quarta-feira, 20 de julho de 2011

LIÇÃO 4 - OS LEPROSOS QUE ANUNCIARAM AS BOAS NOVAS

Igreja Evangélica Assembléia de Deus
Av. Brasil, 740 – Juiz de Fora - MG
Elaboração da Aula para os Professores da Escola Dominical
Revista: Anônimos e Atalaias de Deus
Prof. Magda Narciso Leite – Classe Sara

Texto Áureo: “Então, disseram uns para os outros; não fazemos bem; este dia é dia de boas novas, e nos calamos; se esperarmos até a luz da manhã, algum mal nos sobrevirá; pelo que agora vamos e o anunciemos à casa do rei” (2 Rs 7.9).
  
Verdade Aplicada: Os dias são maus e enquanto há tempo devemos anunciar as maravilhas de Deus.

Objetivos da Lição:

·   Destacar a importância de anunciar a mensagem do Senhor.
·   Alertar sobre o perigo da lepra espiritual.
·   Expor sobre a soberania de Deus.

Textos de Referência: 2 Rs 7.3-6

Introdução: Na lição de hoje estudaremos acerca dos quatro leprosos que, embora sendo doentes e proibidos por lei de ficarem dentro do arraial, eram dependentes da caridade, fora dela (Lv 13.45,46; Nm 5.1-4)...

Lv 13.45,46: “Também as vestes do leproso, em quem está a praga, serão rasgadas, e a sua cabeça será descoberta, e cobrirá o lábio superior, e clamará: Imundo, imundo. Todos os dias em que a praga houver nele, será imundo; imundo está, habitará só; a sua habitação será fora do arraial”.

Nm 5.1-4: “E falou o Senhor a Moisés, dizendo: Ordena aos filhos de Israel que lancem fora do arraial a todo o leproso, e a todo o que padece fluxo, e a todos os imundos por causa de contato com algum morto. Desde o homem até a mulher os lançareis; fora do arraial os lançareis; para que não contaminem os seus arraiais, no meio dos quais eu habito. E os filhos de Israel fizeram assim, e os lançaram fora do arraial; como o Senhor falara a Moisés, assim fizeram os filhos de Israel”.

Os capítulos 13 e 14 do livro de Levítico mencionam quatro tipos de lepra e outras enfermidades contagiosas que poderiam advir sobre o povo de Israel. Segundo escreve MacDonald (2010, p. 97) as opiniões divergem quanto a natureza da lepra mencionada na Bíblia. O Dr R. K. Harrison, que, além de médico também sabe hebraico, diz que “não há tradução satisfatória para todas as condições a que o termo hebraico se refere, porém o termo é abrangente o suficiente para incluir a doença que hoje é chamada de hanseníase, doença contagiosa causada por uma bactéria. O capítulo 13 trata de como deveria ser feito o diagnóstico da lepra pelos sacerdotes, e o capítulo 14 trata da forma como o sacerdote deveria proceder em relação ao leproso quando fosse constatada a cura do mesmo. Assim, caso se suspeitasse que determinada pessoa era leprosa, esta deveria ser levada ao sacerdote que a submeteria então a um exame minucioso, constatando se tal pessoa era leprosa ou não. Comprovada a lepra, aquela pessoa era declarada impura e diante disto, sua habitação deveria ser fora do arraial. Se o caso, porém fosse duvidoso, a pessoa deveria ser isolada por sete dias e então examinada de novo. Dois pontos estão evidenciados nestes procedimentos acerca do leproso: Em primeiro lugar a congregação deveria ser mantida pura através da exclusão daqueles que, não precipitadamente, fossem considerados imundos; e em segundo lugar deveria haver a inclusão à congregação, daqueles que, aparentemente tinham lepra, no entanto um exame minucioso por parte do sacerdote, poderia resultar na declaração de que o mesmo se encontrava limpo.  

1. A mensagem do profeta Eliseu – Eliseu no hebraico significa “Deus é salvação”. Ele é conhecido como o servo sucessor de Elias (2 Rs 2.15; 3.11)... Quando Eliseu entregou a mensagem profética do livramento de Deus, o capitão do rei disse que isto seria impossível...
Três são as verdades sobre a mensagem de Deus:

A Bíblia menciona o nome de Eliseu pela primeira vez em 1 Rs 19.16, quando o Senhor revela a Elias que Eliseu, filho de Safate, de Abel-Meolá, deveria ser ungido profeta em seu lugar. 1 Reis 19.19 descreve o encontro de Elias com Eliseu e a forma como se dá o chamado de Eliseu, quando então o profeta Elias lança sobre ele a sua capa: “Partiu, pois, Elias dali, e achou a Eliseu, filho de Safate, que andava lavrando com doze juntas de bois adiante dele, e ele estava com a duodécima; e Elias passou por ele, e lançou a sua capa sobre ele”. Eliseu responde positivamente ao seu chamado e depois de despedir-se de seus pais, ele passa a seguir Elias servindo-o de forma abnegada até o último momento, quando Elias foi elevado diante dos seus olhos ao céu. Depois disto, Eliseu passa a ser visto pelos profetas como o sucessor de Elias “Vendo-o, pois, os filhos dos profetas que estavam defronte em Jericó, disseram: O espírito de Elias repousa sobre Eliseu. E vieram-lhe ao encontro, e se prostraram diante dele em terra” (2 Rs 2.15) e ainda nos dias de Josafá, rei de Judá, e de Jorão, rei de Israel, Eliseu era ainda lembrado por sua dedicação e serviços prestados ao profeta Elias: “E disse Josafá: Não há aqui algum profeta do Senhor, para que consultemos ao Senhor por ele? Então respondeu um dos servos do rei de Israel, dizendo: Aqui está Eliseu, filho de Safate, que derramava água sobre as mãos de Elias” (2 Rs 3.11). O ministério de Eliseu, se datado desde a sua chamada se estendeu por mais de cinqüenta anos, atravessando os reinados de Acabe, Acazias, Jorão, Jeú, Jeocaz e Joás. O episódio registrado em 2 Rs 6.24-7.20 ocorre quando Ben-Hadade, rei da Síria sitiou a Samaria, havendo grande fome em toda a cidade. A Bíblia não registra o nome do rei que governava Israel por ocasião deste acontecimento. A gravidade da fome pode ser vista no fato do povo pagar valores exorbitantes para obter alimentos cerimonialmente impuros, como por exemplo, a cabeça de um jumento “E sucedeu, depois disso, que Bem-Hadade, rei da Síria, ajuntou todo o seu exército; e subiu e cercou a Samaria. E houve grande fome em Samaria, porque eis que a cercaram, até que se vendeu uma cabeça de um jumento por oitenta peças de prata, e a quarta parte de um cabo de esterco de pombas, por cinco peças de prata” (2 Rs 6.24-25) e no fato também do povo estar recorrendo ao canibalismo. O rei de Israel culpa Eliseu por toda esta situação jurando matá-lo antes do fim do dia “E disse: Assim me faça Deus e outro tanto, se a cabeça de Eliseu, filho de Safate, hoje ficar sobre ele” (2 Rs 6.31), o Senhor, porém revela a Eliseu as intenções do rei que envia um mensageiro à sua frente até a casa de Eliseu. Depois da chegada do mensageiro, o rei chega à presença de Eliseu, e Eliseu prevê diante do rei, o que aconteceria no dia seguinte quando então haveria fartura de alimento em Samaria a ponto da farinha e da cevada serem vendidas a preço extremamente baixo à porta de Samaria: “Então disse Eliseu: Ouvi a palavra do Senhor; assim diz o Senhor: Amanhã, quase a este tempo, haverá uma medida de farinha por um siclo, e duas medidas de cevada por um siclo, à porta de Samaria. Porém um senhor, em cuja mão o rei se encostava, respondeu ao homem de Deus e disse: Eis que ainda que o Senhor fizesse janelas no céu, poder-se-ia fazer isso? E ele disse: Eis que o verás com os teus olhos, porém disso não comerás” (2 Rs 7.1,2). 2 Reis 7.16 registra o cumprimento da Palavra do Senhor exatamente conforme Eliseu havia pronunciado no dia anterior: “Então saiu o povo, e saqueou o arraial dos sírios; e havia uma medida de farinha por um siclo, e duas medidas de cevada por um siclo, conforme a palavra do Senhor”.

