Igreja Evangélica Assembléia de Deus
Av. Brasil, 740 – Juiz de Fora - MG
Elaboração da Aula para os Professores da Escola Dominical
Revista: Anônimos e Atalaias de Deus
Prof. Magda Narciso Leite – Classe Sara
Texto Áureo: “Para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo” (Fp 2.15).
Verdade Aplicada: O crente salvo tem o dever de transmitir um bom testemunho em toda a sua maneira de viver.
Objetivos da Lição:
· Mostrar que o servo de Deus tem o caráter trabalhado pelo Espírito Santo.
· Explicar como podemos alcançar um caráter ideal, de acordo com as Santas Escrituras.
· Compreender que um crente salvo demonstra um caráter abençoador e frutífero em meio à sociedade corrompida.
Textos de Referência: Cl 3.8-11
Introdução: O cristão verdadeiro se diferencia em meio à sociedade corrompida e perversa por ter um caráter moldado pelo Espírito Santo...
No capítulo 2 da carta de Paulo aos filipenses, Paulo trata especialmente das relações existentes dentro da igreja. Ele inicia conclamando os filipenses a viverem em unidade e na seqüência, ele parte para a idéia central que ele quer trazer à mente dos filipenses: Os relacionamentos dentro da igreja devem ser pautados na humildade e no interesse em relação ao benefício do irmão e não em relação a si próprio: “Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros” (Fp 2.3,4). Segundo escreve Demchuk (2003, pp. 1290-1292), no mundo Greco-romano, uma atitude de humildade era desprezada e vista como característica de um indivíduo de nascimento humilde ou de um escravo. Esta não seria uma posição facilmente adotada pelos cidadãos de Filipos, já que eles se orgulhavam do fato de serem considerados cidadãos romanos. Para confrontar esta idéia, Paulo mostra o maior exemplo de humildade já visto, sendo este o do próprio Senhor Jesus Cristo já que Ele, apesar de ser Deus, não usufruiu da posição que lhe era devida para tirar vantagens, direitos e honrarias frente aos homens. Mediante este exemplo, Paulo então encoraja os irmãos de Filipos a serem obedientes não somente na sua presença, mas também na sua ausência “De sorte que, meus amados, assim como sempre obedecestes, não só na minha presença, mas muito mais agora na minha ausência, assim também operai a vossa salvação com temor e tremor” (Fp 2.12) e a fazerem todas as coisas sem murmurações, nem contendas, pois este deve ser o comportamento daqueles que são verdadeiramente filhos de Deus. Para mostrar aos crentes a sua condição de cidadãos do céu e não exatamente da terra, Paulo ser refere aos cristãos como “astros no mundo”, e diante disto, ele convida os crentes a, por meio de uma conduta irrepreensível, sincera, e inculpável, resplandecerem em meio a uma geração corrompida e perversa como já era a sociedade em sua época.
1. O caráter do cristão – Muitas pessoas fazem confusão acerca do caráter e o tomam como sendo o mesmo que personalidade...
Realmente caráter e personalidade não são dois conceitos fáceis de distinguir: De forma simples como distinguir personalidade de caráter?
Personalidade – É uma palavra derivada da palavra latina “persona” usada para identificar as máscaras utilizadas pelos autores teatrais na antiga Grécia. Assim, o termo designava a “personagem” representada pelos atores teatrais no palco. Com o tempo a palavra passou a ser usada para descrever a “máscara” que o mundo vê acerca de cada pessoa. Assim, personalidade é a forma como a pessoa é definida pelo mundo à sua volta. Por exemplo, uma pessoa pode ser definida como sendo extrovertida ou introvertida, sociável ou tímida, agressiva ou passiva etc...
Caráter – É uma palavra originada do verbo grego que significa gravar. O caráter é, portanto aquilo que a pessoa é “por baixo” de sua personalidade. O caráter é desenvolvido ao longo da vida, sendo então a soma dos vícios, hábitos e virtudes de uma pessoa.
Dois fatores estão envolvidos na formação do caráter: O fator genético, ou seja, aquilo que é herdado a partir dos pais e o fator ambiental, ou seja, a influência do meio em que se vive. O cristão nascido de novo da água e do Espírito nasce trazendo traços da natureza divina. O ambiente em que ele se desenvolver favorecerá o desenvolvimento do seu caráter cristão.
Com relação ao novo nascimento:
Jo 3.6,7: “O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo”.
