sexta-feira, 28 de outubro de 2011

LIÇÃO 5 - BARNABÉ, UM LÍDER COMPROMETIDO COM A OBRA SOCIAL

Igreja Evangélica Assembléia de Deus
Av. Brasil, 740 – Juiz de Fora - MG
Elaboração da Aula para os Professores da Escola Dominical
Revista: Barnabé
Prof. Magda Narciso Leite – Classe Sara

Texto Áureo: “Não negligencieis, igualmente, a prática do bem e a mútua cooperação; pois, com tais sacrifícios, Deus se compraz” (Hb 13.16).

ARC: “E não vos esqueçais da beneficência e comunicação, porque com tais sacrifícios Deus se agrada”.

Verdade Aplicada: Se nos divorciarmos da prática das obras para com o nosso próximo, significa que morremos para a verdadeira fé cristã.

Objetivos da Lição:

·   Mostrar o compromisso assistencial demonstrado na igreja em Antioquia.
·   Revelar as maneiras como a liderança agiu em relação à obra social.
·   Apelar para que demonstremos nossa fé através das obras sociais.

Textos de Referência: At 11.27-30; 12.24,25

Introdução: Havia nos crentes de Antioquia uma gratidão muito grande com relação aos crentes de Jerusalém e da Judéia, pelo fato de terem sido os primeiros gerados na fé cristã, posto que pela dispersão e boa vontade em compartilhar as boas novas por onde passavam, ainda que inicialmente apenas aos judeus, possibilitaram assim a existência indireta daquela igreja ali. Como já visto na lição anterior, Antioquia era formada pelos crentes vindo de Chipre e de Cirene, que haviam partido de Jerusalém originalmente.

Conforme já visto em lições anteriores, o texto de At 11.19 relata o início da formação da igreja de Antioquia, quando então o registro bíblico diz que aqueles que foram dispersos pela perseguição que sucedeu por causa de Estevão “caminharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia, não anunciando a ninguém a palavra senão somente aos judeus”. A presença judaica em Antioquia da Síria, de acordo com “O Novo Dicionário da Bíblia” (Douglas, 1995, p. 85) é registrada por Josefo que descreve o encorajamento que os selêucidas deram aos judeus para que eles emigrassem para ali em grande número, dando-lhes plenos direitos de cidadãos. Além disto, é provável que muitos judeus fugiram para Antioquia durante as guerras dos macabeus, e sendo assim, tais fatos justificam a presença ali de uma colônia numerosa de judeus com várias sinagogas. Os primeiros cristãos de Antioquia da Síria foram, portanto de descendência judaica, e somente a posterior é que o evangelho começou a ser pregado também aos gentios, quando então, dentre os primeiros missionários em Antioquia, alguns varões de Chipre e de Cirene pregaram também aos gregos “anunciando o Senhor Jesus” (At 11.20). Estes homens de Chipre e de Cirene, com certeza eram homens de descendência hebraica, talvez nascidos em Chipre ou Cirene, que provavelmente testemunharam a descida do Espírito Santo por ocasião do dia de Pentecostes, já que o texto de At 2.5 diz que “em Jerusalém estavam habitando judeus, varões religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu” e ainda o texto de At 2.8-11 relata a presença de judeus provenientes de diversas partes do mundo inclusive Cirene: Como, pois, os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos? Partos e medos, elamitas e os que habitam na Mesopotâmia, Judéia, Capadócia, Ponto e Asia, e Frígia e Panfília, Egito e partes da Líbia, junto a Cirene, e forasteiros romanos, tanto judeus como prosélitos, cretenses e árabes, todos nós temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de Deus”. Em função da dispersão de discípulos que ocorreu por ocasião da morte de Estevão conforme se descreve em At 8.1,4 “E também Saulo consentiu na morte dele. E fez-se, naquele dia, uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judéia e de Samaria, exceto os apóstolos. Mas os que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a palavra”, alguns discípulos se encontravam agora em Antioquia e a iniciativa por parte deles possibilitou a formação da primeira igreja constituída tanto por judeus quanto por gentios, conforme descrito acima, sendo que, de acordo com At 11.21 “E a mão do Senhor era com eles; e grande número creu e se converteu ao Senhor” e também de acordo com At 11.24b “E muita gente se uniu ao Senhor”, onde o termo “gente” se refere aos gentios, o crescimento numérico da igreja de Antioquia provavelmente foi maior em termos de gentios e não de judeus. A despeito disto, a consideração da igreja de Antioquia em relação à igreja de Jerusalém é mantida não somente em relação àqueles assuntos onde fosse necessária a intervenção daqueles que eram então considerados colunas da igreja em Jerusalém, mas também em termos da gratidão que lhes era devida, exatamente como Paulo, mais tarde escreveria aos crentes de Roma, mostrando-lhes como deve ser o comportamento dos crentes gentios em relação aos crentes judeus, conforme descrito em Rm 15.25-27: “Mas agora vou a Jerusalém para ministrar aos santos. Porque pareceu bem à Macedônia e à Acaia fazerem uma coleta para os pobres dentre os santos que estão em Jerusalém. Isto lhes pareceu bem, como devedores que são para com eles. Porque, se os gentios foram participantes dos seus bens espirituais, devem também ministrar-lhes os temporais”.     