1.1 Ela não volta vazia (Is 55.11) – O poder e a eficácia da mensagem de Deus são sempre infalíveis. O capitão, em cuja mão o rei se encostava, ironizou a mensagem de Deus... Vivemos época de grande incredulidade...

Is 55.10,11: “Porque, assim como desce a chuva e a neve dos céus, e para lá não tornam, mas regam a terra, e a fazem produzir, e brotar, e dar semente ao semeador, e pão ao que come, assim será a minha palavra, que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia, antes fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei”.

Lc 18.7,8: “E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles? Digo-vos que depressa lhes fará justiça. Quando, porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?”

Jo 14.1-3: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também”.

1.2 O Senhor vela para a cumprir (Jr 1.12) – O Senhor disse ao profeta que se responsabiliza pela “Sua Palavra”...

Nm 23.19: “Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa; porventura diria ele, e não o faria? Ou falaria, e não o confirmaria?”

Jr 1.12: “E disse-me o Senhor: Viste bem; porque eu velo sobre a minha palavra para cumpri-la”.

Mt 5.18: “Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem nem um jota ou til se omitirá da lei sem que tudo seja cumprido”.

Mc 13.31: “Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão”.

Hb 6.17,18: “Por isso, querendo Deus mostrar mais abundantemente a imutabilidade do seu conselho aos herdeiros da promessa, se interpôs com juramento; para que por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, tenhamos a firme consolação, nós, os que pomos o nosso refúgio em reter a esperança proposta”.
                                                                                                     
1.3 Quem não crer nela perde a bênção (2 Rs 7.2) – Disse o profeta do Senhor “Eis que verás com os teus olhos, porém daí não comerás”...

Conforme visto anteriormente, 2 Reis 7.16 registra o cumprimento da Palavra do Senhor quanto a fartura de farinha e cevada exatamente conforme fora previsto por Eliseu. O capitão do rei que duvidara dessa predição viu seu cumprimento, porém não desfrutou do mesmo, pois ele foi atropelado pela multidão na porta da cidade vindo a morrer, também conforme fora profetizado por Eliseu. Os versículos 17-20 voltam a enfatizar o cumprimento da palavra do Senhor: “E pusera o rei à porta o senhor em cuja mão se encostava; e o povo o atropelou na porta, e morreu, como falara o homem de Deus, o que falou quando o rei descera a ele. Porque assim sucedeu como o homem de Deus falara ao rei dizendo: Amanhã, quase a este tempo, haverá duas medidas de cevada por um siclo, e uma medida de farinha por um siclo, à porta de Samaria. E aquele senhor respondeu ao homem de Deus, e disse: Eis que ainda que o Senhor fizesse janelas no céu poderia isso suceder? E ele disse: Eis que o verás com os teus olhos, porém dali não comerás. E assim lhe sucedeu, porque o povo o atropelou à porta, e morreu”.

Hb 10.38: “Mas o justo viverá da fé; e, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele”.

Hb 11.1-3,6: “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem. Porque por ela os antigos alcançaram testemunho. Pela fé entendemos que os mundos pela palavra de Deus foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente. Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam”.

2. Quem eram aqueles leprosos? – Eram homens da terra de Israel... A Bíblia nada fala acerca de seus nomes e tampouco de suas famílias... Os fungos podiam espalhar-se... Em casos extremos a roupa tinha de ser queimada ou as casas destruídas. As Escrituras Sagradas apontam três situações que aqueles leprosos estavam vivendo:

Lv 14.34-36: “Quando tiverdes entrado na terra de Canaã que vos hei de dar por possessão, e eu enviar a praga da lepra em alguma casa da terra da vossa possessão, então aquele, de quem for a casa, virá e informará ao sacerdote, dizendo: Parece-me que há como que praga em minha casa. E o sacerdote ordenará que desocupem a casa, antes que entre para examinar a praga, para que tudo o que está na casa não seja contaminado; e depois entrará o sacerdote, para examinar a casa”.

Conforme visto anteriormente, Lv 13 e 14 fala de diversos tipos de lepra ou outras doenças contagiosas que poderiam advir sobre o povo de Israel. Caso fosse constatado a “lepra” ou outra doença contagiosa como a “tinha” (tipo de infecção causada por fungos) em algum indivíduo, estes deveriam ser lançados para fora do arraial, como medida preventiva, para evitar-se a propagação da infecção. Além disto, o leproso deveria andar com suas roupas rasgadas, sua cabeça descoberta, ele deveria também cobrir o lábio superior e clamar “imundo, imundo”. Todas estas medidas tinham como propósito identificar o leproso para que qualquer contato fosse evitado e desta forma a doença não proliferasse. Esta era a situação dos quatro leprosos citados no texto de referência.
Quanto a “lepra” em roupas e casas, este tipo de “lepra” provavelmente se refere a bolor e mofos que poderia se desenvolver em roupas de lã, linho ou couro e em paredes. No caso das vestes, constatada a lepra, estas deveriam ser então queimadas (ver Lv 13.47-59), já no caso da “lepra” numa casa, constatada a lepra, a casa deveria ser destruída. Levítico 14.33-53 instrui os sacerdotes sobre como diagnosticar a lepra numa casa. A casa afetada deveria ser esvaziada antes que o sacerdote viesse inspecioná-la, para que os móveis não se contaminassem. Em um primeiro momento, caso se constatasse a “lepra” somente as pedras afetadas deveriam ser retiradas. Se a lepra, no entanto se alastrasse, então a casa deveria ser destruída. Nesta passagem, a casa pode ser vista como figura de uma congregação cristã. Assim, os passos quanto a avaliação da condição da casa encerram em si os princípios quanto ao método divino de tratar o mal numa congregação. O seguinte comentário feito por Mackintosh (2003, pp. 199, 200) ilustra os princípios encontrados em Lv 14.33-53:

“Consideremos, por exemplo, a igreja em Corinto. Era uma casa espiritual composta de pedras espirituais; mas o olhar perspicaz do apóstolo descobriu nas suas paredes certos sintomas de natureza muito duvidosa. Ficou ele indiferente? Não, por certo. Ele estava tão possuído do espírito do Dono da casa que não podia admitir, nem por um momento, tal coisa. Mas se não ficou indiferente também não se mostrou precipitado. Mandou tirar a pedra leprosa e deu à casa uma raspagem completa. Havendo atuado assim, esperou pacientemente o resultado. E qual foi esse resultado? Aquele que o coração mais podia desejar. ‘Mas Deus, que consola os abatidos, nos consolou com a vinda de Tito; e não somente com a sua vinda, mas também pela consolação com que foi consolado de vós, contando-nos as vossas saudades, o vosso choro, o vosso zelo por mim, de maneira que muito me regozijei... em tudo mostrastes estar puros neste negócio’ (compara-se em 1 Co 5 com 2 Co 7.6-11). É um agradável exemplo. O cuidado e zelo do apóstolo foram amplamente recompensados; a praga foi retida e a assembléia liberta da influência corruptora do mal moral que não havia sido julgado”.

2.1 Separados da família (Sl 128) – O salmista afirmou que a boa vida familiar é uma recompensa por seguir a Jesus. Temos visto quantos ataques a família tem sofrido...

Os leprosos eram obrigados a viverem separados de sua família devido a possibilidade do contágio levar a proliferação da doença entre os seus familiares. Assim como a lepra os levavam a esta condição, também pecados tais como o adultério, prostituição, homossexualismo, egoísmo, avareza, desobediência, ciúmes, iras, invejas, rancor etc... têm levado muitas famílias a se desintegrarem. Os cristãos devem valorizar a forma de conduta que a Bíblia ensina em relação à convivência familiar e procurar aplicá-la em seu convívio diário.

Ef 5.22,25: “Vós, mulheres, sujeitai-vos a vosso marido, como ao Senhor. Vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela”.

Ef 6.1,4: “Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isso é justo. E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mais criai-os na doutrina e admoestação do Senhor”.

 Além disto, os cristãos devem dedicar-se à oração pela família, pois neste mundo contaminado pelo pecado e pela relativização dos valores morais, somente buscando ajuda do Senhor e firmando-se nEle e na sua Palavra as famílias poderão encontrar libertação, paz, harmonia e estabilidade em sua constituição.

Sl 68.6: “Deus faz que o solitário viva em família; liberta aqueles que estão presos em grilhões; mas os rebeldes habitam em terra seca”.

Lm 2.19: “Levanta-te, clama de noite no princípio das vigias; derrama o teu coração como águas diante da presença do Senhor; levanta a ele as tuas mãos, pela vida de teus filhinhos, que desfalecem de fome à entrada de todas as ruas.

2.2 Separados do convívio do arraial (Lv 13.46; Sl 15; Ap 21.27; 22.15; 1 Co 6.9,10) -  Quem declarava a pessoa leprosa era o sacerdote...

Conforme foi visto na introdução desta lição, quando se suspeitasse que uma pessoa era leprosa, esta pessoa deveria ser examinada pelo sacerdote que constataria se o indivíduo era leproso ou não. O exame deveria ser minucioso, pois se a lepra fosse diagnosticada de forma precipitada, isto poderia conduzir aquele indivíduo a, de forma injusta, ser excluído do convívio do arraial. Por outro lado, a forma precipitada poderia conduzir também alguém que de fato fosse leproso a ser mantido dentro do convívio do arraial, o que acabaria por contaminar toda a congregação. A lei acerca da lepra encontra sua aplicação na vida da igreja no que diz respeito à necessidade da aplicação da disciplina eclesiástica. Assim, os líderes da igreja, e mesmo os membros, não devem julgar aquilo que aparentemente poderia conduzir à conclusão de pecado, de forma precipitada, pois um julgamento como este pode conduzir aquele indivíduo a de forma injusta ser disciplinado ou mesmo excluído da congregação, é o que Jesus mostra, por exemplo em Jo 7.24: “Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça”. Por outro lado, a tolerância ao erro ou ao pecado pode acabar conduzindo a igreja à relativização dos valores cristãos e diminuição dos padrões morais pelos quais a igreja deve ser conduzida. Em caso de pecado, a igreja deve sempre considerar o que diz a palavra de Deus quanto àqueles que insistem em permanecer no mesmo:

Ml 3.5: “E chegar-me-ei a vós para juízo; e serei uma testemunha veloz contra os feiticeiros, contra os adúlteros, contra os que juram falsamente, contra os que defraudam o diarista em seu salário, e a viúva, e o órfão, e que pervertem o direito do estrangeiro, e não me temem, diz o Senhor dos Exércitos”.

1 Co 5.11-13: “Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais. Porque, que tenho eu em julgar também os que estão de fora? Não julgais vós os que estão dentro? Mas Deus julga os que estão de fora. Tirai pois dentre vós a esse iníquo”.

1 Co 6.9,10: “Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus”.

Ap 22.15: “Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira”.

2.3 Condenados à morte pela doença (2 Rs 7.3) – Além de isolado da família e da sociedade (Is 59.2; Sl 69.6a) ao se locomover, tinha que gritar “imundo, imundo!”... Como se não bastasse, também não podia entrar na casa do Senhor (2 Cr 26.21)...

2 Rs 7.3,4: “E quatro homens leprosos estavam à entrada da porta, os quais disseram uns aos outros: Para que estaremos nós aqui até morrermos? Se dissermos: Entremos na cidade, há fome na cidade, e morreremos aí; e se ficarmos aqui, também morreremos. Vamos nós, pois, agora, e passemos para o arraial dos sírios; se nos deixarem viver, viveremos, e se nos matarem, tão-somente morreremos”.

Assim como aqueles leprosos, todos estavam condenados à morte por causa do pecado. Os crentes gentios devem sempre se lembrar que, além de condenados à morte, também estavam todos antes impedidos, não só de entrarem na casa do Senhor, mas também de fazerem parte da família de Deus, no entanto, por graça de Deus e pela justiça de Cristo, aqueles que estavam longe, são pelo sangue de Cristo, declarados limpos, podendo estes a partir de então não somente se aproximar, mas também terem acesso ao Pai Celestial:

Is 64.6: “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades como um vento nos arrebatam”.

