terça-feira, 29 de março de 2011

HISTÓRIAS BÍBLICAS PARA CRIANÇAS - O LIVRO DE GÊNESIS

        Disponibilizo abaixo a Revista da Escola Dominical (Revista n. 1) para a classe dos primários (crianças de 6 a 8 anos), podendo esta ser usada também em classes de junióres (crianças de 9 a 11 anos).
        Esta revista contém 26 lições relacionadas ao primeiro livro da Bíblia, o livro de Gênesis. Todas as lições contém atividades de acordo com o texto apresentado. Na barra de ferramentas você poderá clicar em "full" para obter uma melhor visualização da revista, já que assim esta se apresenta em tela cheia.
        Que Deus abençoe a todos que fizerem uso da mesma, e que cada lição venha contribuir para que nossas crianças cresçam a cada dia em graça e em conhecimento do nosso Deus.
                                                                                                                          Magda Narciso Leite.

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sexta-feira, 25 de março de 2011

LIÇÃO 13 - AS MARCAS DA IGREJA APOSTÓLICA

Igreja Evangélica Assembléia de Deus
Av. Brasil, 740 – Juiz de Fora - MG
Elaboração da Aula para os Professores da Escola Dominical
Revista: Atos dos Apóstolos
Prof. Pr Ely Soares Castellano – Classe Abraão

Texto Áureo: “E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração” (At 2.16).
  
Verdade Aplicada: ... Saíram para triunfar sobre toda e qualquer oposição.

É preciso pensar no sentido dessa palavra triunfo. Oposição sempre haverá em nossa caminhada e nem sempre as venceremos, sob a ótica humana, porém isso não significa derrota na obra de Deus. Fico preocupado com a expressão “triunfar sobre toda e qualquer oposição” isso nos remete às igrejas triunfalistas neopentecostais.
Alexander Seibel [1] escreve:

“O Senhor nos promete, sim, uma vida abundante (Jo 10.10), porque para os cristãos as questões primárias da culpa e do sentido da vida já estão resolvidas. Em obediência a Deus, o discípulo de Jesus pode ter, sim, muita alegria, alegria plena (1 Jo 1.4). Mas essa alegria é em primeiro lugar espiritual e não está, necessariamente, refletida no nível material”.

Texto de Referência: At 2.42,43;46,47

Introdução – Nesta lição falaremos sobre as marcas que a igreja apostólica passou a refletir após a vinda do Espírito Santo...

Falar de “marcas” da igreja apostólica é falar dos sinais, ou melhor, o que caracteriza uma igreja denominada verdadeiramente cristã. Precisamos identificar estas “marcas” para termos a certeza de estarmos servindo ao Senhor em uma igreja verdadeira. Este tema foi objeto de estudo no período da Reforma do século XVI. Embora com divergências quanto ao número de marcas, os reformadores viram a necessidade de apresentar marcas que identificassem uma verdadeira igreja cristã. São elas:

·   A pregação verdadeira das Escrituras Sagradas: Esta é a marca mais importante da igreja, conforme Jo 8.31,32,47; 14.23; 1 Jo 4.1-3; 2 Jo 9. Precisamos, como pregadores buscar uma palavra saudável à igreja, e sua prédica (prática, sermão) deve ser fiel às verdades fundamentais da Escritura Sagrada.
·   A correta administração dos sacramentos: Essa é uma marca que está inserida dentro da primeira marca, visto ser inconcebível praticar os ensinamentos da palavra sem atentar para a correta administração dos sacramentos. Como sabemos, são dois os sacramentos: A Santa Ceia e o Batismo. Os sacramentos jamais poderão ser divorciados das escrituras, uma vez que eles são de fato nada mais do que a própria prédica visível da palavra, e devem ser administrados por legítimos ministros da igreja, de acordo com as instituições divinas. Sua correta administração ressalta como uma marca da igreja primitiva (Mt 28.19; At 2.42; 1 Co 11.23-30).
·   O exercício fiel da disciplina: Uma igreja que prima pela santidade entende que quando seus membros estão vivendo em desobediência a Deus, precisam ser disciplinados. E o propósito é a restauração do pecador (Hb 12.6-11). O objetivo é que os cristãos sejam ornamentos da doutrina do Senhor (Tt 2.10). O exercício fiel da disciplina é inteiramente essencial para manter a pureza da doutrina (1 Co 5.l-5; l3.l4,33,40; Ap 2.l4,l5-20). A realidade é que muitas igrejas hoje evitam a disciplina com medo de perder o membro para outras que permitem a eles fazer o que quiserem.

1. O legado de Jesus – ... Após o sacrifício, ele deixou tudo organizado no céu e esclareceu na terra como seus discípulos deveriam assumir o controle da missão (At 1.3).

Nunca li nada sobre um céu desorganizado... Deus é perfeito. É bom ressaltarmos que a queda do homem não pegou Deus de surpresa, pois Deus é onisciente, onipresente e onipotente, além de ser também soberano. Em At 1.2,3 o que Lucas faz é retornar a narrativa no ponto em que ele terminou o seu evangelho, ou seja, na ascensão de Jesus (ver Lc 24.50,51). Assim ele narra à Teófilo o fato de que após a ressurreição, Jesus permaneceu juntamente com os discípulos por um espaço de 40 dias falando com eles e instruindo-lhes acerca do Reino de Deus (ver At 1.1-3). A partir de At 1.4 a ênfase de Lucas é em relação a vinda do Espírito Santo, pois assim como Jesus, como Homem, exerceu seu ministério no poder do Espírito Santo (ver Lc 4.18,19), assim também os discípulos somente poderiam atuar depois que eles tivessem recebido a promessa do Pai.

1.1 Os apóstolos seguiram o modelo de Cristo – ... Enquanto as pessoas se convertem e a igreja cresce, a mensagem da cruz e o discipulado estão sendo banidos. Estão mudando a maneira bíblica de apresentar o evangelho...