1. Reconhecendo as necessidades alheias – Era perfeitamente compreensível que profetas de Jerusalém viessem a Antioquia para conhecer o trabalho e desfrutar de um momento de comunhão como os demais irmãos da recém formada igreja. Foi a vinda deles que possibilitou a ajuda assistencial tão necessária para aqueles tempos difíceis.

Diversos textos mostram a interação entre os membros da igreja de Jerusalém e os membros da igreja de Antioquia:

·   Em At 11.22,23, Barnabé é enviado pela igreja de Jerusalém à Antioquia e ele ali permanece fortalecendo os irmãos a permanecerem no Senhor “E chegou a fama destas coisas aos ouvidos da igreja que estava em Jerusalém; e enviaram Barnabé a Antioquia. O qual, quando chegou, e viu a graça de Deus, se alegrou, e exortou a todos a que permanecessem no Senhor, com propósito de coração”.

·   Em At 11.25,26 tem-se o relato quanto a chegada de Paulo a Antioquia, onde então ele permanece juntamente com Barnabé, ambos ensinando a palavra do Senhor. “E partiu Barnabé para Tarso, a buscar Saulo; e, achando-o, o conduziu para Antioquia. E sucedeu que todo um ano se reuniram naquela igreja, e ensinaram muita gente; e em Antioquia foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos”.

·   Em At 11.27 tem-se o relato quanto a descida de alguns profetas de Jerusalém para Antioquia, sendo destacado dentre eles a presença do profeta Ágabo: E naqueles dias desceram profetas de Jerusalém para Antioquia”.

·   Em At 11.29,30 é relatado a ida de Barnabé e Paulo à Jerusalém sendo eles enviados pela igreja de Antioquia: “E os discípulos determinaram mandar, cada um conforme o que pudesse, socorro aos irmãos que habitavam na Judéia. O que eles com efeito fizeram, enviando-o aos anciãos por mão de Barnabé e de Saulo”.

·   Em At 12.25 é descrito o retorno de Barnabé e Paulo de Jerusalém a Antioquia e juntamente com ele João Marcos: “E Barnabé e Saulo, havendo terminado aquele serviço, voltaram de Jerusalém, levando também consigo a João, que tinha por sobrenome Marcos”.

·   Em At 15.2 é descrito a subida de Paulo, Barnabé e outros membros da igreja de Antioquia a Jerusalém para que ali eles participassem do Concílio de Jerusalém: “Tendo tido Paulo e Barnabé não pequena discussão e contenda contra eles, resolveu-se que Paulo, Barnabé e alguns dentre eles subissem a Jerusalém aos apóstolos e aos ancião sobre aquela questão”.

·   Em At 15.22, mais uma vez a igreja de Jerusalém envia irmãos de Jerusalém para irem a Antioquia juntamente com Paulo e Barnabé, sendo estes Judas e Silas, como apoio para a comunicação que seria feita à igreja quanto as decisões tomadas durante o Concilio de Jerusalém: “Então pareceu bem aos apóstolos e aos anciãos, com toda a igreja, eleger homens dentre eles e enviá-los com Paulo e Barnabé a Antioquia, a saber: Judas, chamado Barsabás, e Silas, homens distintos entre os irmãos”.