Jó 15.14: “Que é o homem, para que seja puro? E o que nasce da mulher, para ser justo?”

Ef 2.11-13;18,19: “Portanto, lembrai-vos de que vós noutro tempo éreis gentios na carne, e chamados incircuncisão pelos que na carne se chamam circuncisão feita pela mão dos homens; que naquele tempo estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo. Mas agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto. Porque por ele ambos temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito. Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da família de Deus”.

3. A mensagem dos leprosos – A cidade de Samaria enfrentava a fome (2 Rs 6.25). Esta fome foi tão terrível, que mães chegaram a comer seus filhos... O senhor havia prometido o livramento, mas foram tais homens que Ele usou como mensageiros. A mensagem pode ser dividida em três pontos:

2 Rs 6.26-30: “E sucedeu que, passando o rei pelo muro, uma mulher lhe bradou, dizendo: Acode-me, ó rei meu senhor. E ele lhe disse: Se o Senhor te não acode, donde te acudirei eu? Da eira ou do lagar? Disse-lhe mais o rei: Que tens? E disse ela: Esta mulher me disse: Dá cá o teu filho, para que hoje o comamos, e amanhã comeremos o meu filho. Cozemos, pois, o meu filho, e o comemos; mas dizendo-lhe eu ao outro dia: Dá cá o teu filho, para que o comamos; escondeu o seu filho. E sucedeu que, ouvindo o rei as palavras desta mulher, rasgou as suas vestes, e ia passando pelo muro; e o povo viu que o rei trazia cilício por dentro, sobre a sua carne”.

Dt 28.53: “E comerás o fruto do teu ventre, a carne de teus filhos e de tuas filhas, que te der o Senhor teu Deus, no cerco e no aperto com que os teus inimigos te apertarão”.

Deuteronômio 28.1-14 fala das bênçãos que viriam sobre a nação de Israel em decorrência de sua obediência ao Senhor; os cinquenta e quatro versículos posteriores descrevem as maldições que recairiam sobre a nação em decorrência de Israel dar as costas para o Senhor. Dentre as maldições citadas, Dt 28.47-57 fala dos invasores estrangeiros que levantariam cerco contra Israel. As condições seriam tão terríveis, que muitas pessoas recorreriam ao canibalismo, sendo exatamente esta a situação vivida neste período, quando Samaria foi sitiada por Ben-Hadade, rei da Síria. A Bíblia não declara o nome do rei que reinava sobre Israel por esta ocasião, mas o cerco levantado contra Israel e a situação de canibalismo o qual é exposta diante do rei, claramente indicam o grau de apostasia e de desobediência a que este rei havia conduzido a nação, tornando-se esta então alvo do justo juízo de Deus. Tal situação é também evidenciada no fato de Eliseu se referir a este rei como o “filho do homicida” numa clara indicação de que tal rei, pertencia na realidade ao diabo, e não ao Deus de Israel.

2 Rs 6.32: “Estava, então, Eliseu assentado em sua casa, e também os anciãos estavam assentados com ele. E enviou o rei um homem de diante de si; mas, antes que o mensageiro viesse a ele, disse ele aos anciãos: Vistes como o filho do homicida mandou tirar-me a cabeça? Olhai, quando vier o mensageiro, fechai-lhe a porta e empurrai-o para fora com a porta; porventura, não vem o ruído dos pés de seu senhor apos ele?”

Jo 8.44: “Vós tendes por pai ao diabo e quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele foi homicida desde o princípio e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira”.

3.1 Mensagem de Boas Novas (2 Rs 7.9) – A notícia chegou no momento propício para o povo em Samaria. Os leprosos entenderam que suas vidas foram poupadas... Depois de aproveitarem bem, com a fome saciada, puderam anunciar as boas novas.

2 Rs 7.3-9: “E levantaram-se ao crepúsculo, para irem ao arraial dos sírios; e, chegando à entrada do arraial dos sírios, eis que não havia ali ninguém. Porque o Senhor fizera ouvir no arraial dos sírios ruído de carros e ruído de cavalos, como o ruído de um grande exército; de maneira que disseram uns aos outros: Eis que o rei de Israel alugou contra nós os reis dos heteus e os reis dos egípcios, para virem contra nós. Por isso se levantaram, e fugiram no crepúsculo, e deixaram as suas tendas, os seus cavalos, os seus jumentos e o arraial como estava; e fugiram para salvarem a sua vida. Chegando, pois, estes leprosos à entrada do arraial, entraram numa tenda, e comeram, beberam e tomaram dali prata, ouro e roupas, e foram e os esconderam; então voltaram, e entraram em outra tenda, e dali também tomaram alguma coisa e a esconderam. Então disseram uns para os outros: Não fazemos bem; este dia é dia de boas novas, e nos calamos; se esperarmos até à luz da manhã, algum mal nos sobrevirá; por isso agora vamos, e o anunciaremos à casa do rei”.

Naquela noite, depois que Eliseu predisse a fartura de alimentos que haveria em Samaria no dia seguinte, quatro homens leprosos que estavam à entrada da porta de Samaria, numa situação de desespero resolvem dar no arraial dos sírios, no entanto quando eles lá chegaram o local estava deserto. A princípio eles tomaram para si todo alimento, dinheiro e vestes que puderam, mas em determinado momento, temendo que algum mal lhes viessem, eles decidem não se manter calados, mas anunciar à casa do rei, o que estaria favorecendo todos os demais que estavam na mesma situação de fome que eles estiveram. Assim, deve ser a atitude de todos aqueles que um dia estiveram em situação de condenação e de morte, mas foram poupados por Deus, estes não devem se calar, mas anunciar as boas novas da salvação eterna em Cristo Jesus.

Sl 66.16: “Vinde, e ouvi, todos os que temeis a Deus, e eu contarei o que ele tem feito à minha alma”.

Is 35.4: “Dizei aos turbados de coração: Sede fortes, não temais; eis que o vosso Deus virá com vingança, com recompensa de Deus; ele virá, e vos salvará”.

Is 55.1: “Ó vós, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde, comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite”.

Jr 51.10: “O Senhor trouxe a nossa justiça à luz; vinde e contemos em Sião a obra do Senhor, nosso Deus”.

Ap 22.17: “E o Espírito e a esposa dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem. E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida”.

3.2 Mensagem de Restituição (2 Rs 7.10) – A mensagem era de restituição porque a cidade estava cercada... estava se aproximando o momento da bênção: “Fomos ao arraial dos sírios, e eis que lá não havia ninguém, nem voz de homem, porém só cavalos atados, jumentos atados, e as tendas como estavam dantes”. O Senhor deu para o seu povo tudo.