Exemplo e discipulado: Assim como os apóstolos seguiram o exemplo do Mestre, temos que fazer o mesmo, e como diz o comentarista, diariamente. Outra observação que fazemos é o fato de sermos também exemplo a ser seguido pelos novos crentes. O discipulado envolve ser exemplo, pois não adianta falar uma coisa e fazer outra. Vejamos o que a Bíblia nos diz:

1 Co 4.16: “Admoesto-vos, portanto, a que sejais meus imitadores”.

1 Co 11.1: “Sede meus imitadores, como também eu de Cristo”.

Ef. 5.1: “Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados”.

Fl 3.17: “Sede também meus imitadores, irmãos, e tende cuidado, segundo o exemplo que tendes em nós, pelos que assim andam”.

1 Ts 1.6: “E vós fostes feitos nossos imitadores, e do Senhor, recebendo a palavra em muita tribulação, com gozo do Espírito Santo”.

1 Tm 2.14: “Porque vós, irmãos, haveis sido feitos imitadores das igrejas de Deus que na Judéia estão em Jesus Cristo; porquanto também padecestes de vossos próprios concidadãos o mesmo que os judeus lhes fizeram a eles”.

Hb 6.12: “Para que vos não façais negligentes, mas sejais imitadores dos que pela fé e paciência herdam as promessas”.

1 Pe 2.12: “Tendo o vosso viver honesto entre os gentios; para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, glorifiquem a Deus no dia da visitação, pelas boas obras que em vós observem”.

1.2 O Espírito Santo trouxe mudança na vida daqueles homens – ... Contaram sua experiência ao mundo com uma confiança que inspirava a convicção de que Deus estava com eles.

Podemos dizer que a descida do Espírito Santo no cenáculo foi o divisor de águas na vida dos discípulos, eles se tornaram poderosos arautos, testemunhas fiéis, instrumentos para a realização de grandes milagres. Eles tiveram a experiência mais impactante que um ser humano pode ter. Lembremos que o Espírito Santo ainda é o mesmo e ainda continua a fazer o que sempre fez. Ele ainda procura pessoas dispostas a perseverarem em oração, tendo suas vidas consagradas a Deus, para assim serem revestidas de poder. Ele pode e quer fazer, basta querermos.

Lc 11.9-13: “E eu vos digo a vós: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á; porque qualquer que pede recebe; e quem busca acha; e a quem bate abrir-se-lhe-á. E qual o pai de entre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, também, se lhe pedir peixe, lhe dará por peixe uma serpente? Ou, também, se lhe pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Pois se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?

1.3 Onze homens e um segredo – Ficamos assombrados a olhar para esses intrépidos homens e ver que antes de pentecostes, ninguém, a não ser Jesus, acreditava e confiava neles. Jesus simplesmente delegou responsabilidades a pessoas em quem podia confiar...

(Que segredo?) Não há nenhum segredo nas boas novas de salvação, nem nada que seja reservado para uns poucos iniciados. Talvez o título ficasse melhor assim: A necessidade de sermos cheios do Espírito Santo.
Vivemos dias de comodismo e indiferença para com os que estão se perdendo. Hoje, infelizmente, muitos cristãos dormem enquanto pecadores a seu redor descem para o fogo do inferno. Será que Jesus te chamou somente para fazer número na igreja? Nosso maior desejo é que o nosso Deus transforme o mundo. Mas, antes que transforme o mundo Ele precisa nos transformar e nos fazer cheios do Espírito Santo.

Mq 3.8: Mas eu estou cheio do poder do Espírito do Senhor, e de juízo e de força, para anunciar a Jacó a sua transgressão e a Israel o seu pecado”.

Lc 1.15: “Porque será grande diante do Senhor, e não beberá vinho, nem bebida forte, e será cheio do Espírito Santo, já desde o ventre de sua mãe”.

Lc 4.1: E Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto”.

At 7.55“Mas ele, estando cheio do Espírito Santo, fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus, e Jesus, que estava à direita de Deus”.

At 9.17: E Ananias foi, e entrou na casa e, impondo-lhe as mãos, disse: Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que te apareceu no caminho por onde vinhas, me enviou, para que tornes a ver e sejas cheio do Espírito Santo”.

At 11.24: “Porque era homem de bem e cheio do Espírito Santo e de fé. E muita gente se uniu ao Senhor”.

Com relação a frase “Jesus simplesmente delegou responsabilidades a pessoas em quem podia confiar”, é importante deixar claro que ao delegar responsabilidades, seja a quem for, o que Jesus está fazendo é concedendo oportunidades a pessoa para que esta exerça com responsabilidade o seu chamado. É cada um que escolherá exercer o ministério com fidelidade ou não. Por exemplo, dentre os que foram chamados por Jesus estava Judas, ele, porém escolheu trair Jesus. Jesus sabia disto, no entanto, Ele não deixou de dar responsabilidades a Judas e oportunidades, inclusive a de arrependimento e confissão do seu pecado.

Mt 10.1-8: “E, chamando os seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem, e para curarem toda a enfermidade e todo o mal. Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: O primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Lebeu, apelidado Tadeu; Simão o Zelote, e Judas Iscariotes, aquele que o traiu. Jesus enviou estes doze, e lhes ordenou, dizendo: Não ireis pelo caminho dos gentios, nem entrareis em cidade de samaritanos; Mas ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel; E, indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos céus. Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça daí”.

Jo 6.70,71: “Respondeu-lhe Jesus: Não vos escolhi a vós os doze? E um de vós é um diabo. E isto dizia ele de Judas Iscariotes, filho de Simão; porque este o havia de entregar, sendo um dos doze”.

2. Pregação eficaz, unidade e temor – É evidente que a autonegação e a unidade com o Espírito Santo foram o alicerce... Eles possuíam uma mensagem simples, porém penetrante...

Como falamos anteriormente, uma pregação eficaz é aquela embasada na palavra de Deus.  A unidade com o Espírito Santo proporcionou um viver sobrenatural aos cristãos daquela época. O avivamento que veio do céu marcou aquelas vidas.

2.1 Uma igreja de mensagem eficaz – A mensagem da era apostólica era incisiva e profunda...

Hb 4.12: “Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração”.

