a aparência deste mundo passa”.

Jr 16.19: “O Senhor, fortaleza minha, e força minha, e refúgio meu no dia da angústia; a ti virão os gentios desde os fins da terra, e dirão: Nossos pais herdaram só mentiras, e vaidade, em que não havia proveito”.

Texto de Referência: Rm 1.21,25-27

Como os gentios caíram na escuridão do pecado:

1. Os gentios conheceram Deus (vv.18-20)

·   Receberam uma revelação dupla (v.19)

- "Neles se manifesta" (dentro)
- "Deus lhe manifestou" (fora)

·   Estão inescusáveis (v.20)

2. Os gentios não glorificam Deus (21-23)

·   Indiferença! v.21
·   Ignorância! v.22
·   Idolatria! v.23

3. Os gentios mudaram a verdade de Deus (24-25)

·   Na língua grega "mudar" aqui significa "trocar", ou em outras palavras os gentios trocaram as verdades de Deus para as mentiras do diabo.

4. Os gentios rejeitaram o conhecimento de Deus (26-32).

·   Sl 14.1 diz: "Disse o néscio no seu coração: Não há Deus.

Note os três julgamentos de Deus

·   Deus os entregou a concupiscência e idolatria! vv.24-25
·   Deus os entregou as paixões infames! vv.26
·   Deus os entregou a um sentido perverso! vv.28[2]

Introdução

Esta lição está dividida em quatro assuntos bem interessantes:

·   Cristãos que procuram coisas materiais em primeiro lugar.
·   Igrejas que vendem as bênçãos de Deus.
·   Aparência no lugar de caráter cristão.
·   Valores morais e éticos desprezados.

Tt 1.7,11: “Porque convém que o bispo seja irrepreensível, como despenseiro da casa de Deus, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância; aos quais convém tapar a boca; homens que transtornam casas inteiras ensinando o que não convém, por torpe ganância”.

1 Pe 5.2: “Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto”.

Sl 119.36: “Inclina o meu coração aos teus testemunhos, e não à cobiça”.

2 Pe 2.3,14: “E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita. Tendo os olhos cheios de adultério, e não cessando de pecar, engodando as almas inconstantes, tendo o coração exercitado na avareza, filhos de maldição”.

Pv 1.19: “São assim as veredas de todo aquele que usa de cobiça: Ela põe a perder a alma dos que a possuem”.

Sl 10.3: “Porque o ímpio gloria-se do desejo da sua alma; bendiz ao avarento, e renuncia ao Senhor".

Cl 3.5: “Mortificai, pois, os vossos membros, que estão sobre a terra: a prostituição, a impureza, a afeição desordenada, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria”.

1. O eterno sendo substituído pelo passageiro

Jo 17.3: “E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste”.

Rm 6.22-23: “Mas agora, libertados do pecado, e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna. Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor”.

Gl 6.8: “Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna”.

Jo 5.24: “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida”.

1.1 Os valores espirituais deixados de lado

2 Co 1.6: “Mas, se somos atribulados, é para vossa consolação e salvação é; ou, se somos consolados, para vossa consolação e salvação é, a qual se opera suportando com paciência”.

Hb 2.3: “Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram”.

Ef 1.13: “Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa”.

Ap 3.5: “O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos”.

Ap 20.15: “E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo”.

1.2 As prioridades cristãs deixadas de lado

1 Tm 6.8: “Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes”.

Lc 12.22: “E disse aos seus discípulos: Portanto vos digo: Não estejais apreensivos pela vossa vida, sobre o que comereis, nem pelo corpo, sobre o que vestireis”.

Mt 6.25-34: “Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário? Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas? E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura? E, quanto ao vestuário, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam; e eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé? Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos ou que beberemos, ou com que nos vestiremos? (Porque todas estas coisas os gentios procuram). De certo vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas; mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Não vos inquieteis, pois, pelo dia amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal”.

1.3 A busca da prosperidade material como foco

Mt 6.19-21: “Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração”.