Israel estava debaixo do justo juízo de Deus, sendo assim a bênção de Deus demonstra antes de qualquer coisa a misericórdia de Deus para com o seu povo. Apesar da desobediência e da apostasia, o Senhor estenderia mais uma vez as suas mãos para abençoar Israel.

Is 30.18: “Por isso, o Senhor esperará, para ter misericórdia de vós; e por isso se levantará, para se compadecer de vós, porque o Senhor é um Deus de eqüidade; bem-aventurados todos os que nele esperam”.

Ml 3.6: “Porque eu, o Senhor, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos”.

Lm 3.22,23: “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; novas são cada manhã; grande é a tua fidelidade”.

3.3 Mensagem boa não pode esperar (2 Rs 7.11,12) – Quando os porteiros da cidade ouviram a notável mensagem, logo trataram de anunciar ao rei... O rei tratou logo de verificar a veracidade... o versículo 15 relata que os servos do rei seguiram aqueles leprosos até o Jordão que em hebraico significa “o que desce”...

2 Rs 7.10-15: “Vieram, pois, e bradaram aos porteiros da cidade, e lhes anunciaram, dizendo: Fomos ao arraial dos sírios e eis que lá não havia ninguém, nem voz de homem, porém só cavalos atados, jumentos atados, e as tendas como estavam. E chamaram os porteiros, e o anunciaram dentro da casa do rei. E o rei se levantou de noite, e disse a seus servos: Agora vos farei saber o que é que os sírios nos fizeram; bem sabem eles que esfaimados estamos, pelo que saíram do arraial, a esconder-se pelo campo, dizendo: Quando saírem da cidade, então os tomaremos vivos, e entraremos na cidade. Então um dos seus servos respondeu e disse: Tomem-se, pois, cinco dos cavalos que restam aqui dentro (eis que são como toda a multidão dos israelitas que ficaram aqui; e eis que são como toda a multidão dos israelitas que já pereceram) e enviemo-los, e vejamos. Tomaram, pois, dois cavalos de carro; e o rei os enviou com mensageiros após o exército dos sírios, dizendo: Ide, e vede. E foram após eles até ao Jordão, e eis que todo o caminho estava cheio de roupas e de aviamentos que os sírios, apressando-se, lançaram fora; e voltaram os mensageiros e o anunciaram ao rei”.

Os leprosos, depois de comerem, beberem e tomarem do arraial dos sírios a prata, o ouro e as vestes que ali haviam, foram até à porta da cidade e bradaram aos porteiros as boas novas. Assim, conforme pode-se perceber, além de serem beneficiados por Deus em meio a seu desespero, os leprosos foram também usados por Deus para levar a mensagem ao povo de Samaria, tais fatos, no entanto, não davam a eles a permissão de entrar na cidade, e isto eles humildemente reconhecem, quando ao invés de imporem à cidade a sua entrada na mesma e aceitação da condição de leprosos, eles bradam aos porteiros a mensagem do qual eles eram então portadores.
Esta passagem mostra que Deus, em sua infinita misericórdia, pode beneficiar e usar a todos a quem Ele quer, porém nenhuma destas situações garante aos homens o direito de adentrarem pelas portas da cidade. No caso dos leprosos, para que isto acontecesse, eles, depois de serem examinados pelo sacerdote, deveriam se submeter a um ritual de purificação, onde o indivíduo curado era aspergido sete vezes com o sangue do sacrifício imolado sobre águas correntes para então ser declarado limpo (ver Lv 14). Assim também, a qualquer homem, tenha este sido já beneficiado ou sido usado por Deus, tais fatos não lhe garantem a entrada na Cidade Santa, mas a única coisa que lhe pode garantir o direito de adentrar os portais da Cidade é a purificação pelo sangue de Cristo e as águas correntes, símbolo da obra regeneradora do Espírito Santo. Para isto todo homem precisa “descer às águas do Jordão”, e ali se identificar com Cristo em sua morte e na sua ressurreição: “Sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dos mortos” (Cl 2.12).
A primeira reação do rei, ao ouvir a mensagem enviada pelos leprosos, foi suspeitar que os sírios estivessem preparando uma emboscada para os israelitas. Um dos servos do rei sugeriu que alguns homens fossem enviados para fazer o reconhecimento do arraial. Se fossem mortos pelo inimigo, não importaria, pois se ficassem na cidade morreriam de fome assim como todo Israel. Os homens descobriram que o exército da Síria havia fugido e deixado para trás um rastro de despojos. O povo de Israel saqueou o arraial dos sírios, e a fome chegou então ao fim.

4. Deus é soberano – A soberania de Deus recebe forte ênfase na Bíblia, onde as provas são abundantes... Quando Deus quer abençoar não há quem possa impedir... No versículo 18 cumpre-se a profecia. Em Is 14.27 está escrito: “Porque o Senhor dos exércitos o determinou; quem, pois, o invalidará? A sua mão está estendida; quem pois, a fará voltar atrás?”.

1 Cr 29.11,12: “Tua é, Senhor, a magnificência, e o poder, e a honra, e a vitória, e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu é, Senhor, o reino, e tu te exaltaste por cabeça sobre todos. E riquezas e glória vêm de diante de ti, e tu dominas sobre tudo, e na tua mão há força e poder; e na tua mão está o engrandecer e o dar força a tudo”.

Sl 50.10-12: “Porque meu é todo animal da selva, e o gado sobre milhares de montanhas. Conheço todas as aves dos montes; e minhas são todas as feras do campo. Se eu tivesse fome, não to diria, pois meu é o mundo e toda a sua plenitude”.

Is 37.16: “Ó Senhor dos Exércitos, Deus de Israel, que habitas entre os querubins; tu mesmo, só tu és Deus de todos os reinos da terra; tu fizeste os céus e a terra”.

At 17.24-26: “O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens; nem tampouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas; e de um só sangue fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação”.

4.1 Expulsa inimigo sem ajuda de ninguém (2 Rs 7.6) – Através de uma simples leitura do texto, observamos que o Senhor fizera os sírios ouvirem o ruído de carros e de cavalos, como o ruído de um grande exército...

Is 8.13: “Ao Senhor dos Exércitos, a ele santificai; e seja ele o vosso temor e seja ele o vosso assombro”.

Is 14.24: “O Senhor dos Exércitos jurou, dizendo: Como pensei, assim sucederá, e como determinei, assim se efetuará”.

Is 43.13: “Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; agindo eu, quem o impedirá?”

4.2 Usa quem Ele quer (2 Rs 7.3) – Porque Deus não permitiu ao profeta Eliseu constatar tamanho acontecimento... O Senhor quis usar aqueles rejeitados de Israel... É que Deus usa quem Ele quer!