·   Em Gl 2.9-11, Paulo descreve o apoio que ele e Barnabé recebem da igreja de Jerusalém quanto ao evangelho pregado entre os gentios, sendo-lhes recomendado que eles não deixassem de se lembrar dos pobres. O relato de Paulo destaca o comportamento de Pedro entre os gentios, o que indica que também Pedro esteve em Antioquia: “E conhecendo Tiago, Cefas e João, que eram considerados como as colunas, a graça que me havia sido dada, deram-nos as destras, em comunhão comigo e com Barnabé, para que nós fôssemos aos gentios, e eles à circuncisão; recomendando-nos somente que nos lembrássemos dos pobres, o que também procurei fazer com diligência. E, chegando Pedro à Antioquia, lhe resisti na cara, porque era repreensível”.

Todos estes textos mostram o trabalho de cooperação que era desenvolvido entre as duas igrejas, o que indica o amor, o respeito e a unidade entre os crentes judeus e os crentes gentios, a despeito de qualquer diferença cultural que houvesse entre eles. Conforme diz a Palavra de Deus:

Sl 133.1-3: “OH! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união. É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes. Como o orvalho de Hermom, e como o que desce sobre os montes de Sião, porque ali o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre”.

Jo 17.23: “Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim”.

1.1 O problema da fome – A fome é um problema sério por demais, que ainda hoje assola em vários lugares, acontecendo em decorrência de vários fatores, como por exemplo, guerra, desequilíbrios naturais, e pobreza generalizada em muitas regiões. É requisito essencial nos envolvermos como cristãos com a beneficência, principalmente no que tange a algo tão difícil, à fome e a demais elementos básicos à sobrevivência como a água e as vestimentas e a educação. Somos exortados a não nos esquecermos dos carentes, tristes e enlutados, mas nos identificarmos com eles em suas tribulações (Gl 2.10; Tg 1.27).

A Bíblia registra alguns fatos históricos onde houve fome na terra, sendo estes encontrados principalmente nos textos de Gn 12.10; Gn 26.1; Gn 41-47 e At 11.28. Em Mt 24.7, Jesus profetizou que um dos sinais que haveria indicando a proximidade da sua vinda seria a fome. Segundo escreve Norberth Lieth (2005, pp. 185-199), o século XX é chamado o século das fomes. Calcula-se que 800 milhões de pessoas hoje passam fome no mundo. Estima-se que trinta pessoas morrem de fome por minuto. No mundo, a cada mês que passa, um milhão de crianças morre de fome. Assim a fome, bem como outros elementos básicos à sobrevivência, afeta o equilíbrio da vida da humanidade, sendo esta causada, dentre outros fatores, especialmente pelo coração egoísta, egocêntrico e avarento dos homens. Conforme escreve o comentarista, os cristãos devem se envolver com a beneficência, sendo tal comportamento encontrado em diversos versículos da Bíblia como sendo característicos daqueles que são discípulos de Jesus Cristo:

Mt 25.34-40: “Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me. Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? Ou com sede, e te demos de beber? E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? Ou nu, e te vestimos? E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes”.

At 4.34: “Não havia, pois, entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido, e o depositavam aos pés dos apóstolos”.

At 9.36,39: “E havia em Jope uma discípula chamada Tabita, que traduzido se diz Dorcas. Esta estava cheia de boas obras e esmolas que fazia. E, levantando-se Pedro, foi com eles; e quando chegou o levaram ao quarto alto, e todas as viúvas o rodearam, chorando e mostrando as túnicas e roupas que Dorcas fizera quando estava com elas”.

Tg 1.27: “A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo”.

1.2 Através da palavra profética (At 11.27) – Quando os profetas de Jerusalém desceram a Antioquia, um deles, por nome Ágabo, “dava a entender, pelo Espírito, que estava para vir grande fome por todo o mundo”. Este profeta era possuidor de um dom carismático, ministerial, com uma grande abrangência. Era diferente do dom de profecia com que qualquer crente pode usar em determinadas circunstâncias, podendo dirigir-se a crentes ou não crentes, em aspectos locais, mesmo que funcionalmente contenha os mesmos elementos de consolação, exortação e edificação.
 
At 11.27,28: “E naqueles dias desceram profetas de Jerusalém para Antioquia. E, levantando-se um deles, por nome Ágabo, dava a entender pelo Espírito, que haveria uma grande fome em todo o mundo, e isso aconteceu no tempo de Cláudio César”.