1 Pe 1.23: “Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre”.
1 Jo 3.9: “Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus”.
Com relação ao desenvolvimento do caráter cristão:
Rm 12.1: “E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus”.
2 Co 3.18: “Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor”.
2 Pe 1.4-7: “Pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo. E vós também, pondo nisto mesmo toda a diligência, acrescentai à vossa fé a virtude, e à virtude a ciência, e à ciência a temperança, e à temperança a paciência, e à paciência a piedade, e à piedade o amor fraternal, e ao amor fraternal a caridade”.
Observe nos versículos abaixo como o ambiente pode influenciar para o mal o desenvolvimento daquilo que trazia traços que favoreceria o desenvolvimento para o bem:
Is 5.4: “Que mais se podia fazer à minha vinha, que eu lhe não tenha feito? E como, esperando eu que desse uvas boas, veio a produzir uvas bravas?”
Jr 2.21: “Eu mesmo te plantei como vide excelente, uma semente inteiramente fiel; como, pois, te tornaste para mim uma planta degenerada como vide estranha?”
1.2 O valor da Escola Dominical – A EBD, como é conhecida, tem o seu valor na contribuição para formar o caráter do cristão... É através dela que os professores e alunos podem, juntos conhecer a Bíblia Sagrada, desenvolver o seu valor...
O cristão deve sempre se lembrar que a Escola Dominical “É o povo do Senhor, no Dia do Senhor, estudando a Palavra do Senhor, na Casa do Senhor”. Através da Escola Dominical a igreja evangeliza, faz discípulos, prepara obreiros para o serviço na seara do Mestre e promove a formação do caráter cristão.
10 razões pelas quais todos os crentes devem freqüentar a Escola Dominical
· Genuíno e sadio alimento espiritual – 1 Pe 2.2: “Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo”.
· É a própria igreja desenvolvendo-se no estudo da Palavra de Deus – At 5.42: “E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus Cristo”.
· Toda a igreja é beneficiada – Ef 4.15,16: “Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, do qual todo o corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor”.
· Sua qualidade contribui para que a igreja não seja destruída – Os 4.6: “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; e, visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos”.
· Nela os Filhos de Deus adquirem fé sólida e madura, não sendo iludidos por doutrinas enganosas – Ef 4.14: “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente”.
· Contribui para o desenvolvimento do caráter cristão – Hb 10.16: “Este é o concerto que farei com eles depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei as minhas leis em seu coração e as escreverei em seus entendimentos”.
· É um meio também de evangelização Mt 28.19,20: “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém”.
· Motivação e treinamento de novos talentos – Lc 10.2: “E dizia-lhes: Grande é, em verdade, a seara, mas os obreiros são poucos; rogai, pois, ao Senhor da seara que envie obreiros para a sua seara”.
· Atinge toda a família. As crianças crescem na disciplina do Senhor, os casais aperfeiçoam a vida conjugal e o relacionamento entre pais e filhos é fortalecido – Lc 2.52: “E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens”.
· Fonte de avivamento espiritual, pois os maiores avivamentos ocorreram mediante a exposição da Palavra de Deus – Hc 3.2: “Ouvi, Senhor, a tua palavra, e temi; aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos faze-a conhecida; na tua ira lembra-te da misericórdia”.
1.3 O valor do culto de doutrina – O culto de ensino da Palavra de Deus tem grande valor na formação da vida cristã. Ele é muito importante na vida cristã, porque:
1) Aproxima o homem de Deus – Os 6.3: “Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra”.
2) Concede instrução para o viver diário – Cl 1.10: “Para que possais andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda a boa obra, e crescendo no conhecimento de Deus”.
3) Concede oportunidade de uma consciência pura – Hb 10.22: “Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa”.
4) Provê estímulos morais e desafios para a vida – Hb 5.14: “Mas o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal”.
5) Coloca o homem em comunhão perfeita com o próximo através da Palavra do Senhor – Tg 2.8,9: “Todavia, se cumprirdes, conforme a Escritura, a lei real: Amarás a teu próximo como a ti mesmo, bem fazeis. Mas, se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, e sois redargüidos pela lei como transgressores”.
2. O cristão deve despojar-se – Devemos nos livrar de todas as práticas más e da imoralidade... São sete coisas das quais devemos nos despojar...
Cl 3.8,9: “Mas agora, despojai-vos também de tudo: da ira, da cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes da vossa boca. Não mintais uns aos outros, pois que já vos despistes do velho homem com os seus feitos”
A ira – Ef 4.26: “Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira”.