Rm 11.33-36: “Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! Por que quem compreendeu a mente do Senhor? ou quem foi seu conselheiro? Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado? Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém”.

4.3 Faz o tempo da vitória chegar (Ec 3.1) – A Bíblia não menciona por quanto tempo o povo de Samaria esteve vivendo aquela situação de fome e miséria, mas foi o suficiente para muito sofrimento... Não há tribulação que dure para sempre (Ct 2.11,12).

Ec 3.1: “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu”.

Ct 2.11,12: “Porque eis que passou o inverno; a chuva cessou, e se foi; aparecem as flores na terra, o tempo de cantar chega, e a voz da rola ouve-se em nossa terra”.

Referências Bibliográficas:
C.H. Mackintosh, Estudos Sobre o Livro de Levítico, 2003, Depósito de Literatura Cristã, Diadema, SP.
William MacDonald, Comentário Bíblico Popular – Antigo Testamento, 2010, 1a Ed. Mundo Cristão, São Paulo, SP.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

LIÇÃO 2 - A MENINA QUE ABENÇOOU O CHEFE DO EXÉRCITO

Igreja Evangélica Assembléia de Deus
Av. Brasil, 740 – Juiz de Fora - MG
Elaboração da Aula para os Professores da Escola Dominical
Revista: Anônimos e Atalaias de Deus
Prof. João Paulo Cruz – Classe Bereanos

Texto Áureo: “E disse esta à sua senhora: Oxalá que o meu Senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria; ele o restauraria da sua lepra” (2 Rs 5.3).
  
Verdade Aplicada: Deus não faz acepção de pessoas. Ele usa grande e pequeno, intelectuais e leigos, ricos e pobres.

Concordamos plenamente que Deus não faz acepção das pessoas de diferentes classes sociais, ou entre pessoas com ou sem ensino secular.
Agora o que precisamos esclarecer é que devemos estar prontos para sermos usados por Deus. O mesmo Deus que não faz acepção, escolhe cada um segundo seu eterno propósito e conforme nossa capacidade, e o que identifica essa capacidade em nós, não somos nós mesmos, mas o próprio Senhor. Ele nos chama, desperta em cada um de nós a chamada e com isso nos tornamos úteis na sua obra. Cada um é chamado para obra naquilo que será útil e enquanto não sabemos qual é a nossa vocação devemos ficar quietos, orando, esperando em Deus, não se sentindo humilhado, abandonado, discriminado, nada disso. Este é o tempo de espera, o tempo que Deus esta moldando nosso caráter; não é a igreja que esta escolhendo uns e excluindo outros e sim o próprio Deus nos dando um caráter cristão necessário para a sua obra.

Jr 1.5: “Antes que te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da madre, te santifiquei; às nações te dei por profeta”.

1 Rs 8.16: “Desde o dia em que eu tirei o meu povo Israel do Egito, não escolhi cidade alguma de todas as tribos de Israel, para edificar alguma casa para ali estabelecer o meu nome; porém escolhi a Davi, para que presidisse sobre o meu povo Israel”.

Jo 15.16a: “Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça”.

Objetivos da Lição:

·   Compreender que Deus não faz acepção de pessoas.
·   Conhecer um pouco mais sobre a vida da menina que abençoou Naamã.
·   Entender que podemos servir a Deus, tendo mensagem mesmo sem ter fama.

Textos de Referência: 2 Rs 5.1-4

Ainda que os sírios fossem idolatras e oprimissem o povo de Deus neste texto vemos que Deus deu vitoria a Naamã.  Mesmo em um momento de vitória, Naamã não se viu isento das calamidades, mesmo com todo o gozo, neste momento recai sobre ele a verdade quanto a sua condição: Era leproso. Essa menina, ainda que fosse só uma menina, já havia se dado conta que entre os israelitas havia um profeta de Deus. Naamã não rejeitou o conselho da menina que estava a serviço de sua esposa e foi até o profeta a procura de sua cura. Uma das coisas que aproveitamos deste texto é a oportunidade para relembrar a importância do bom testemunho. Com certeza, essa menina já havia ouvido falar do profeta Eliseu, de seu testemunho e de grandes coisas que Deus havia realizado através de suas mãos. Precisamos dar o mesmo testemunho, assim quando o mundo precisar de socorro, virá até nós, e assim continuaremos com a nossa função de sal da terra e luz do mundo.

Primeiro Contato:

A Síria, um país extenso a nordeste de Israel, possuía um relacionamento instável com Israel. No tempo de Naamã, o rei era Ben-Hadade II, que se tornou um aliado de Acabe contra a ameaça assírica (ver 1 Rs 20.31-34). Os dois países ainda lutavam pelas cidades da fronteira (ver 1 Rs 22.1-3) e atacavam o território um do outro. Durante a administração fraca de Jorão, a Síria tornou-se ainda mais oposição. Mesmo assim os reis de Israel e da Síria mantiveram certo relacionamento diplomático (ver 2 Rs 5.5-6)

Introdução:

Lc 4.18,19,24-27: “O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados do coração, a pregar liberdade aos cativos, e restauração da vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor. E disse: Em verdade vos digo que nenhum profeta é bem recebido na sua pátria. Em verdade vos digo que muitas viúvas existiam em Israel nos dias de Elias, quando o céu se cerrou por três anos e seis meses, de sorte que em toda a terra houve grande fome; e a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a Sarepta de Sidom, a uma mulher viúva. E muitos leprosos havia em Israel no tempo do profeta Eliseu, e nenhum deles foi purificado, senão Naamã, o siro”.

1. O que a Bíblia fala sobre a menina

A serva de Naamã, provavelmente uma pré-adolescente, foi capturada e levada para a Síria durante o reinado de Jorão, filho de Acabe, uma época em que Israel era invadido constantemente pelas nações existentes ao seu redor. Apesar de estar numa terra estranha, ela demonstrou o desejo de servir bem aos seus senhores (Mt 5.44), oferecendo o seu trabalho ao Senhor e não aos homens.

Mt 5.44,45: “Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus. Porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos.”.

1.1 Era uma cativa

Ela estava em terra estranha, mas pelo que entendemos continuava com características do povo hebreu. Estava servindo na Síria, mas a sua memória era israelita.  Servia aos homens sírios, mas ao mesmo tempo mantinha o temor e o contato com o Deus de Israel. Por tudo isto ela pode testificar acerca do Deus de Israel. Um grande exemplo para cada um de nós. Trabalhamos, estudamos, construímos uma vida secular, mas esta jamais pode sufocar nossa comunhão com Deus, nosso caráter cristão e nossa conduta como homens e mulheres que estão neste mundo, mas não fazem parte dele.

Jo 9.5: “Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo”.

1 Jo 2.15: “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele”.

1 Jo 5.4: “Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé”.

1.2 Ela era trabalhadora

Se ela não desse bom testemunho, Naamã não lhe daria credibilidade. Assim podemos dizer que ela era integra, trabalhadora.