O nome de Ágabo aparece somente duas vezes nas Escrituras. Em At 11.28, sendo ele identificado como um dos profetas de Jerusalém que desceram a Antioquia e em At 21.10 onde ele é também identificado como profeta, quando então ele chega a Cesaréia, em casa de Filipe, vindo da Judéia. Em Ef 4.11, Paulo lista alguns dos dons ministeriais, ou seja, “os cargos ministeriais” concedidos à igreja para a obra do ministério. A nomenclatura citada em relação a Ágabo parece indicá-lo como alguém que exercia o “dom ministerial de profeta ou ministério profético” na igreja de Jerusalém, estando tal consideração de acordo com a lista de dons ministeriais descritas por Paulo em Ef 4.11,12: “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo”. É neste sentido que o profeta Ágabo se diferencia do “dom de profecia”, já que este pode ser concedido a qualquer crente, independente deste exercer algum tipo de cargo ministerial ou não, segundo a vontade soberana do Senhor e em momentos específicos naquilo que for útil para a edificação, consolação e exortação da igreja, conforme Paulo descreve em 1 Co 12.1,7-10: “Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil. Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; E a outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas”.
Em relação ao “dom ministerial de profeta” o seguinte comentário feito por French L. Arrington (2003, p. 689) é interessante de ser considerado:

“Na igreja primitiva, os profetas eram indivíduos com o dom carismático de revelar a vontade de Deus. Eles agiam no interesse do bem-estar da comunidade cristã. Eram inspirados como porta-vozes do Espírito para promover e guiar a igreja em sua missão de divulgar o evangelho. Em Atos, Lucas descreve a profecia como o poder do Espírito Santo nos últimos dias (At 1.8; 2.17,33). [...]. Na igreja primitiva, qualquer membro da comunidade cristã poderia profetizar, mas a profecia estava principalmente associada com os que tinham um ministério profético que incluía a predição de acontecimentos futuros (At 11.28; 20.23-31), o pronunciamento de julgamento divino (At 13.11; 28.25-28), o uso de ações simbólicas (At 21.11), a proclamação da Palavra de Deus (At 13.1-5; 15.12-18) e o fortalecimento dos crentes (At 15.32).

Com relação aos dons ministeriais para a igreja nos dias de hoje, J. Wesley Adams e Donald C. Stamps (2003, p. 1242) escreve:

“Qual seria a importância de apóstolos e profetas atualmente? De forma quase universal, comentaristas tem concordado que apóstolos e profetas eram ministérios especiais do primeiro século, que subseqüentemente foram extintos e substituídos pelas palavras apostólicas e proféticas do cânone do Novo Testamento. Tem sido também assumido que evangelistas, pastores e professores continuam a ser líderes necessários da igreja em todas as gerações”.

Da mesma forma, escreve MacDonald (2008, p. 636):

“Hoje em dia não temos nem profetas nem apóstolos no sentido técnico da palavra. Seu ministério acabou quando a fundação da igreja foi concluída e o Canon do NT se completou”.

1.3 Entendendo um momento (At 11.28) – Na época de Cláudio César, que reinou entre os anos de 49 e 54 d.C., houve fome em vários períodos de sua administração. Até mesmo Roma ficou comprometida em seu abastecimento de víveres nesse tempo. Embora não soubessem ao certo o tempo em que a fome ocorreria após a predição do profeta Ágabo, o certo é que os irmãos de Antioquia entenderam que precisavam demonstrar “já” a sua gratidão à igreja de Jerusalém, pondo mãos à obra.

At 11.29,30: “E os discípulos determinaram mandar, cada um conforme o que pudesse, socorro aos irmãos que habitavam na Judéia. O que eles com efeito fizeram, enviando-o aos anciãos por mão de Barnabé e de Saulo”.

A previsão feita por Ágabo quanto a fome que se abateria em todo o mundo veio a acontecer na época de Cláudio César, imperador de Roma, que conforme descrito por French L. Arrington (2003, p. 689) reinou desde 41 d.C. a 54 d.C. O fato de Lucas citar tal fato é importante para datar os acontecimentos descritos em Atos, além de também coincidir com outras fontes de informações que relatam uma fome em várias partes do mundo romano por ocasião do reinado de Cláudio. Segundo French L. Arrington (2003, p. 639), Josefo relata uma severa fome na região da Judéia, tendo esta alcançado seu clímax em cerca de 46 d.C. Pode ser que este seja o ano no qual Barnabé e Paulo levam dinheiro para aliviar a fome em Jerusalém, conforme descrito em At 11.29,30, o que indica o comprometimento tanto de Barnabé, quanto de Saulo com a obra social na igreja. A atitude dos cristãos de Antioquia em relação a igreja de Jerusalém, sem dúvida alguma mostra a justa menção que é feita a eles em At 11.26, quando então em Antioquia os discípulos foram pela primeira vez chamados cristãos, o que indica que eles tornaram-se, de fato, verdadeiros seguidores de Jesus Cristo já que, conforme citado por Paulo em At 20.35, dEle é o ensino de que “mais bem-aventurada coisa é dar do que receber. 

