terça-feira, 9 de agosto de 2011

LIÇÃO 7 - O PAI QUE CLAMOU A JESUS

Igreja Evangélica Assembléia de Deus
Av. Brasil, 740 – Juiz de Fora - MG
Elaboração da Aula para os Professores da Escola Dominical
Revista: Anônimos e Atalaias de Deus
Prof. Magda Narciso Leite – Classe Sara e João Paulo Cruz – Classe Bereanos

Texto Áureo: “Senhor, tem misericórdia de meu filho, que é lunático e sofre muito; pois muitas vezes cai no fogo, e muitas vezes na água” (Mt 17.15).
  
Verdade Aplicada: O clamor sincero e cheio de fé move a mão de Deus.

Objetivos da Lição:

·    Compreender que os pais têm uma grande responsabilidade.
·    Saber que a bênção chega quando vamos até Jesus.
·    Entender que a fé é um instrumento que deve de contínuo ser utilizado.

Textos de Referência: Mt 17.15-18

Introdução: Algumas tradições dizem que o fato ocorreu no monte Tabor... O caminho mais lógico seria às alturas do Hermon, a 20 Km de Cesaréia, com quase 3000 metros de altura...

Esta lição trata da cura de um “jovem lunático” sendo este acontecimento relatado nos três evangelhos sinóticos. No evangelho de Mateus o fato é relatado no capítulo 17.14-21. No evangelho de Marcos o fato é relatado em Mc 9.14-29 e no evangelho de Lucas o fato é relatado em Lc 9.14-29. Nos três evangelhos os fatos descritos seguem a mesma ordem cronológica. Jesus havia partido juntamente com os discípulos para as partes de Cesaréia de Filipe, quando então ocorreu a confissão de Pedro quanto a identidade de Jesus (ver Mt 16.13-20; Mc 8.27-33; Lc 9.18-21). Depois disto, Jesus começa pela primeira vez, a falar aos discípulos acerca da sua morte e ressurreição (ver Mt 16.21-26; Mc 9.22). O relato subseqüente é o da transfiguração quando então Jesus leva Pedro, Tiago e João a um alto monte e transfigura-se diante deles, dando assim aos discípulos uma antevisão de sua glória em seu futuro Reino Milenar (ver Mt 17.1-13; Mc 9.2-13; Lc 9.28-36). Segundo escreve Mateus, tal fato ocorreu seis dias após a confissão de Pedro. Já Lucas se refere ao fato como tendo ocorrido quase 8 dias após a confissão de Pedro,o que indica que Lucas está considerando tanto o dia inicial quanto o dia final dos fatos relatados. Nenhum dos três evangelistas cita o nome do monte onde ocorreu tal acontecimento, podendo ser o monte Tabor, um monte proeminente que se eleva na planície de Jezreel até 562 m acima do nível do mar, ou o monte Hermon, conforme citado pelo comentarista. De acordo com “O Novo Dicionário da Bíblia” (Douglas, 1995, p. 1558) desde o século IV d.C., e talvez mais cedo ainda, a tradição tem sustentado que o monte Tabor foi a cena da transfiguração, porém isto seria pouco provável já que nos dias do Novo Testamento havia uma aldeia em seu cume. O incidente da cura do jovem lunático ocorre quando Jesus e os discípulos descem do monte, sendo o mesmo relatado por Lucas como que tendo ocorrido no dia seguinte à transfiguração: “E aconteceu, no dia seguinte, que, descendo eles do monte, lhes saiu ao encontro uma grande multidão” (Lc 9.37). Conforme escreve Mcdonald (2008, p. 69):

“A vida não é sempre uma experiência no cume do monte. Depois de momentos de regozijo espiritual, vêm horas e dias de trabalho e esgotamento. Há uma hora quando devemos deixar o monte para ministrar no vale da necessidade humana”.

1. Um menino possuído pelo maligno – Quando desceram do monte da transfiguração, Jesus e os discípulos Pedro, Tiago e João encontraram os demais diante de uma situação embaraçosa... Os escribas debatiam com eles...

Mc 9.14-16: “E, quando se aproximou dos discípulos, viu ao redor deles grande multidão, e alguns escribas que disputavam com eles. E logo toda a multidão, vendo-o, ficou espantada e, correndo para ele, o saudaram. E perguntou aos escribas: Que é que discutis com eles?”.