1 Tm 6.10: “Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores”.

Hb 13.5: “Sejam vossos costumes sem avareza, contentando-vos com o que tendes; porque ele disse: Não te deixarei, nem te desampararei”.

Buscar e querer crescer profissional e financeiramente não é pecado, de forma alguma, mas fazer disso uma obsessão e acreditar que você só será abençoado mediante as riquezas terrestre é um desastre, verdadeiramente estará servindo a mamon (Lc 16.13).
Qual é o nosso foco, nosso objetivo nesta vida? Vindo da EBD no último domingo deparei com um carro na minha frente com o seguinte adesivo: “Deus me criou: Para VENCER!!!”. Na verdade aquilo me deixou intrigado. E refleti nisto durante um tempo e entendi que esse é o tipo de evangelicalismo do nosso século, mas o que é verdade é: Deus nos criou para sermos sua imagem e semelhança, para sermos santos, para glorificá-lo, para adorá-lo em espírito e em verdade!

Fp 3.8-14: “E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo, e seja achado nele, não tendo a minha justiça que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus pela fé; para conhecê-lo, e à virtude da sua ressurreição, e à comunicação de suas aflições, sendo feito conforme à sua morte; para ver se de alguma maneira posso chegar à ressurreição dentre os mortos. Não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”.

2. O que foi recebido de graça sendo vendido

2.1 De graça recebestes e de graça daí
2.2 A comercialização da fé
2.3 Oferecer o evangelho como moeda de troca

At 20.28-30: “Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue. Porque eu sei isto que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não pouparão ao rebanho; e que de entre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si”.

2 Pe 2.1-2: “E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade”.

O que os lideres cristãos da pós-modernidade tem ensinado? Em sua maioria situações oportunas no rádio, na TV, na internet tem ensinado sobre prosperidade terrena, bens para serem desfrutados enquanto vivemos aqui. E geralmente esquecem das promessas feitas a igreja de um lugar melhor que é o céu. Esquecem que na verdade somos pequeninos de Jesus (e não super-crentes), forasteiros nesta terra (e não proprietários dela), nosso nome está escrito no livro da vida (e não estampado na fama). Suas mensagens quase nunca falam da cruz, da renúncia, do pecado, entre outros assuntos indispensáveis a um crescimento cristão saudável. Servem o deus ouro e o deus prata e não o Deus dono do ouro e da prata (Ag 2.8). Adoram as bênçãos de Deus e não o Deus das bênçãos (Ef 1.3). Querem ver a mão de Deus (benção), mas viram-se contra a face de Deus (santidade). Lobos devoradores que estão devastando as ovelhas do rebanho. No entanto, algumas convicções temos mediante ao que Jesus nos disse: As ovelhas de Jesus conhecem a sua voz (ver Jo 10.14-17).

O perigo da corrupção da verdade[3]:

1. Não estão ensinando que Jesus vem

·   Deixaram de enfatizar esse evento - Hb 10.37: Porque ainda um pouquinho de tempo, E o que há de vir virá, e não tardará.
·   Deixaram de anunciar esse evento - Lc 17.24: Porque, como o relâmpago ilumina desde uma extremidade inferior do céu até à outra extremidade, assim será também o Filho do homem no seu dia”.
·   Deixaram de priorizar esse evento - 2 Pe 3.9: O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se”.

2. Não estão refletindo que Jesus vem

·   Manipulam almas para os seus propósitos - 1 Tm 4.2: Pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência.
·   Não agem conforme o ensino do apóstolo Paulo, mas manipulam almas para os seus interesses - 1 Co 10.33:Como também eu em tudo agrado a todos, não buscando o meu próprio proveito, mas o de muitos, para que assim se possam salvar”.
·   Manipulam almas para os seus enganos - Ez 13.10: Porquanto, sim, porquanto andam enganando o meu povo, dizendo: Paz, não havendo paz; e quando um edifica uma parede, eis que outros a cobrem com argamassa não temperada”.