2. Recolhendo donativos – Era comum que judeus estabelecidos em outras cidades e prósperos, mandassem para Jerusalém suas contribuições tanto para o templo quanto para os necessitados. A coleta para os pobres significava muito mais que generosidade e gentileza, era um maneira de demonstrar a unidade da igreja. Para Paulo era uma maneira de ensinar aos cristãos dispersos que não eram somente membros de uma igreja local, mas sim, da igreja em sua totalidade, onde cada uma de suas partes tinha obrigações com os demais.

O fato de ser comum para os judeus a contribuição tanto para o templo, quanto para com os necessitados é algo que pode ser visto como decorrente dos ensinos ao longo de todo o Antigo Testamento, conforme se percebe nos seguintes versículos descritos abaixo:

Ex 35.20,21,29: “Então toda a congregação dos filhos de Israel saiu da presença de Moisés, e veio todo o homem, a quem o seu coração moveu, e todo aquele cujo espírito voluntariamente o excitou, e trouxeram a oferta alçada ao Senhor para a obra da tenda da congregação, e para todo o seu serviço, e para as vestes santas. Todo homem e mulher, cujo coração voluntariamente se moveu a trazer alguma coisa para toda a obra que o Senhor ordenara se fizesse pela mão de Moisés; assim os filhos de Israel trouxeram por oferta voluntária ao Senhor”.

1 Cr 29.1-9: “Disse mais o rei Davi a toda a congregação: Salomão, meu filho, a quem só Deus escolheu, é ainda moço e tenro, e esta obra é grande; porque não é o palácio para homem, mas para o Senhor Deus. Eu, pois, com todas as minhas forças já tenho preparado para a casa de meu Deus ouro para as obras de ouro, e prata para as de prata, e cobre para as de cobre, ferro para as de ferro e madeira para as de madeira, pedras de ônix, e as de engaste, e pedras ornamentais, e pedras de diversas cores, e toda a sorte de pedras preciosas, e pedras de mármore em abundância. E ainda, porque tenho afeto à casa de meu Deus, o ouro e prata particular que tenho eu dou para a casa do meu Deus, afora tudo quanto tenho preparado para a casa do santuário: Três mil talentos de ouro de Ofir; e sete mil talentos de prata purificada, para cobrir as paredes das casas. Ouro para os objetos de ouro, e prata para os de prata; e para toda a obra de mão dos artífices. Quem, pois, está disposto a encher a sua mão, para oferecer hoje voluntariamente ao Senhor? Então os chefes dos pais, e os príncipes das tribos de Israel, e os capitães de mil e de cem, até os chefes da obra do rei, voluntariamente contribuíram. E deram para o serviço da casa de Deus cinco mil talentos de ouro, e dez mil dracmas, e dez mil talentos de prata, e dezoito mil talentos de cobre, e cem mil talentos de ferro. E os que possuíam pedras preciosas, deram-nas para o tesouro da casa do Senhor, a cargo de Jeiel o gersonita. E o povo se alegrou porque contribuíram voluntariamente; porque, com coração perfeito, voluntariamente deram ao Senhor; e também o rei Davi se alegrou com grande alegria”.

Dt 15.7-11: “Quando entre ti houver algum pobre, de teus irmãos, em alguma das tuas portas, na terra que o Senhor teu Deus te dá, não endurecerás o teu coração, nem fecharás a tua mão a teu irmão que for pobre; antes lhe abrirás de todo a tua mão, e livremente lhe emprestarás o que lhe falta, quanto baste para a sua necessidade. Guarda-te, que não haja palavra perversa no teu coração, dizendo: Vai-se aproximando o sétimo ano, o ano da remissão; e que o teu olho seja maligno para com teu irmão pobre, e não lhe dês nada; e que ele clame contra ti ao Senhor, e que haja em ti pecado. Livremente lhe darás, e que o teu coração não seja maligno, quando lhe deres; pois por esta causa te abençoará o Senhor teu Deus em toda a tua obra, e em tudo o que puseres a tua mão. Pois nunca deixará de haver pobre na terra; pelo que te ordeno, dizendo: Livremente abrirás a tua mão para o teu irmão, para o teu necessitado, e para o teu pobre na tua terra”.