 Precisamos buscar do Senhor palavras de convencimento ao pecador, ou seja, palavras inspiradas pelo Espírito Santo, que convence o homem do pecado, da justiça e do juízo (ver Jo 16.8).
Leia todo capítulo de At 4, você verá que as palavras de Pedro foram como flechas penetrantes, pois foram inspiradas, falava com a unção que o Espírito Santo dava as suas palavras (v. 8), e isso resultou na conversão de quase três mil almas. Sua mensagem era simples: "Jesus morreu, ressuscitou e voltará, arrependei-vos". Somente uma coisa fazia a diferença quando Pedro abria os lábios: "Era inegável que ele havia andado com Jesus" (ver At 4.13).

2.2 Uma igreja unida – A unidade vai além do testemunho. Ela também fala do caráter de Cristo sendo disseminado em cada um de nós...

Os povos precisam aprender que a unidade é a argamassa que dá consistência ao labor cristão. Ninguém é tão bom ou tão importante que não precise de auxílio.

Jo 17.21: “Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste”.

Referindo-se a este versículo, na Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, p. 1607) encontra-se a seguinte nota acerca da unidade:

“A união em favor da qual Jesus orou não era a união de igrejas e organizações, mas a espiritual, baseada na permanência em Cristo (v. 23); amor a Cristo (v. 26); separação do mundo (vv. 14-16); santificação na verdade (vv. 17-19; receber a verdade da palavra e crer nela (vv. 6,8,17); obediência à Palavra (v. 6); e o desejo de levar a salvação aos perdidos (vv. 21,23). Faltando alguns destes fatores não pode haver a verdadeira unidade que Jesus pediu em oração.

2.3 Uma igreja temente a Deus – ... Temor significa “respeito” e não medo...

Observamos que a irreverência tem tomado muitas de nossas igrejas. Vemos pessoas fazendo de tudo na hora do culto: Rindo, conversando, vendendo coisas, trocando receitas. Como Deus pode operar num ambiente desses? Em Jo 2.13-17 vemos qual foi a atitude de Jesus diante da irreverência na Casa de Deus. Como temos nos comportado na Casa do Senhor? Será que está conforme Ec 5.1? Será que estamos prestando nosso culto racional? (ver Rm 12.1).
Vejamos alguns versículos que nos falam da importância do temor do Senhor:

Sl 2.11: “Servi ao Senhor com temor, e alegrai-vos com tremor”.

Sl 19.9: “O temor do Senhor é limpo, e permanece eternamente; os juízos do Senhor são verdadeiros e justos juntamente”. 

Sl 111.10: “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; bom entendimento tem todos os que cumprem os seus mandamentos; o seu louvor permanece para sempre”.

Pv 1.7: “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução”.

Pv 14.27: “O temor do Senhor é fonte de vida, para desviar dos laços da morte”.

Pv 16.6: “Pela misericórdia e verdade a iniqüidade é perdoada, e pelo temor do Senhor os homens se desviam do pecado”.

Pv 22.4: “O galardão da humildade e o temor do Senhor são riquezas, honra e vida”.

3. Sinais e maravilhas, liberalidade e crescimento – Durante sua vida na terra, Cristo buscava diariamente o Pai em uma nova provisão de graça; e saía dessa comunhão com Deus para fortalecer e abençoar a outros...

O comentarista se utiliza do livro: Atos dos Apóstolos, escrito por Ellen G. White, cap. 5 p. 47. Ellen Gould White (1827-1915) foi uma cristãamericana, profetisa e escritora cujo ministério foi fundamental para fundação do movimento Adventista Sabatista, que mais tarde veio a formar a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Os adeptos do adventismo consideram Ellen G. White uma profetisa contemporânea... (Fonte: Wikipédia).
Refutamos de forma veemente que Jesus buscava diariamente “uma nova provisão de graça”. O Novo Testamento não traz uma mensagem em que Deus mudou a sua forma de tratar o homem, antes, pelo contrário, o Novo Testamento revela o cumprimento da promessa de Deus feita no Antigo Testamento. Refutamos também a frase onde se diz que Cristo saía da comunhão com Deus. Jesus é Deus (ver Hb 1.8; Cl 1.15,16; 2.8; Jo 1.1-4). Ele e o Pai são um, ou seja, em tudo Eles são iguais e em tudo Eles concordam entre si, conforme diz 1 Jo 5.7: “Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são um”.
Não seja ludibriado por seitas que afirmam ou insinuam que Jesus não é Deus. Isso é outro evangelho (ver Gl 1.6-9). A Bíblia Apologética de Estudo, por exemplo, alerta quanto ao fato do Adventismo do Sétimo Dia e as Testemunhas de Jeová afirmarem que Jesus é Miguel. Quanto a isto encontramos a seguinte nota na Bíblia Apologética de Estudo (2008, p. 812):

Adventismo do Sétimo Dia e Testemunhas de Jeová: Afirmam que Jesus é Miguel. Quanto aos adventistas, dizem: “Cremos que Miguel [original Michael] não é senão um dos muitos títulos aplicados ao Filho de Deus, Jesus”. Já as Testemunhas de Jeová: “A evidência indica que o Filho de Deus, antes de vir à terra, era conhecido como Miguel, e também é conhecido por esse nome desde que retornou ao céu, onde reside como o glorificado Filho espiritual de Deus”.

A Bíblia Apologética de Estudo, na seqüência, refuta este falso ensino através das seguintes palavras:

Resposta Apologética: O arcanjo Miguel é mencionado cinco vezes na Bíblia (Dn 10.13,21; Jd 9; Ap 12.7). Em nenhuma dessas citações Miguel é apontado como sendo Jesus. [...] A Bíblia, porém, mostra a diferença entre Jesus e Miguel: 1) Jesus é Criador (Jo 1.3), Miguel é criatura (Cl 1.16); 2) Jesus é adorado pelos anjos, inclusive por Miguel (Hb 1.6), que, assim como os demais anjos, não pode ser adorado (Ap 22.8,9); 3) Jesus é o Senhor dos senhores (Ap 17.14), Miguel é príncipe (Dn 10.13); 4) Jesus é o Rei dos reis (1 Tm 6.15), Miguel é o príncipe dos judeus (Dn 12.1; V. Tb Hb 1.5,6)”.