3. Não estão alertando que Jesus vem

·   Desviam as almas para o materialismo - 2 Pe 3.17: Vós, portanto, amados, sabendo isto de antemão, guardai-vos de que, pelo engano dos homens abomináveis, sejais juntamente arrebatados, e descaiais da vossa firmeza”.
·   Desviam as almas para a libertinagem - Jd 1.4: Porque se introduziram alguns, que já antes estavam escritos para este mesmo juízo, homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de Deus, e negam a Deus, único dominador e Senhor nosso, Jesus Cristo.
·   Desviam as almas para a destruição - Mt 23.15: Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito; e, depois de o terdes feito, o fazeis filho do inferno duas vezes mais do que vós.

3. O valor exterior acima do valor interior

Vivemos tempos trabalhosos (2 Tm 3.1), dias em que Eliabe toma o lugar de Davi, isso ocorre quando em determinadas situações a aparência e a condição financeira são mais valorizados que o caráter cristão (1 Sm 16), mas Deus não vê como o homem, Ele conhece nosso coração e não simplesmente nossa aparência.

Gl 2.6: “E, quanto àqueles que pareciam ser alguma coisa (quais tenham sido noutro tempo, não se me dá; Deus não aceita a aparência do homem), esses, digo, que pareciam ser alguma coisa, nada me comunicaram”.

Lc 17.20: “E, interrogado pelos fariseus sobre quando havia de vir o reino de Deus, respondeu-lhes, e disse: O reino de Deus não vem com aparência exterior”.

3.1 A beleza sendo olhada pelo lado de fora
3.2 As pessoas valem pelo que tem e não pelo que são
3.3 Culto ao homem e não a Deus

Jr 18.15: “Contudo o meu povo se tem esquecido de mim, queimando incenso à vaidade, que os fez tropeçar nos seus caminhos, e nas veredas antigas, para que andassem por veredas afastadas, não aplainadas”.

Judá estava cultuando o Nada, porque adorava a ídolos e todo culto que não seja ao Deus revelado nas Escrituras é culto ao Nada. Disse Paulo: “… o ídolo nada é no mundo…” (1 Co 8.4).  Há quem adora ao Nada porque adora deuses que fez para si.
Há muito culto ao Nada. São cultos centrados no homem. Visam levar as pessoas a se sentirem bem e serem estimuladas, recarregarem as baterias para mais uma semana de luta, etc. O homem é o foco do culto. A ênfase hoje é no “adorador”.  Por que não no Adorado? Porque as pessoas são mais importantes que Ele, porque o culto é programado para elas, porque a preocupação é atraí-las.  A preocupação deve ser com a glória de Deus (confundida com barulho e mantras repetidos à exaustão). A glória de Deus se manifesta em vidas transformadas pelo evangelho de Jesus. O alvo de muitos cultos não é a santidade de Deus, mas a felicidade do homem. São cultos antropocêntricos (o homem no centro), e não teocêntricos (Deus no centro). Culto ao Nada, porque está voltado para o homem. Ouvi uma senhora dizer a outra, no mercado: “Não gostei do culto ontem”. O culto é para nos agradar ou para agradar a Deus? O prumo de um culto não é a estética do adorador, e sim a proclamação de “Que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões; e nos encarregou da palavra da reconciliação” (2 Co 5.19).
Alguns se autodenominam “geração de adoradores”. Não. É uma geração de consumidores espirituais, que assimilou a filosofia de prazer do mundo, entronizando-se em sua vida. Tudo é ao seu gosto. Até o culto. Até Deus. Dirigi um estudo bíblico, num grupo de profissionais liberais, e alguém disse: “Gosto de pensar em Deus assim, ó…”, e nos brindou com uma série de banalidades espirituais. Eu lhe disse que era irrelevante como ela gostava de pensar em Deus. O relevante era como Deus se manifestara na história, na Bíblia e em Jesus. Ela não podia moldar Deus ao seu gosto. Quando somos o foco do culto cultuamos ao Nada. Quem cultuamos? Deus ou nós? Que procuramos no culto? Conhecer mais de Deus e da Bíblia ou sentir-nos bem, com o ego massageado? Cuidado para não cultuarmos o Nada![4]