Is 58.6,7: “Porventura não é este o jejum que escolhi, que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo e que deixes livres os oprimidos, e despedaces todo o jugo? Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres abandonados; e, quando vires o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne?”

2.1 Cada um conforme as suas posses (At 11.29) – Os discípulos se dispuseram prontamente a recolher recursos dentre de um critério “conforme as suas posses” Uma boa medida de prudência para que também não ficassem comprometidos posteriormente. Reter o que se tem é um ato comum ao ser humano, mas a doação sistemática é algo que nos identifica com Deus. O livro de Atos frisa que cada um “espontaneamente” quis participar das doações.

2 Co 8.11-15: “Agora, porém, completai também o já começado, para que, assim como houve a prontidão de vontade, haja também o cumprimento, segundo o que tendes. Porque, se há prontidão de vontade, será aceita segundo o que qualquer tem, e não segundo o que não tem. Mas, não digo isto para que os outros tenham alívio, e vós opressão, mas para igualdade; neste tempo presente, a vossa abundância supra a falta dos outros, para que também a sua abundância supra a vossa falta, e haja igualdade; como está escrito: O que muito colheu não teve de mais; e o que pouco, não teve de menos”.

Com relação a reter o que se tem:

Pv 29.7: “O justo se informa da causa dos pobres, mas o ímpio nem sequer toma conhecimento”.

Tg 5.1-4: “Eia, pois, agora vós, ricos, chorai e pranteai, por vossas misérias, que sobre vós hão de vir. As vossas riquezas estão apodrecidas, e as vossas vestes estão comidas de traça. O vosso ouro e a vossa prata se enferrujaram; e a sua ferrugem dará testemunho contra vós, e comerá como fogo a vossa carne. Entesourastes para os últimos dias. Eis que o jornal dos trabalhadores que ceifaram as vossas terras, e que por vós foi diminuído, clama; e os clamores dos que ceifaram entraram nos ouvidos do Senhor dos exércitos”.

2.2 Deliberaram enviar socorro – Tão logo a fome se instalou, os irmãos de Antioquia enviaram socorro aos que moravam na Judéia. Uma vez recolhidos os donativos, eram enviados com pressa. Saber que alguém está passando privação e apenas orar por ele, não é viver o verdadeiro cristianismo. O socorro precisa ser enviado, a fome e a sede precisam ser saciadas. Ter o poder para fazer o bem e se negar fazê-lo é iniqüidade anticristã grosseira (Tg 4.17).

Tg 2.14-17: “Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras? Porventura a fé pode salvá-lo? E, se o irmão ou a irmã estiverem nus, e tiverem falta de mantimento quotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos, e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí? Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma”.

Tg 4.17: “Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado”.

1 Jo 3.17,18: “Quem, pois, tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar as suas entranhas, como estará nele o amor de Deus? Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade”.

2.3 Tudo fizeram espontaneamente – Aqueles cristãos primitivos demonstraram uma generosidade que ia além das fronteiras nacionais. A liberalidade que se demonstra espontaneamente enobrece a qualquer um. Essa questão de espontaneidade nós reiteramos persistentemente. Não vale a pena nada forçado, ou feito com murmuração. Quando Paulo instrui aos crentes quanto a recolher donativos, diz que deve ser segundo o propósito do coração, insiste no aspecto de ser voluntário, pois Deus ama ao que dá com alegria (2 Co 9.7). Noutro lugar ele diz para cada um doar segundo a sua prosperidade, “eudoo” no grego, que significa “viagem rápida e bem sucedida”, com o sentido de: “aquele que tiver mais recursos, tendo em abundância nessa vida, deve, do que possui, contribuir (1 Co 16.2).

Is 1.17: “Aprendei a fazer bem; procurai o que é justo; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão; tratai da causa das viúvas”.

1 Co 16.2: “No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade, para que não se façam as coletas quando eu chegar”.