1.1 O menino era lunático – O pai daquele menino o identificava como lunático. A tradição judaica ensinava que tal enfermidade era influenciada pelas mudanças ou fases da lua... A Bíblia faz diferença entre enfermidade e uma pessoa possuída por demônios.

Mt 4.24: “E a sua fama correu por toda a Síria, e traziam-lhe todos os que padeciam, acometidos de várias enfermidades e tormentos, os endemoninhados, os lunáticos, e os paralíticos, e ele os curava”.

Mt 9.35: “E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles, e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo”.

Mc 1.34: “E curou muitos que se achavam enfermos de diversas enfermidades, e expulsou muitos demônios, porém não deixava falar os demônios, porque o conheciam”.

1.2 O mal o acompanhava “E perguntou ao pai dele: Quanto tempo há que lhe sucede isto? E ele lhe disse: Desde a infância” (Mc 9.21)...

Mt 17.15: “Senhor, tem misericórdia de meu filho, que é lunático e sofre muito; pois muitas vezes cai no fogo e, muitas vezes na água”.

Mc 9.17,18,20,21: “E um da multidão, respondendo, disse: Mestre, trouxe-te o meu filho, que tem um espírito mudo; e este, onde quer que o apanha, despedaça-o, e ele espuma, e range os dentes, e vai-se secando; e eu disse aos teus discípulos que o expulsassem, e não puderam. E trouxeram-lho; e, quando ele o viu, logo o espírito o agitou com violência; e caindo o endemoninhado por terra, revolvia-se, espumando. E perguntou ao pai dele: Quanto tempo há que lhe sucede isto? E ele disse-lhe: Desde a infância”.

Lc 9.38,39: “E eis que um homem da multidão clamou, dizendo: Mestre, peço-te que olhes para meu filho, porque é o único que eu tenho. Eis que um espírito o toma, e de repente clama, e o despedaça até espumar; e só o larga depois de o ter quebrantado”.
                                                                                                     
1.3 O maligno queria destruí-lo – A ação de demônios que invadem e dominam o sistema nervoso...

Jo 10.10: “O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância”.

Depois da experiência da transfiguração no cume da montanha, Jesus e os três discípulos são confrontados por uma situação em que um pai traz aos demais discípulos de Jesus o filho que era possuído por um espírito maligno, porém os discípulos não puderam expulsá-lo. O filho é chamado pelo pai de “lunático” e a forma como o pai identifica os sinais externos relacionados à possessão demoníaca é muito semelhante aos sintomas relacionados à doença que hoje é conhecida por epilepsia. Isto não significa, no entanto, que qualquer pessoa que apresente os sintomas da epilepsia esteja tomado por um espírito maligno. Esta muitas vezes é causada por desequilíbrios químicos ou morfológicos que comprometem o funcionamento do sistema nervoso central. No caso em questão, a enfermidade do menino envolvia a possessão demoníaca, porém é importante notar que Jesus curou pessoas com diversos tipos de enfermidades, que não necessariamente envolvia a possessão por espíritos malignos. Quando o caso envolvia apenas algum tipo de enfermidade a forma como Jesus curava era por imposição de mãos ou algum tipo de toque, ou de alguma outra maneira segundo o seu propósito e vontade soberana; quando envolvia a possessão demoníaca a forma como Jesus “curava” normalmente era por ordem direta ao demônio para que partisse do indivíduo. A igreja quando confrontada com tais situações deve buscar discernimento e sabedoria para lidar com as mesmas. Ao mesmo tempo que se deve orar para que se tenha autoridade para que ocorra a expulsão de demônios no poderoso Nome de Jesus, a igreja não deve deixar de considerar que existem situações onde soluções médicas devem ser procuradas, pois conforme já dito anteriormente, nem toda enfermidade é decorrente de uma possessão demoníaca ainda que os sintomas sejam muito semelhantes.

Mt 10.8: “Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça daí”.

Mc 3.14,15: “E nomeou doze para que estivessem com ele e os mandasse a pregar, e para que tivessem o poder de curar as enfermidades e expulsar os demônios”.

Mc 6.7,12,13: “Chamou a si os doze, e começou a enviá-los a dois e dois, e deu-lhes poder sobre os espíritos imundos; e, saindo eles, pregavam que se arrependessem. E expulsavam muitos demônios, e ungiam muitos enfermos com óleo, e os curavam”.