Pv 14.23: “Em todo trabalho há proveito, mas ficar só em palavras leva à pobreza”.

Pv  10.16:  “A obra do justo conduz à vida, o fruto do perverso, ao pecado”.

Pv 22.29: “Viste o homem diligente na sua obra? Perante reis será posto; não permanecerá entre os de posição inferior”.

1.3 Ela conhecia o profeta de Deus

Profeta de Deus: Porta voz de Deus. Um porta-voz divinamente inspirado. No AT Moisés foi o maior profeta (ver Dt 34.10) e o exemplo para todos os profetas posteriores. Geralmente assim como Moises, ocorreu também com todos os outros profetas verdadeiros e fiéis. Deus falou sobre o passado, presente e futuro. A menina conhecia o profeta de Deus, isto significa que ela sabia discernir entre o falso e o verdadeiro profeta. Um profeta jamais podia contradizer a Lei do Senhor nem falar a partir de seu próprio pensamento e coração. Fazer isso significaria ser um falso profeta.
           
Jr 14.14: “E disse-me o Senhor: Os profetas profetizam falsamente no meu nome; nunca os enviei, nem lhes dei ordem, nem lhes falei; visão falsa, e adivinhação, e vaidade, e o engano do seu coração é o que eles vos profetizam”.

Jr 23.16: “Assim diz o Senhor dos Exércitos: Não deis ouvidos às palavras dos profetas, que entre vós profetizam; fazem-vos desvanecer; falam da visão do seu coração, não da boca do Senhor”

Dt 18.22: “Quando o profeta falar em nome do Senhor, e essa palavra não se cumprir, nem suceder assim; esta é palavra que o Senhor não falou; com soberba falou aquele profeta; não tenhas temor dele”.

2. A menina que mudou a história de Naamã

Sl 44.9-11,17,18,22: “Mas agora tu nos rejeitaste e nos confundiste, e não sais com os nossos exércitos. Tu nos fazes retirar do inimigo, e aqueles que nos odeiam nos saqueiam para si. Tu nos entregaste como ovelhas para comer, e nos espalhaste entre os gentios. Tudo isto nos sobreveio; contudo não nos esquecemos de ti, nem nos houvemos falsamente contra a tua aliança. O nosso coração não voltou atrás, nem os nossos passos se desviaram das tuas veredas; sim, por amor de ti, somos mortos todo o dia; somos reputados como ovelhas para o matadouro”.

2.1 Com seu testemunho

Fp 3.17: “Sede também meus imitadores, irmãos, e tende cuidado, segundo o exemplo que tendes em nós, pelos que assim andam”.

1 Tm 4.12: “Ninguém despreze a tua mocidade; mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza”.

1 Tm 5.25: “Assim mesmo também as boas obras são manifestas, e as que são de outra maneira não podem ocultar-se.

Tt 2.7: “Em tudo te dá por exemplo de boas obras; na doutrina mostra incorrupção, gravidade, sinceridade”.

1 Pe 2.12: “Tendo o vosso viver honesto entre os gentios; para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, glorifiquem a Deus no dia da visitação, pelas boas obras que em vós observem”.

2.2 Com uma mensagem

Is 52.7: “Quão formosos são, sobre os montes, os pés do que anuncia as boas novas, que faz ouvir a paz, do que anuncia o bem, que faz ouvir a salvação, do que diz a Sião: O teu Deus reina!”

2 Co 3.2,3: “Vós sois a nossa carta, escrita em nossos corações, conhecida e lida por todos os homens. Porque já é manifesto que vós sois a carta de Cristo, ministrada por nós, e escrita, não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração”.

2.3 Com a sua coragem e fé

Sl 45.3: “Cinge a tua espada à coxa, ó valente, com a tua glória e a tua majestade”.

1 Jo 4.18: “No amor não há temor, antes o perfeito amor lança fora o temor; porque o temor tem consigo a pena, e o que teme não é perfeito em amor”.

3. Naamã: Homem de valor, porém leproso

Nm 5.2: “Ordena aos filhos de Israel que lancem fora do arraial a todo o leproso, e a todo o que padece fluxo, e a todos os imundos por causa de contato com algum morto”.

Acerca da lepra Arnold Fruchtenbaum escreve:

“Desde o tempo intermédio entre a completação da lei Mosaica e a Primeira Vinda de Yeshua, não houve qualquer registo de algum Judeu que tivesse sido curado da lepra. A cura da lepra de Miriam ocorreu antes da completação da Lei. Naamã foi curado da lepra, mas era um Gentio Sírio e não Judeu. A lepra era uma doença que tinha sido deixada fora das curas rabínicas; não havia qualquer cura para a lepra. Apesar disso as Escrituras – Levítico 13-14 – davam ao sacerdócio Levítico instruções detalhadas quanto ao que deveriam fazer se um leproso fosse curado. No dia em que o leproso se aproximasse do sacerdócio e dissesse, “Eu era leproso mas fui curado”, o sacerdócio deveria apresentar uma oferta inicial de duas aves. Durante os sete dias seguintes, deveriam investigar intensivamente a situação para se determinar três coisas. Primeiro, se a pessoa seria realmente leprosa. Segundo, se, de facto, tendo sido um verdadeiro leproso, fora realmente curada da sua lepra. Terceiro, se tendo sido verdadeiramente curada da sua lepra, quais tinham sido as circunstâncias da cura. Se após sete dias de investigação, eles ficassem firmemente convencidos de que a pessoa tinha sido leprosa, tinha sido curada da lepra, e as circunstâncias eram adequadas, então, ao oitavo dia, seguir-se-ia uma longa série de ofertas. Primeiro, havia uma oferta pela transgressão; segundo, uma oferta pelo pecado; terceiro, um holocausto; e quarto, uma oferta de manjares. Depois, havia também a aplicação do sangue da oferta pela transgressão sobre o leproso curado, seguida da aplicação do sangue da oferta pelo pecado sobre o leproso curado. A cerimônia chegava então ao fim com a unção de azeite sobre o leproso curado. Embora o sacerdócio tivesse todas estas instruções detalhadas quanto a como eles deviam responder ao caso de um leproso curado, nunca tiveram oportunidade de colocar em prática estas instruções: desde o tempo da dádiva da Lei de Moisés, nunca nenhum Judeu foi curado da lepra. Como resultado, era ensinado pelos rabis que apenas o Messias poderia curar um Judeu leproso. A cura do leproso foi, de facto, classificada como o primeiro dos três milagres messiânicos”[1].

3.1 Ficava diante do seu senhor (2 Rs 5.1a)

Sl 62.11,12: “Deus falou uma vez; duas vezes ouvi isto: que o poder pertence a Deus. A ti também, Senhor, pertence a misericórdia; pois retribuirás a cada um segundo a sua obra”.