2 Co 9.7: “Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria”.

Gl 6.9,10: “E não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido. Então, enquanto temos tempo, façamos bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé”.

2 Ts 3.13: “E vós, irmãos, não vos canseis de fazer o bem”.

3. Enviando os donativos – Em seus escritos, Paulo usa não menos de noves palavras distintas para descrever o termo “coleta”. Algumas vezes usa a palavra “koinonia” (2 Co 8.4; 9.13; Rm 15.5,6). Aqui “koinonia” significa “solidariedade” e sua essência é o compartilhar. A comunhão cristã não se baseia no espírito que se pode orgulhar do que possui, mas considera tudo como susceptível de ser compartilhado com outros. A pergunta prioritária não deve ser com o que posso ficar, mas o que posso dar (At 11.29).

Segundo o “Novo Dicionário da Bíblia” (Douglas, 1995, pp. 809, 810) no Novo Testamento o termo básico traduzido como ‘comunhão’, ‘participar’, ‘contribuir’, ‘comum’ (no senso do termo latino communis) origina-se da raiz grega koin. A conotação fundamental da raiz koin é a de partilhar de alguma coisa com alguém. Partindo desse sentido básico do termo, as diversas passagens do Novo Testamento que usam a raiz koin podem ser divididas em três classes, de conformidade com a idéia predominante: a) ‘Receber uma partilha’, b) ‘Dar partilha’ e c) ‘Compartilhar’. Os principais textos que apóiam a interpretação de koinonia como ‘dar uma partilha’ é Rm 15.26 (e não Rm 15.5,6 no texto do comentarista); 2 Co 8.4 e 2 Co 9.13. Em 2 Co 9.13 é o termo ‘contribuís’ que representa o grego ‘tes koinonias’; ‘pela liberalidade com que contribuís para eles e para todos’; em Rm 15.26 o termo koinonia toma a forma concreta de como a generosidade se reveste de ação prática, sendo por isso o termo aplicado à coleta destinada aos santos pobres da igreja em Jerusalém; a mesma conotação é encontrada em 2 Co 8.4.

Rm 15.26: “Porque pareceu bem à Macedônia e à Acaia fazerem uma coleta para os pobres dentre os santos que estão em Jerusalém”.

2 Co 8.4: “Pedindo-nos com muitos rogos que aceitássemos a graça e a comunicação deste serviço, que se fazia para com os santos”.

2 Co 9.13: “Visto como, na prova desta administração, glorificam a Deus pela submissão, que confessais quanto ao evangelho de Cristo, e pela liberalidade de vossos dons para com eles, e para com todos”.

Com relação à afirmativa de que a pergunta prioritária não deve ser com o que posso ficar, mas o que posso dar, os seguintes versículos apresentam esta idéia:

Mt 7.12: “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas”.

Mc 10.21,22: “E Jesus, olhando para ele, o amou e lhe disse: Falta-te uma coisa: vai, vende tudo quanto tens, e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, toma a cruz, e segue-me. Mas ele, pesaroso desta palavra, retirou-se triste; porque possuía muitas propriedades”.

3.1 Centro de recolhimento comum (os anciãos ou presbíteros) – Como a Antioquia era grande, além do corpo de diretores formados pelos cinco ministros, havia anciãos (presbíteros) espalhados pela cidade adentro, os quais eram os responsáveis pelos diversos cultos realizados nas casas. Estes homens ficaram responsáveis pela orientação e coleta entre as assembléias cristãs que se reuniam nessas casas. Observando a envergadura desse trabalho de recolhimento, concluímos que, se fizermos isso em muitos campos de trabalho, poderemos ter um poderoso efeito do Reino de Deus em nosso país, e um crescimento maravilhoso da igreja em lugares carentes, tanto no interior quanto nas cidades onde há desempregados, e aqueles que precisam de socorro assistencial.