4. Os valores éticos e morais sendo desprezados

Quando estudamos a vida de alguns personagens bíblicos, como a de José ou de um dos hebreus cativos em Babilônia, facilmente percebemos que eles viviam valores muito mais superiores do que os dos egípcios e babilônicos (Gn 39.7-23; Dn 1.8-20; 3.1-30). Esses servos de Deus eram capazes de transformar a sociedade pecadora em que viviam. Porém, outros personagens abandonaram os valores morais das Sagradas Escrituras e abraçaram os valores mundanos, como por exemplo, Sansão - no Antigo Testamento (Jz 13-16), e, Demas, no Novo Testamento (2 Tm 4.10). Os valores morais e religiosos desses personagens entraram em conflito com os da sociedade de seu tempo. Infelizmente esses personagens não resistiram à tentação e sucumbiram aos apelos do mundo.  Paulo resume o apego de seu colaborador com as seguintes palavras: “Pois Demas se apaixonou por este mundo”. Os valores mundanos foram muito mais fortes do que aqueles cristãos estavam dispostos a resistir. O processo como esse conflito tentador se desenvolve é narrado em quatro passos em Tiago 1.14,15[5].

·   Primeiro, surge um forte e mau desejo para praticar o pecado (v.14).
·   Segundo, esse sentimento pecaminoso atua diretamente na vontade do indivíduo fazendo com que o pecado nasça (v.15).
·   Terceiro uma vez nascido o pecado, este desejo torna-se quase irresistível à vontade da pessoa que, a partir de então, pratica o pecado, mesmo contrariando à sua consciência e os valores morais aprendidos.
·   O último passo é a conseqüência do pecado. Uma vez consumado, gera a morte espiritual (v.15).

Tg 4.4: “Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus”.

2 Pe 2.20-22: “Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro. Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado; deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao seu próprio vômito, e a porca lavada ao espojadouro de lama”.

4.1 Os valores morais não fazem mais diferença

Os problemas que enfrentamos em nossas igrejas hoje, tem como um de seus fatores, o esvaziamento do discernimento espiritual. Estamos praticamente cegos, olhos com cataratas! Escamas de pecado e mundanismo nos impedem de termos uma visão correta. É lógico que o discernimento, compreensão e entendimento vêm de Deus (ver Pv 2.1-9, 1 Co 2.11-16). Só o Espírito Santo pode abrir nossos olhos (Jo 16.13). Só Ele pode retirar as trevas e nos iluminar à vontade de Deus, o que faz juntamente com a Palavra escrita de Deus. Mas os crentes também têm responsabilidade! Cada crente verdadeiro já foi exortado a ungir os olhos com colírio (Ap 3.18) e andar na luz (Jo 12.35, 1 Jo 1.7). Cada crente é exortado a ouvir a palavra de Deus. Quando uma pessoa salva não tem sabedoria nem entendimento sobre o que fazer em qualquer situação em particular; quando não pode discernir o caminho certo, sua responsabilidade é buscar as Escrituras diariamente e esperar no Senhor em oração.

4.2 As escolhas dos lideres esclesiasticos seguem outros parâmetros

4.3 O desprezo do conhecimento de Deus por técnicas humanas

2 Co 10.5: “Destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo”.

Cl 1.10: “Para que possais andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda a boa obra, e crescendo no conhecimento de Deus”.

2 Co 4.6: “Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo”.

Ef 4.13: “Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo”.

Cristianismo genérico é o evangelho que foge ao genuíno ensino doutrinário das Escrituras. Usam técnicas e conhecimentos humanos para atrair pessoas e converte-las. Esquecendo que quem convence o homem do pecado, juízo e da justiça é o Espírito Santo (Jo 16.8) e nós o que fazemos? Continuamos com a simplicidade do Evangelho de Cristo e cumprindo a nossa grande comissão, evangelizamos e ensinamos (Mc 16.15; Mt 28.20) assim fazendo temos fé que o Senhor há de acrescentar aqueles que hão de ser salvos (At 2.47).