3.1 Uma igreja milagrosa – Alguns eruditos... afirmam que naquela época haviam homens apostólicos que tiveram uma comunhão pessoal irrepetível com Jesus Cristo...

O comentarista cita que alguns eruditos afirmam que os apóstolos tiveram uma comunhão pessoal e irrepetível com Jesus Cristo.  Temos livre acesso ao trono da glória e podemos ter uma plena comunhão com nosso Deus para que por nossa instrumentalidade Ele possa operar milagres ainda nos dias de hoje.

Jo 14.12: “Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai”. 

Apesar dos dias atuais revelar uma igreja semelhante à de Laodicéia (Ap 3.15-16), temos visto o Senhor operar milagres ainda hoje, somente quem está cego espiritualmente não vê. Devemos orar diariamente por um avivamento em nossas igrejas.

3.2 Uma igreja com liberalidade – Aquele dentre os crentes que tinham dinheiro e bens, se sacrificavam para socorrer os necessitados (At 4.35)...

Precisamos entender que Deus ama aquele que dá com alegria.

2 Co 9.7: “Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria".

Com toda certeza, quem abre a mão para dar, recebe do Senhor a recompensa. Mas Deus não é bolsa de valores, nem nenhum outro investimento.

3.3 Uma igreja que crescia – As boas novas de um Salvador ressuscitado foram levadas até as mais longínquas partes do mundo...

Precisamos diferenciar crescimento de inchaço. Vemos templos cheios, porém crentes vazios. Um pastor comentou a um amigo seu: “Minha igreja possui tantos crentes e a sua?” Ao que o outro respondeu: “Em minha igreja eu não conto os fieis eu os peso”. Para termos crentes robustos na fé, somente pelo ensino da palavra de Deus, crescendo na graça e no conhecimento de Deus (ver 2 Pe 3.18).

4. A autenticidade da igreja apostólica – ... Haviam deixado de ser um grupo de unidades independentes...

Por autêntico, do latim authenticus, entende-se como aquilo que foi legalizado juridicamente, certificado por testemunho solene, que se tem de boa fonte ou o que é o verdadeiro (Dicionário Priberam da Língua Portuguesa). É esse retorno ao que era originalmente verdadeiro, portanto apto para ser reproduzido, que necessariamente precisamos empreender todas as vezes que estudamos a igreja apostólica.
Não consegui saber o que o comentarista afirma quando escreve: “Haviam deixado de ser um grupo de unidades independentes”. Mesmo quando eles eram um pequeno grupo dentro do judaísmo estavam unidos em torno de Jesus Cristo e após sua morte tornaram-se divulgadores de sua mensagem. Eles eram, portanto, um pequeno grupo de pessoas, que muito rapidamente cresceu em número e não havia como passar despercebido, pois “todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar” (At 2.47).
Isso é relevante para o estudo da autenticidade da igreja apostólica, pois desde o início o que se manifestou entre os seguidores de Jesus Cristo foi a união em torno do “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1.36). Quando At 2.42 nos afirma que eles perseveraram em muitas coisas, está afirmando que já faziam isso anteriormente, portanto não eram grupos de unidades independentes. Mas o comentarista também afirma: "Sua esperança não mais repousava sobre a grandeza terrestre" e isso nos recorda o que os escritos aos hebreus afirma:

Hb 11.13-16: “Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas; mas vendo-as de longe, e crendo-as e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra. Porque, os que isto dizem, claramente mostram que buscam uma pátria. E se, na verdade, se lembrassem daquela de onde haviam saído, teriam oportunidade de tornar. Mas agora desejam uma melhor, isto é, a celestial. Por isso também Deus não se envergonha deles, de se chamar seu Deus, porque já lhes preparou uma cidade”.

4.1 Uma igreja atenciosa aos ensinamentos – O registro de At 2.42-47 indica como era o aprendizado dessa igreja...

A formação e manutenção da igreja em torno de uma “sã doutrina” são fundamentais para a elevada posição que ela ocupa diante de Deus. Em muitas passagens somos advertidos a esse respeito. Exponho aqui alguns exemplos e estimulo os irmãos a buscarem outros, porque são inúmeros:

Dt 32.2: “Goteje a minha doutrina como a chuva, destile a minha palavra como o orvalho, como chuvisco sobre a erva e como gotas de água sobre a relva”.

Pv 4.2: “Pois dou-vos boa doutrina; não deixeis a minha lei”.

Rm 6.17: “E rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles”.

2 Co 10.13: “Nós, porém, não nos gloriaremos além da medida, mas conforme o padrão da medida (doutrina) que Deus nos designou para chegarmos mesmo até vós”.

1 Tm 4.6: “Propondo estas coisas aos irmãos, serás bom ministro de Cristo Jesus, nutrido pelas palavras da fé e da boa doutrina que tens seguido”.

2 Tm 4.3: “Porque virá tempo em que não suportarão a  doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências”.

Tt 2.1: “Tu, porém, fala o que convém à  doutrina”.
           
Os quatro elementos essenciais na prática religiosa da igreja cristã que estão alistados em At 2.42: (1) Doutrina; (2) Comunhão; (3) Santa Ceia; (4) Orações, onde Lucas registra como viviam os novos convertidos e as atividades das quais participavam, são elementos que caracterizavam uma reunião cristã na igreja primitiva e precisam ser observados pelas igrejas de todos os tempos.
Concordo com o comentarista quando escreve: "Um dos grandes perigos da igreja é cair em uma religiosidade estática que olha para trás em vez de seguir adiante, precisamente porque as riquezas de Cristo são insondáveis e inesgotáveis". Mas apenas para não confundir as coisas é preciso saber quando não olhar para trás e quando olhar para trás. Vejamos quando não olhar para trás:

Lc 9.62: “E Jesus lhe disse: Ninguém, que lança mão do arado e olha para trás, é apto para o reino de Deus”.

É preciso deixar para trás o Egito, de onde saímos. Buscar ajuda do Egito não ajudou a nenhum dos nossos antepassados da fé, nem tampouco nos ajuda nos dias de hoje.