A cólera; a malícia – Ef 4.31: “Toda a amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmia e toda a malícia sejam tiradas dentre vós”.
A maledicência – Tg 4.11: “Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Quem fala mal de um irmão, e julga a seu irmão, fala mal da lei, e julga a lei; e, se tu julgas a lei, já não és observador da lei, mas juiz”.
As palavras torpes – Ef 4.29: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem”.
A mentira – Ef 4.25: “Por isso deixai a mentira, e falai a verdade cada um com o seu próximo; porque somos membros uns dos outros”.
O velho homem – 2 Co 5.17: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”.
Mt 5.22: “Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e qualquer que disser a seu irmão: Raca, será réu do sinédrio; e qualquer que lhe disser: Louco, será réu do fogo do inferno”.
1 Tm 2.8: “Quero, pois, que os homens orem em todo o lugar, levantando mãos santas, sem ira nem contenda”.
2.2 As palavras torpes – São palavras infames, vergonhosas... O profeta Malaquias declara: “Então aqueles que temem ao Senhor falam cada um com o seu companheiro; e o Senhor atenta e ouve; e há um memorial escrito diante dele, para os que temem ao Senhor e para os que se lembram do seu nome” (Ml 3.16).
Cl 3.16: “A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao Senhor com graça em vosso coração”.
Lv 19.11: “Não furtareis, nem mentireis, nem usareis de falsidade cada um com o seu próximo”.
Jo 8.44: “Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira”.
Vale lembrar que os mentirosos não herdarão o Reino de Deus:
Ap 21.27: “E não entrará nela coisa alguma que contamine, e cometa abominação e mentira; mas só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro”.
Ap 22.15: “Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira”.
3. O cristão deve revestir-se – Há pelo menos nove coisas das quais o cristão verdadeiro deve se revestir:
1) Do novo homem – Ef 4.24: “E vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade”.
2) De entranhas de misericórdias, de benignidade, de humildade, de mansidão, de longanimidade – Cl 3.12: “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade”.
3) De paciência – Rm 15.5: “Ora, o Deus de paciência e consolação vos conceda o mesmo sentimento uns para com os outros, segundo Cristo Jesus”.
4) De perdão – Mt 18.35: “Assim vos fará, também, meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas”.
5) De amor divino – 1 Co 13.4: “O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece”.
3.1 Revestir-se do novo homem – Em 1 Jo 5.1 está escrito: “Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo, é nascido de Deus; e todo aquele que ama ao que o gerou também ama ao que dele é nascido”. A palavra de Deus descreve o pecador como sendo: Desobediente, extraviado... O novo homem é chamado na Bíblia de “homem interior”... É a nova personalidade espiritual que o Espírito Santo implanta no crente através do glorioso processo de regeneração...
Acerca do velho homem:
Ef 2.2,3: “Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência. Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também”.
Tt 3.3: “Porque também nós éramos noutro tempo insensatos, desobedientes, extraviados, servindo a várias concupiscências e deleites, vivendo em malícia e inveja, odiosos, odiando-nos uns aos outros”.
1 Pe 4.3: “Porque é bastante que no tempo passado da vida fizéssemos a vontade dos gentios, andando em dissoluções, concupiscências, borrachices, glutonarias, bebedices e abomináveis idolatrias”.
Acerca da regeneração:
Tt 3.5: “Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo”.
3.2 Revestir-se de misericórdia – A misericórdia é uma expressão do amor de Deus. No hebraico a palavra é “Chessed” e... pode significar sentimento doloroso... Somente podemos exercer misericórdia se estivermos em contínuo contato com o Senhor...
Mt 5.7: “Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia.
Lc 6.35,36: “Amai, pois, a vossos inimigos, e fazei bem, e emprestai, sem nada esperardes, e será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo; porque ele é benigno até para com os ingratos e maus. Sede, pois, misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso”.
Ef 4.32: “Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo”.
3.3 Revestir-se de mansidão – Mansidão vem da palavra grega “pratores”... É a brandura da índole. Devemos ser mansos:
1) Para podermos buscar ao Senhor convenientemente – Sf 2.3: “Buscai ao Senhor, vós todos os mansos da terra, que tendes posto por obra o seu juízo; buscai a justiça, buscai a mansidão; pode ser que sejais escondidos no dia da ira do Senhor”.