Sl 106.1,2: “Louvai ao Senhor. Louvai ao Senhor, porque ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre. Quem pode contar as obras poderosas do Senhor? Quem anunciará os seus louvores?”

Sl 145.8-12: “Piedoso e benigno é o Senhor, sofredor e de grande misericórdia. O Senhor é bom para todos, e as suas misericórdias são sobre todas as suas obras. Todas as tuas obras te louvarão, ó Senhor, e os teus santos te bendirão. Falarão da glória do teu reino, e relatarão o teu poder, para fazer saber aos filhos dos homens as tuas proezas e a glória da magnificência do teu reino”.

Jr 10.6,7: “Ninguém há semelhante a ti, ó Senhor; tu és grande, e grande o teu nome em poder. Quem não te temeria a ti, ó Rei das nações? Pois isto só a ti pertence; porquanto entre todos os sábios das nações, e em todo o seu reino, ninguém há semelhante a ti”.

3.2 Era respeitado (2 Rs 5.1b)

2 Rs 5.9,10: “Veio, pois, Naamã com os seus cavalos, e com o seu carro, e parou à porta da casa de Eliseu. Então Eliseu lhe mandou um mensageiro, dizendo: Vai, e lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne será curada e ficarás purificado”.

Sl 138.6: “Ainda que o Senhor é excelso, atenta todavia para o humilde; mas ao soberbo conhece-o de longe”.

Pv 29.23: “A soberba do homem o abaterá, mas a honra sustentará o humilde de espírito”.

3.3 Era valoroso (2 Rs 5.2c)

2 Rs 5.5-8: “Então disse o rei da Síria: Vai, anda, e enviarei uma carta ao rei de Israel. E foi, e tomou na sua mão dez talentos de prata, seis mil siclos de ouro e dez mudas de roupas. E levou a carta ao rei de Israel, dizendo: Logo, em chegando a ti esta carta, saibas que eu te enviei Naamã, meu servo, para que o cures da sua lepra. E sucedeu que, lendo o rei de Israel a carta, rasgou as suas vestes, e disse: Sou eu Deus, para matar e para vivificar, para que este envie a mim um homem, para que eu o cure da sua lepra? Pelo que deveras notai, peço-vos, e vede que busca ocasião contra mim. Sucedeu, porém, que, ouvindo Eliseu, homem de Deus, que o rei de Israel rasgara as suas vestes, mandou dizer ao rei: Por que rasgaste as tuas vestes? Deixa-o vir a mim, e saberá que há profeta em Israel”.

Dt 32.39: “Vede agora que eu, eu o sou, e mais nenhum deus há além de mim; eu mato, e eu faço viver; eu firo, e eu saro, e ninguém há que escape da minha mão”.

Mesmo com muitos atributos humanos, Naamã ficou enfermo, uma doença que o deixava marginalizado. Uma situação que o deixava como uma pessoa que deveria ser excluída dos demais. Apesar de ser chefe do exercito de um rei, estava acometido de um mal que seu cargo, suas honras, suas conquistas em nada poderiam ajudá-lo, foi necessário procurar um homem de Deus e mesmo assim isso veio por conselho de uma menina, serva de sua senhora. O que podemos entender com isso? Mesmo com todos os títulos e honras que um homem possa ganhar nesta vida, a lepra, que entendemos com figura do pecado, só é tirada quando chegamos a Jesus Cristo, nosso Salvador, com humildade e sinceridade de coração. E Jesus na verdade não quer como recompensa nosso dinheiro ou bens e sim que possamos nos tornar uma geração de adoradores, mas não qualquer tipo de adorador, mas adoradores que o adorem em espírito e em verdade.

4. A menina escrava e o chefe do exército

Jó 36.5: “Eis que Deus é mui grande, contudo a ninguém despreza; grande é em força e sabedoria”.

Pv 20.11: “Até a criança se dará a conhecer pelas suas ações, se a sua obra é pura e reta”.

4.1 A menina com a palavra de autoridade (2 Rs 5.4a)

Sl 8.2: “Tu ordenaste força da boca das crianças e dos que mamam, por causa dos teus inimigos, para fazer calar ao inimigo e ao vingador”.

Sl 18.32: “Deus é o que me cinge de força e aperfeiçoa o meu caminho”.

Jó 17.9: “E o justo seguirá o seu caminho firmemente, e o puro de mãos irá crescendo em força”.

Mt 11.25: “Naquele tempo, respondendo Jesus, disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos”.

Lc 4.36: “E veio espanto sobre todos, e falavam uns com os outros, dizendo: Que palavra é esta, que até aos espíritos imundos manda com autoridade e poder, e eles saem?”

4.2 Os senhores que ouvem uma escrava (2 Rs 5.4b)

Portanto a mensagem deve:

·   Atingir a alma - Hb 4.12: “Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração”.
·   Falar com espiritualidade - Jo 6.63: “O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos disse são espírito e vida”.
·   Ser sincera e verdadeira – Jo 8.32: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”; Tg 1.18: “Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como primícias das suas criaturas”.
·   Ser bíblica - 2 Co 2.17: “Porque nós não somos, como muitos, falsificadores da palavra de Deus, antes falamos de Cristo com sinceridade, como de Deus na presença de Deus”.

4.3 A menina era da terra de Israel (2 Rs 5.4c)

Essa menina possuía uma identificação mesmo que não fosse seu nome. Havia características que a denunciavam como sendo de Israel. Ela tinha os costumes, maneira de falar vestimenta e fé de Israel. Assim também nos devemos possuir características de nossa verdadeira Pátria que é o céu. Se no céu não entra pecado, devemos procurar viver uma vida longe do pecado, longe de tudo aquilo que pode nos afastar de participarmos daquele glorioso dia que é também conhecido como a bendita esperança: O arrebatamento da igreja. Nossos costumes, nossas vestes, nosso linguagem também devem demonstrar que somos cidadãos do céu, não seguimos o curso e os padrões ditados pelo mundo. Ao contrario, nos santificamos a cada dia, negando a nós mesmos , tomando a nossa cruz e seguindo os passos do nosso mestre: Jesus Cristo.

2 Pe 3.11-13: “Havendo, pois de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato e piedade, aguardando e apressando-vos para a vinda do Dia de Deus, em que os céus, em fogo, se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão, mas nós, segundo a sua promessa aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça”.

Ap 21.27: “E não entrará nela coisa alguma que contamine e cometa abominação e mentira; mas só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro”.

Referências Bibliográficas:
[1] http://solascriptura-tt.org/Cristologia/MilagresExclusivosMessias-AFruchtenbaum-1.htm
Donald C. Stamps, Bíblia de Estudo Pentecostal, 1995, CPAD, Rio de Janeiro, RJ.