Is 31.3: “Porque os egípcios são homens, e não Deus; e os seus cavalos, carne, e não espírito; e quando o Senhor estender a sua mão, tanto tropeçará o auxiliador, como cairá o ajudado, e todos juntamente serão consumidos”.

Gênesis 19.26 afirma que a mulher de Ló olhou para trás e ficou convertida numa estátua de sal, mostrando que o apego à esse mundo pode nos paralisar e até causar a morte espiritual. A recomendação bíblica de Hb 12.1,2 é que prossigamos, “olhando para Jesus, autor e consumador da fé“.

Em que situação então, devemos “olhar para trás”:

Jr 6.16: “Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; e achareis descanso para as vossas almas; mas eles dizem: Não andaremos nele”.

Hb 13.7: “Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para a sua maneira de viver”.

Todo grupo, de qualquer natureza, possui e impõe seus costumes aos seus aderentes como forma de exteriorizar sua própria ética. Costumes, passado de geração a geração, geram tradições. Na base da identidade encontra-se uma tradição de origem e todo movimento religioso tem sua própria identidade.
A identidade tanto pessoal quanto coletiva se constrói a partir de experiências originais e específicas. A experiência do recebimento do batismo com o Espírito Santo como uma reprodução do evento pentecostal inicial é um dos elementos da identidade cristã pentecostal assembleiana.
O modo assembleiano de ser pentecostal na atualidade está atrelado a fatos ocorridos em nosso passado recente (aproximadamente 100 anos) e para entender o presente e construir o futuro faz-se necessário revisitar e interpretar o passado. Todas as vezes que uma pessoa não consegue estabelecer ligações entre os diversos momentos de sua história, ela também é incapaz de estabelecer modelos de reconhecimento, ficando sua identidade irremediavelmente comprometida.

Mt 13.52: “E ele disse-lhes: Por isso, todo o escriba instruído acerca do reino dos céus é semelhante a um pai de família, que tira do seu tesouro coisas novas e velhas”.
   
Portanto, “amplia o lugar da tua tenda, e estendam-se as cortinas das tuas habitações; não o impeças; alonga as tuas cordas”, mas “fixa bem as tuas estacas” (Is 54.2). É nesse sentido que entendemos que precisamos de “olhar para trás”.

4.2 Uma igreja que orava – Os primeiros cristãos sempre falaram com Deus antes de se dirigir aos homens...

A esse comentário apenas acrescentaria a seguinte leitura:

Lc 21.36: “Vigiai, pois, em todo o tempoorando, para que possais escapar de todas estas coisas que hão de acontecer, e estar em pé na presença do Filho do homem”.

Ef 6.18: “Com toda a oração e súplica orando em todo tempo no Espírito e, para o mesmo fim, vigiando com toda a perseverança e súplica, por todos os santos”.

1 Ts 5.17: “Orai sem cessar”.

4.3 Uma igreja feliz – No coração de cada cristão existe uma alegria...

Sl 43.4: “Então irei ao altar de Deus, a Deus, que é a minha grande alegria; e ao som da harpa te louvarei, ó Deus, Deus meu”.

Sl 100.2: “Servi ao Senhor com alegria, e apresentai-vos a ele com cântico”.

Is 12.3: “Portanto com alegria tirareis águas das fontes da salvação”.

At 2.46: “E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam com alegria e singeleza de coração”.

At 13.52: “Os discípulos, porém, estavam cheios de alegria e do Espírito Santo”.

Fp 4.4: “Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, regozijai- vos”.

1 Pe 4.13: “Mas regozijai-vos por serdes participantes das aflições de Cristo; para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e exulteis”.

Gl 5.22: “Mas o fruto do Espírito é: O amor, o gozo (alegria), a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade”.

Conclusão

Findamos mais um trimestre com a ajuda do nosso Deus. Neste maravilhoso livro de Atos dos Apóstolos estudamos não somente um conteúdo histórico, mas quais devem ser os alicerces para formação de uma igreja genuinamente cristã.  Concluo com as palavras da nossa primeira lição.
“Atos é o único registro autêntico de que dispomos dos primeiros anos da história da igreja. Há alguns poucos indícios nas cartas paulinas sobre acontecimentos que ocorreram nesses primeiros anos. Mas se o livro de Atos se houvesse perdido nada haveria que lhe tomasse o lugar. Além do mais, o resto do Novo Testamento ficaria diante de nós em dois fragmentos desconjuntados, visto que atos é o elo necessário entre os evangelhos e as cartas”. Que continuemos a crescer na graça e no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo.

Referências Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal, 1995, CPAD, RJ/RJ.
Bíblia Apologética de Estudo, 2008, ICP, Jundiaí, SP.

terça-feira, 22 de março de 2011

TRINTA E CINCO RAZÕES PARA NÃO PECAR

                                                                                                   Jim Elliff

1 - Porque um pequeno pecado leva a mais pecados.

2 - Porque o meu pecado evoca a disciplina de Deus.

3 - Porque o tempo gasto no pecado é desperdiçado para sempre.

4 - Porque o meu pecado nunca agrada a Deus; pelo contrário, sempre O entristece.

5 - Porque o meu pecado coloca um fardo imenso sobre os meus líderes espirituais.

6 - Porque, no devido tempo, o meu pecado produz tristeza em meu coração.

7 - Porque estou fazendo o que não devo fazer.

8 - Porque o meu pecado sempre me torna menor do que eu poderia ser.

9 - Porque os outros, incluindo a minha família, sofrem conseqüências por causa do meu pecado.

10 - Porque o meu pecado entristece os santos.

11 - Porque o meu pecado causa regozijo nos inimigos de Deus.

12 - Porque o meu pecado me engana, fazendo-me acreditar que ganhei, quando, na realidade, eu perdi.

13 - Porque o pecado pode impedir que eu me qualifique para a liderança espiritual.

14 - Porque os supostos benefícios de meu pecado nunca superam as conseqüências da desobediência.

15 - Porque o arrepender-me do meu pecado é um processo doloroso, mas eu tenho de arrepender-me.

16 - Porque o pecado é um prazer momentâneo em troca de uma perda eterna.

17 - Porque o meu pecado pode influenciar outros a pecar.