O texto de At 11.30 se refere aos anciãos que receberam a doação em Jerusalém por mãos de Barnabé e de Paulo, e não “a anciãos em Antioquia responsáveis por cultos realizados nas casas”. French L. Arrington (2003, p. 691) concorda com isto, conforme segue-se o seguinte comentário feito abaixo:

“Barnabé e Paulo entregam a doação pessoalmente “aos anciãos” da igreja em Jerusalém. Esta é a primeira menção de anciãos cristãos em Atos. Eles provavelmente agiam à semelhança dos anciãos de uma sinagoga judaica, no ponto em que eles presidiam sobre a congregação (cf. At 15.13). A palavra “anciãos” não significa necessariamente que eles eram “homens velhos”, embora pareça provável que a liderança de uma congregação estivesse nas mãos de pessoas mais velhas. Não há dúvida de que a organização da igreja ainda estava se desenvolvendo, mas com os anciãos tendo a cargo a administração dos assuntos locais, os apóstolos estavam livres para se dedicar à pregação do evangelho. Quando os anciãos da igreja em Jerusalém recebem a doação de amor, eles fazem com que seja apropriadamente distribuída entre os necessitados”.

3.2 Chega a ajuda num momento delicado – A melhor coisa numa situação de necessidade é experimentar um socorro imediato e proporcional àquela carência. É certo que a ajuda financeira chegou num momento apropriado, aumentando a consideração para com a primeira igreja gentílica que, de maneira pronta, obedeceu ao Espírito Santo, por intermédio da palavra profética recebida pelos lábios de Ágabo. A fome é cruel, por isso, a ajuda deve ser rápida, pois o corpo se debilita fácil e rapidamente. Em meio à necessidade, os carentes precisam de expressa ajuda.

Sl 41.1: “Bem aventurado é aquele que atende ao pobre; o Senhor o livrará no dia do mal”.

Pv 14.31: “O que oprime o pobre insulta àquele que o criou, mas o que se compadece do necessitado o honra”.

2 Co 9.8-12: “E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa obra; conforme está escrito: Espalhou, deu aos pobres;a sua justiça permanece para sempre. Ora, aquele que dá a semente ao que semeia, também vos dê pão para comer, e multiplique a vossa sementeira, e aumente os frutos da vossa justiça; para que em tudo enriqueçais para toda a beneficência, a qual faz que por nós se dêem graças a Deus. Porque a administração deste serviço, não só supre as necessidades dos santos, mas também é abundante em muitas graças, que se dão a Deus”.

3.3 Contribuição é mordomia – Davi deixou claro que até o que ofertamos ao Senhor vem de suas próprias mãos (1 Cr 29.14). A contribuição é um contínuo lembrete de que somos mordomos e que não deveríamos nos apegar ao que não é nosso. Expressamos um sentimento de gratidão ao Senhor ao contribuirmos. Mas, por detrás do sentimento encontra-se também a obediência a um princípio ou mandamento. Quando as Escrituras declaram que “Deus ama ao que dá com alegria” (2 Co 9.7), não quer dizer que a alegria coloca a contribuição numa condição opcional, e sim que Ele se agrada de um coração que obedece alegremente a um mandamento.

1 Cr 29.13,14: “Agora, pois, ó Deus nosso, graças te damos, e louvamos o nome da tua glória. Porque quem sou eu, e quem é o meu povo, para que pudéssemos oferecer voluntariamente coisas semelhantes? Porque tudo vem de ti, e do que é teu to damos”.

Lc 12.15: “E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui”.

Sl 100.2: “Servi ao Senhor com alegria; e entrai diante dele com canto”.

Pv 21.15: “O fazer justiça é alegria para o justo, mas destruição para os que praticam a iniqüidade”.

Rm 12.6-8: “De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é profecia, seja ela segundo a medida da fé; se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria”.

Referências Bibliográficas:
James. B. Shelton; Jerry Camery-Hoggatt; French L. Arrigton; Benny C. Aker; Van Johnson; Anthony Palma; J. Hernando; William Simmons; J. Wesley Adams; David Demchuk; Sven K. Soderlund; Timothy B. Cargal; Roger Stronstad; Robert Berg; Timothy P. Jenney; Comentário Bíblico Pentecostal, 2003, 1a. Ed., CPAD, Rio de Janeiro, RJ.
J. D. Douglas, O Novo Dicionário da Bíblia, 1995, Edições Vida Nova, São Paulo, SP.
Norberth Lieth; O Sermão Profético de Jesus, 2005,  Actual Edições, Porto Alegre, RS.
William MacDonald, Comentário Bíblico Popular – Novo Testamento, 2008, 1a Ed., Mundo Cristão, São Paulo, SP.

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu fico impressionado com alguém que em meio a diversidade de afazeres do dia-a-adia ainda encontra tempo pra abençoar os irmãos. Meus parabéns . Gostei muito desse estudo. Muito me ajudou!