2) Para podermos receber a palavra que nos é enxertada – Tg 1.21: “Por isso, rejeitando toda a imundícia e superfluidade de malícia, recebei com mansidão a palavra em vós enxertada, a qual pode salvar as vossas almas”.
3) Para que a sabedoria possa ser demonstrada – Tg 3.13: “Quem dentre vós é sábio e entendido? Mostre pelo seu bom trato as suas obras em mansidão de sabedoria”.
4) Para que possamos estar preparados para responder aos que interrogarem a razão da nossa fé – 1 Pe 3.15: “Antes, santificai ao Senhor Deus em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós”.
4. O cristão deve cultivar – Em uma só passagem bíblica (Gl 5.19-31), temos arroladas primeiramente as obras da carne... e a seguir o fruto do Espírito... É de suma importância que cada servo de Deus cultive:
Gl 5.19-22: “Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus. Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança”.
Rm 15.1: “Mas nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos”.
4.2 O amor e o perdão ao seu próximo – O amor é a essência das virtudes morais de nosso Senhor movido em cada crente pelo Espírito Santo... O amor é o vínculo da perfeição; confirma a filiação divina. Deus é a fonte e a causa do amor. O perdão significa: Deixar, soltar, cancelar... Cada crente deve perdoar, pois Jesus ensinando os discípulos a orar disse: “Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores”.
Rm 5.5: “E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado”.
1 Co 13.13: “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.”
Cl 3.14: “E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição”.
1 Jo 4.7,16: “Amados, amemo-nos uns aos outros; porque o amor é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus nos tem. Deus é amor; e quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.
Sl 1.1,2: “Bem aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite”.
Sl 119.105: “Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho”.
Pv 6.23: “Porque o mandamento é lâmpada, e a lei é luz; e as repreensões da correção são o caminho da vida”.
Referências Bibliográficas:
Johnson, V.; Palma, A., Hernando, J.; Simmons, W.; Adams, J. W.; Demchuck, D.; Soderlund, S. K.; Glubish, B.; Gill, D. M.; Comentário Bíblico Pentecostal, 2003, 1a. Ed., CPAD, Rio de Janeiro, RJ.
6 comentários:
Há uma corrente filosófica que afirma que grande parte daquilo que conhecemos e somos é inato. descartes afirmava através de engenhosa argumentação muito da nossa formação já nasce conosco. David Hume ao contrario dizia que o homem ao nascer é uma "tábula rasa", uma folha em branco, onde nada foi escrito. somos como uma cera sem forma e sem nada impresso nela até que a experiência venha escrever na folha.Ou seja, é empírica. Já Emmanuel Kant acreditava que o tudo no homem, inclusive o caráter, surge da interação entre a experiência sensorial (empíricas) e categorias inatas próprias da mente humana. Então percebe-se que não há uma conclusão de que o caráter é inato, ou se constrói através das experiências. Por isso a priori não podemos culpar nem a genética e muito menos o meio em que vive o indivíduo. porque a provas empíricas de muitas pessoas que tiveram sua formação num ambiente totalmente desfavorável, entretanto se tornaram pessoas de caráter ilibado acredito ser uma somatória de diversos fatores que tem potencial para influenciar na construção do caráter humano.
Um abraço.
Paz do Senhor queridos, tenho aprendido muito com estas lições para que possa passar para meus alunos da EBD. Que abençoe um abraço...
Irmão Donizete, obrigado pelo seu comentário. E de grande valia para nosso aprendizado.
Irmão Cleber, Deus abençoe seu trabalho na EBD e que possamos continuar aprendendo juntos.
Ev. Waldir - Jaupaci-GO. Sou professor da EBD. Achei difícil separar "caráter de personalidade". Se caráter significa "gravar" e está sob a personalidade,há pessoas que fingem ter gravado algo para formação de seu caráter e, somos surpreendidos mais tarde por essa pessoa, pois age ao contrário daquilo que aprendeu.
Irmã Mágda vc é uma bênção Deus nas nossas vidas.
Prezado irmão Ev. Waldir,
Na verdade essa definição de caráter e personalidade vai mais além nos estudos de psicologia dando origem a vários debates. Realmente não é fácil separar caráter de personalidade, mas penso que dentro do propósito desta lição as definições apresentadas nos ajudaram a entender um pouco mais. Deus continue abençoando o seu trabalho e que possamos juntos continuar crescendo na graça e conhecimento do nosso Deus.
gostaria de ver o comentário da liçao 09 - o que levaremos diante do Senhor, abraços!!
Postar um comentário