18 - Porque o meu pecado pode impedir que outros conheçam a Cristo.

19 - Porque o pecado menospreza a cruz, sobre a qual Cristo morreu com o objetivo específico de remover o meu pecado.

20 - Porque é impossível pecar e seguir o Espírito Santo, ao mesmo tempo.

21 - Porque Deus escolheu não ouvir as orações daqueles que cedem ao pecado.

22 - Porque o pecado rouba a minha reputação e destrói o meu testemunho.

23 - Porque outros, mais sinceros do que eu, são prejudicados por causa do meu pecado.

24 - Porque todos os habitantes do céu e do inferno testemunharão sobre a tolice deste pecado.

25 - Porque a culpa e o pecado podem afligir minha mente e causar danos ao meu corpo.

26 - Porque o pecado misturado com a adoração torna insípidas as coisas de Deus.

27 - Porque o sofrer por causa do pecado não tem alegria nem recompensa, ao passo que sofrer por causa da justiça tem ambas as coisas.

28 - Porque o meu pecado constitui adultério com o mundo.

29 - Porque, embora perdoado, eu contemplarei novamente o pecado no Tribunal do Juízo, onde a perda e o ganho das recompensas eternas serão aplicados.

30 - Porque eu nunca sei por antecipação quão severa poderá ser a disciplina
para o meu pecado.

31 - Porque o meu pecado pode indicar que ainda estou na condição de uma pessoa perdida.

32 - Porque pecar significa não amar a Cristo.

33 - Porque minha indisposição em rejeitar este pecado lhe dá autoridade sobre mim, mais do que estou disposto a acreditar.

 34 - Porque o pecado glorifica a Deus somente quando Ele o julga e o transforma em uma coisa útil; nunca porque o pecado é digno em si mesmo.

35 - Porque eu prometi a Deus que Ele seria o Senhor de minha vida.

Renuncie seus direitos
Rejeite o pecado
Renove sua mente
Confie em Deus

(Extraido da revista Fé Para Hoje da Editora Fiel, nº 23)

quinta-feira, 17 de março de 2011

LIÇÃO 12 - PAULO, O NÁUFRAGO EM MALTA

Igreja Evangélica Assembléia de Deus
Av. Brasil, 740 – Juiz de Fora - MG
Elaboração da Aula para os Professores da Escola Dominical
Revista: Atos dos Apóstolos
Prof. Dc João Paulo Cruz – Classe Bereanos

Texto Áureo: “Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou” (Rm 8.37).

Capitulo 8 de romanos nos fala da libertação do poder do pecado. Este é o ultimo capitulo que Paulo trata do assunto da santificação (cap 6-8). Quando nosso texto áureo fala “sobre todas estas coisas” fala de nossa vitória sobre o pecado em 4 aspectos:

·  Não há condenação: Lei x Espírito: Aqui Paulo não está falando da salvação mas do problema de como um Deus justo pode aceitar qualquer coisa de nós que ainda temos a velha natureza lutando contra nossa nova natureza. A palavra "condenação" aqui não refere-se ao inferno. Paulo está tratando o problema que o crente tem de agradar a Deus estando ainda "na carne".
·  Não há obrigação: Espirito x carne: O crente pode inclinar-se às coisas do mundo, ser um crente carnal e desagradar Deus, ou pode inclinar-se às coisas do Espírito e ser um crente espiritual e gozar uma vida de paz com Deus.
·  O crente não tem obrigação a carne: "De maneira que, irmãos, somos devedores não à carne para viver segundo a carne" (Rm 8.12). Nossa obrigação é para com o Espírito Santo, porque foi Ele quem nos mostrou nosso pecado e nossa necessidade de um Salvador. Foi o Espírito quem nos deu a nossa fé salvadora e a nossa nova natureza. É o Espírito que diariamente testifica junto com nosso espírito que somos filhos de Deus.
·  Não há separação: Espírito e sofrimento: O crente, as vezes, sofre neste mundo para ser glorificado no céu. Realmente, toda a criação geme e está com dores (Rm 8.22) porque o pecado reina agora neste mundo. Com o retorno de Cristo, toda criatura será libertada da escravidão do pecado e todas as criaturas na face da terra vão ter a  "liberdade da glória dos filhos de Deus" (Rm 8.21). 

Nesta grande e gloriosa salvação somos: Livres da PENALIDADE do pecado, porque Cristo morreu em nosso lugar (cap.5); livres do PODER do pecado, porque nós morremos para o pecado (cap. 6) e para a lei (cap. 7); e um dia seremos livres da PRESENÇA do pecado quando estivermos libertados desta escravidão aqui no mundo. Paulo conclui o cap. 8 com quatro perguntas nos vv. 32-35: 

·  Como nos não dará também com Ele todas as coisas?  
·  Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus?
·  Quem os condenará?
·  Quem nos separará do amor de Cristo?

Agora sabemos por que, para o crente, não há condenação, não há acusação, e não há separação. "Em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou” (Rm.8.37).

Para momentos de dificuldades ou provações sugerimos outros versículos:

Jo 16.33 : “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo”.

1 Pe 5.9: Ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os vossos irmãos no mundo”.

2 Tm 3.11: “Perseguições e aflições tais quais me aconteceram em Antioquia, em Icônio, e em Listra; quantas perseguições sofri, e o Senhor de todas me livrou”.

1 Pe 1.7: “Para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo”.

Verdade Aplicada: A vontade de Deus sempre prevalecerá, ainda que pensemos que tudo chegou ao fim.

Vontade de Deus: Rm 12.2: “E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus”.

Através deste versículo entendemos três características da vontade de Deus ela é boa, perfeita e agradável. A vontade de Deus tem a ver com a sua natureza moral e com a sua soberania. Porque Ele é santo, prescreve suas leis para que sejam cumpridas. Essa é uma das expressões de sua vontade; porque Ele é soberano, faz o que lhe apraz na vida dos seres humanos e no universo.

Hb 10.36: “Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, possais alcançar a promessa”.