Conclusão:

Neopentecostalismo é o nome que se dá aos pentecostais da terceira geração. São assim chamados porque diferem muito dos pentecostais históricos e dos da segunda geração. Realmente é um novo pentecostalismo. Não se apegam a questão de roupas, de televisão, de costumes, e tem um jeito diferente de falar sobre Deus. Dualizam o mundo espiritual dividindo-o entre Deus e o diabo. Para eles o mundo está completamente tomado por demônios, e é sua função expulsá-los. Pregam a prosperidade como meio de vida. Pobreza é coisa de Satanás. Doença só existe em quem não acredita em Deus e sua origem é o demônio. Seus cultos são sempre emotivos objetivando uma libertação do mundo satânico. Em muitos pontos pode-se dizer que suas doutrinas são bem parecidas com as doutrinas das religiões orientais, tais como seicho-no-e, hinduísmo e budismo. Para eles o crente não pode sentir dor, ser pobre ou estar fraco.
Este movimento começou no início da década de setenta. Seu crescimento deve-se muito aos programas de rádio e televisão, nos quais, devido ao anuncio de curas e milagres, tiveram uma grande audiência. Seus ouvintes e telespectadores geralmente são recrutados para dentro de suas igrejas. O sistema de testemunho é forte, e isso certamente encoraja outros a tomar o mesmo caminho.
No Brasil a maior igreja neopentecostal é a UNIVERSAL DO REINO DE DEUS (IURD). Já conta com mais de dois mil templos em todo o Brasil e é a terceira maior igreja evangélica do país, ficando atrás apenas da Assembléia e da Cristã. Fundada em 1977 pelo bispo Edir Macedo, tem procurado estabelecer um sistema episcopal como o católico. Possui um forte esquema de comunicação, que é sem dúvida o fator de peso na divulgação e crescimento de seus trabalhos.
Depois da Universal a maior igreja neopentecostal no Brasil é a IGREJA INTERNACIONAL DA GRAÇA. Esta igreja foi fundada em 1980 pelo missionário R. R. Soares no Rio de Janeiro. Na intenção de imitar o trabalho de Kenneth Hagen (um dos maiores apresentadores de igrejas televisionadas dos EUA), Soares investe muito na apresentação de seus programas. Outra igreja forte no ramo neopentecostal é a RENASCER EM CRISTO, que trabalha principalmente com a camada alta da sociedade. Há pouco tempo quase comprou uma rede de televisão. A tendência é crescer. Seu fundador se auto declarou "apóstolo"[6].

Pós-modernidade - Pós do mundo moderno está querendo dizer que estamos vivendo em uma sociedade que vem, de algum fora, “depois” do mundo moderno.

Modernismo - Conjunto de idéias dos séculos 17 e 18, ligados ao assim chamado iluminismo. O movimento afirmava que o homem havia amadurecido e não precisava mais de idéias “tolas” e infantis como acreditar em Deus. Liberdade! Agora só precisamos de pensar e estamos livres da opressão da religião, pensavam. Assim vivam a luz do racionalismo. Como esta visão começou a desmoronar e o homem viu que viver apenas da razão intelectual não adiantou, começamos a viver a era pós-moderna. Agora não acreditam mais em uma verdade absoluta, o ser humano precisa mais que conceitos prontos. Entramos na era do relativo, tudo depende de um ponto de vista.
Essa terrível era tem contaminado muitos homens que são chamados de cristãos.
Nossa oração é que Deus nos mantenha no absoluto de sua Palavra: Seguindo a Cristo: O caminho, a verdade e a vida (Jo 4.16).

Referências Bibliográficas:
[1]http://www.coladaweb.com/filosofia/moral-e-etica-dois-conceitos-de-uma-mesma-realidade. Acesso em: 10/04/20011
[6]www.palavraprudente.com.br. Acesso em 10/04/20

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