1 Jo 2.17: “E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre”.

1 Ts 5.18: “Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco”.

1 Ts 4.3: “Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação; que vos abstenhais da prostituição”.

1 Pe 2.15: “Porque assim é a vontade de Deus, que, fazendo bem, tapeis a boca à ignorância dos homens insensatos” .

Ef 6.6: “Não servindo à vista, como para agradar aos homens, mas como servos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus”.

Objetivos da Lição

Rm 8.28: “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito”.

1 Co 15.57-58: “Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor”.

Fp 3.14: “Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”.

Introdução

At 24.5,6: “Temos achado que este homem é uma peste, e promotor de sedições entre todos os judeus, por todo o mundo; e o principal defensor da seita dos nazarenos; o qual intentou também profanar o templo; e nós o prendemos, e conforme a nossa lei o quisemos julgar”.

A primeira defesa de Paulo foi feita ao ter as mãos acorrentadas por ordem do comandante Claudio Lisias (At 23.26) enquanto era espancado pela multidão furiosa. O local de defesa foi na escada que permitia acesso do pátio externo dos gentios à fortaleza de Antônia, cuja torre dava vista para a área do Templo (At 22).
A segunda defesa de Paulo foi perante o Sinédrio (At 23). Nessa ocasião Paulo faz uma condenação profética a Ananias, filho de Nebedeu que exerceu funções de sumo sacerdote de 47-59 d.C. conhecido na historia por sua violência e crueldade. Atos 23.3 cumpri-se no ano de 66 d.C. , quando o sumo sacerdote foi sacrificado pelo seu próprio povo (sicários), por dar apoio a Roma.
A terceira defesa de Paulo foi perante governador Felix em Cesaréia (At 24). Felix era um homem que nutria grande avareza. Seus convites para ouvir Paulo tinham na realidade um interesse material. O governador soube da expressiva oferta que Paulo havia entregue à igreja em Jerusalém e imaginou que poderia ter acesso a essa fonte vultuosa de recursos por meio de um possível suborno e, por isso, passou dois anos tentando a Paulo, porém sem êxito.
A quarta defesa de Paulo foi perante governador Festo (At 25). Festo escreve ao Rei Agripa com respeito a Paulo, apontando para as acusações dos judeus que não tinham provado ser ele culpado de pena de morte, como eles mesmos argumentavam.
A quinta defesa de Paulo foi perante o Rei Agripa (At 26). Festo outorgou ao rei Agripa a presidência dessa audiência em sinal de cortesia. Jesus, entretanto já havia previsto que muitos de seus apóstolos e discípulos seriam levados a presença de governadores, reis e pessoas influentes para testemunharem da fé cristã (Mc 10.18). Paulo cumpre essa predição diante de Félix, Festo, Agripa e finalmente César.

1. Navegando para a  Itália

Nós escolhemos o destino da nossa viagem, mas não a maneira de chegarmos lá. Planejamos as coisas, mas não temos o poder de garantir sua execução. Muitas vezes, planejamos uma coisa e acontece outra. Fazemos planos, mas a resposta certa vem do Senhor. O desejo de Paulo era ir a Roma, mas ele chega a cidade de Roma preso, depois de um naufrágio, após perder tudo[1].
Em Atos 27 Lucas narra a viagem de Paulo da Palestina a Itália e sua recepção em Roma. A rejeição do evangelho pelos judeus em Roma e sua aceitação pelos gentios, leva ao clímax de todo o livro – a rejeição de Israel e a extensão da igreja gentílica, chegando aos confins da terra.

1.1 Ficou decidido ir a Itália (At 27.1,2)

A narrativa da viagem de Paulo começa com a terceira seção na primeira pessoa do plural. Última referência com o “nós” foi em 21.18, quando Paulo na companhia de Lucas, chegou a Jerusalém. Lucas acompanha Paulo com Aristarco de Tessalonica (At 19.29) que viera com o apóstolo de Tessalonica até Jerusalém. O centurião era responsável pela segurança de Paulo e de outros prisioneiros. Mesmo quando estamos fazendo a vontade de Deus e também a nossa, encontramos tempestades pela frente. O desejo de Paulo era ir a Roma e, dali, à Espanha.

1.2 Chegaram a Sidom (At 27.3)

Adramitio: Porto que se localizava no litoral oeste da província da Ásia, a sudeste de Trôade, a leste de Assôs.
O centurião Julio tratou Paulo com especial nobreza, dando-lhe liberdade de desembarcar enquanto o navio estava sendo descarregado e também de visitar seus amigos, que formavam a comunidade cristã daquela cidade, os quais cuidaram dele. (Confira no mapa ao lado a seqüência da viagem desde a prisão em Jerusalém até Sidom e Bons Portos).

1.3 Prosseguindo na viagem (vv. 4-8)

Os ventos dominantes de verão vinham do oeste ou noroeste, o navio navegou entre Chipre e o continente e não diretamente dentro do vento. Tornou-se necessário abandonar a costa e navegar através do mar aberto na direção oeste ao longo da Cilícia e Panfília. Em Mirra trocaram de navio, abandonaram o navio costeiro e tomaram um navio de transporte de cereais que navegava de Alexandria a Itália. A viagem de Mirra foi difícil por causa dos ventos noroestes. Chegam a Cnido e então navegaram a sudoeste de Creta por causa do vento contrário. Depois de navegarem penosamente pela costa, chegaram a um porto chamado Bons Portos. (Confira a seqüência descrita de Sidom a Bons Portos na ilha de Creta no mapa acima).

2. A navegação torna-se perigosa (At 27.9)

O Dia da Expiação (décimo dia do mês de etanim no calendário judaico) - Dia do perdão para os judeus, caía no final de setembro ou início de outubro. Os judeus projetavam o período seguro para navegação entre Pentecostes (maio e junho) ate a Festa dos Tabernáculos (décimo quarto dia do mês de etanim, no calendário judaico), cinco dias após o Dia da Expiação. Os romanos consideravam a navegação após o dia 15 de setembro perigosa, e após o dia 11 de novembro, suicida.

2.1 A
primeira admoestação de Paulo (vv. 4-8)

Nas tempestades da vida precisamos estar atentos as placas de sinalização de Deus. Eles não ouviram o conselho de Paulo, e logo veio um tufão e tirou o navio da mão deles. A maioria dos acidentes são provocados por pessoas que transgridem as leis, não observando as placas de advertências à beira do caminho.

Dt 8.1: Todos os mandamentos que hoje vos ordeno guardareis para os cumprir; para que vivais, e vos multipliqueis, e entreis, e possuais a terra que o SENHOR jurou a vossos pais”.

Js 23.6: “Esforçai-vos, pois, muito para guardardes e para fazerdes tudo quanto está escrito no livro da lei de Moisés; para que dele não vos aparteis, nem para a direita nem para a esquerda”.

Js 22.5: Tão-somente tende cuidado de guardar com diligência o mandamento e a lei que Moisés, o servo do SENHOR, vos mandou: que ameis ao SENHOR vosso Deus, e andeis em todos os seus caminhos, e guardeis os seus mandamentos, e vos achegueis a ele, e o sirvais com todo o vosso coração, e com toda a vossa alma”.

2.2 Quando se pensa ter alcançado o que se deseja (vv. 13-20)

Quem não escuta conselho, escuta “coitado”. Podemos ver cinco resultados colhidos dessa amarga desobediência a Paulo:

·  Aparente segurança: Começaram a viagem em um vento brando, aparentemente Paulo havia errado, mas o vento brando leva muitos a confundir as circunstâncias da vida.
·  O perigo: Depois do vento brando veio um tufão. O mar se revoltou. Sempre que deixamos de obedecer as sinalizações de Deus corremos grandes riscos de acidentes.
·  A impotência: Navio a deriva, o controle do leme perdido, fúria dos ventos tamanha que perderam o controle do navio.
·  O prejuízo: Para aliviar o navio jogaram seus bens fora para salvar suas vidas.
·  A desesperança: Perderam toda a esperança. A morte parecia certa.

2.3 A segunda admoestação de Paulo (vv. 21-26)

        Já há muito sem comer por causa do enjôo e da oscilação do convés e das provisões que estavam encharcadas, Paulo oferece uma palavra de estimulo e começa com “eu não disse?” Ele anuncia que um anjo de Deus lhe aparecera e lhe assegurara que escaparia desse perigo para que comparecesse perante César e que seus companheiros também sobreviveriam.

3. O náufrago inevitável

3.1 Pressentindo o pior (vv. 27-30)

Era a décima quarta noite desde que partiram de Bons portos, estavam numa baía aberta para o mar e muito mau protegida, mas que socorria muitos náufragos.  Adriático era o nome dado ao mar que cobria as costas da Itália, Malta, Creta e Grécia. Alguns marinheiros decidiram fugir do navio para a praia usando um pequeno barco em lugar de se arriscarem a bater contra as rochas. Paulo descobriu o plano deles e advertiu ao centurião e aos soldados e o plano deles foi frustrado quando os soldados cortaram as cordas que sustinham o barco. (Confira no mapa ao lado a seqüência da viagem desde Bons Portos até a ilha de Malta).

3.2 Paulo anima a tribulação (vv. 31-38)

Paulo demonstrou que a fé em Deus proporciona coragem para enfrentar as mais difíceis situações, cumprir a vontade do Senhor e chegar em bom termo. Os judeus piedosos (e os discípulos do Senhor Jesus) tinham o costume de orar antes de qualquer refeição, numa demonstração de reconhecimento à bondade e generosidade de Deus.

Lc 9.16: “E tomando os cinco pães e os dois peixes, e olhando para o céu, abençoou-os, e partiu-os, e deu-os aos seus discípulos para os porem diante da multidão”.

Lc 24.30: “E aconteceu que, estando com eles à mesa, tomando o pão, o abençoou e partiu-o, e lho deu”.

1 Tm 4.4-5: Porque toda a criatura de Deus é boa, e não há nada que rejeitar, sendo recebido com ações de graças. Porque pela palavra de Deus e pela oração é santificada”.

3.3 O navio se perde e Paulo é poupado (vv. 39-44)

O navio colidiu contra um barco e encalhou. Os soldados logo pensaram em matar os presos, pois de acordo com a lei romana, se um preso fugisse a vida do guarda responsável deveria ser tomada em seu lugar. Foi nesta situação que todos chegaram à terra, no caso à ilha de Malta.

4. Paulo, o naufrago em Malta (At 28.1-15)

4.1 Paulo, um sinal entre os bárbaros (vv. 1-6)
4.2 Paulo e o evangelho em Malta (vv. 7-10)
4.3 A viagem continua (vv. 11-16)

Malta significa refúgio. Bárbaros não significa nenhum tipo de atitude selvagem ou cultura primitiva, mas simplesmente indica que sua língua (fenícia) não era o grego e nem o latim. Uma vez que chovia esses nativos trataram com singular humanidade acendendo um fogo para que os viajantes pudessem se aquecer. (Confira a seqüência da viagem desde Malta até Roma no mapa ao lado).

Conclusão

·  Nas tempestades da vida precisamos estar atentos as placas de sinalização de Deus (At 27.9-20).
·  Nas tempestades da vida precisamos olhar para Deus e não para as circunstâncias (At 27.21-44).
·  Nas tempestades da vida precisamos encorajar as pessoas (At 27.21-22).
·  Na tempestade abandone o medo.
·  Na tempestade abra seus olhos para a intervenção de Deus.
·  Na tempestade precisamos lançar nossas ancoras:

v  Âncora da fé
v  Âncora da esperança
v  Âncora da oração
v  Âncora da certeza

“Os escritores bíblicos não inventaram suas próprias palavras, de acordo com as coisas que haviam aprendido, mas apenas expressaram as palavras que receberam" (John Owen).

“Deus concede-nos a dádiva gloriosa do hoje; vivamos na luz e plena alegria deste dia, usando os recursos que Deus nos provê" (John MacArthur).

“As estrelas podem ser vistas do fundo de um poço escuro, quando não podem ser discernidas do topo de um monte. Assim também, muitas coisas são aprendidas na adversidade” (Charles H. Spurgeon).

Referências Bibliográficas:
[1] LOPES, Hernandes Dias. Paulo, o maior líder do Cristianismo. São Paulo: Hagnos 2009 p.123
[2] Idem p.124