2. O milagre de Jesus – Milagre pode ser definido como uma interferência da lei de Deus sobre as leis naturais, mediante a um poder sobrenatural...

Jesus realizou milagres no poder do Espírito Santo, assim também a igreja deve buscar a virtude do Espírito Santo para que os sinais possam acompanhar aqueles que crêem.

Lc 4.18,19: “O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados do coração, a pregar liberdade aos cativos, e restauração da vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor”.

At 10.38: “Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele”.

Mc 16.17-20: “E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão. Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu, e assentou-se à direita de Deus. E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém”.

1 Co 12.7-11: “Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil. Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; e a outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer”.

2.1 Os discípulos não puderam (Mt 17.16; Mc 9.18) – A falta de poder dos discípulos é interpretada por Jesus por base na incredulidade...

Mt 17.16,17: “E trouxe-o aos teus discípulos e não puderam curá-lo. E Jesus, respondendo, disse: Ó geração incrédula e perversa! Até quando estarei eu convosco e até quando vos sofrerei? Trazei-mo aqui”.

O pai que tinha o filho lunático havia trazido o filho aos discípulos de Jesus e estes não puderam curá-lo. Jesus associa tal fato à incredulidade dos discípulos, e não à do pai do menino, pois apesar do mesmo reconhecer a sua incredulidade, conforme se vê em Mc 9.24 “E logo o pai do menino, clamando com lágrimas, disse: Eu creio Senhor! Ajuda a minha incredulidade”, havia mais fé nele que vem em busca de auxílio do que nos próprios discípulos de Jesus que com Ele andavam todos os dias, e daí Jesus repreendê-los através da frase: “Ó geração incrédula e perversa! Até quando estarei eu convosco e até quando vos sofrerei?” Em Mt 17.19, os discípulos aproximam-se de Jesus e pedem ao Senhor, em particular, uma explicação. Jesus vai diretamente ao ponto em questão: A falta de fé: “Por causa da vossa pequena fé; porque em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá – e há de passar; e nada vos será impossível” (Mt 17.20). Naturalmente esta declaração de Jesus deve ser entendida dentro dos princípios da fé em Deus e não da fé na fé. A primeira se baseia na vontade de Deus, e por causa disto exige vida consagrada a Deus; a segunda normalmente se baseia na presunção humana, onde o homem pensa poder determinar a Deus o que Ele deve fazer. A resposta de Jesus em Mt 17.21, onde Ele fala da necessidade de oração e jejum “Mas esta casta de demônios não se expulsa senão pela oração e pelo jejum” mostra que é a fé subordinada à vontade de Deus, onde o homem deve reconhecer a sua limitação e dependência de Deus que Jesus está se referindo e não a qualquer outro tipo de fé.

2.2 O perigo da frieza espiritual (Mt 17.17; Mc 9.19) – “Até quando vos sofrerei”... “Sem lenha o fogo se apagará” (Pv 26.20)...

Conforme visto no tópico acima, Jesus mostrou aos discípulos a razão pelo qual eles não puderam expulsar o demônio, a incredulidade, e na seqüência, Ele instruiu quanto a necessidade de vida consagrada a Deus através da oração e do jejum. O princípio que fica em evidência é que se os discípulos tivessem uma vida de oração e jejum, como Jesus o tinha, eles poderiam ter trazido solução para a angústia daquele pai. Assim, a vida de oração e jejum de uma igreja ou de alguém é o termômetro que mostra a sua condição espiritual. Onde há muita oração e jejum resultante da dedicação genuína a Deus e à sua Palavra há fervor espiritual e abundância de fé.

Mc 1.35: “E, levantando-se de manhã, muito cedo, fazendo ainda escuro, saiu, e foi para um lugar deserto, e ali orava”.

Lc 5.15-17: “A sua fama, porém, se propagava ainda mais, e ajuntava-se muita gente para o ouvir e para ser por ele curada das suas enfermidades. Ele, porém, retirava-se para os desertos, e ali orava. E aconteceu que, num daqueles dias, estava ensinando, e estavam ali assentados fariseus e doutores da lei, que tinham vindo de todas as aldeias da Galiléia, e da Judéia, e de Jerusalém. E a virtude do Senhor estava com ele para curar”.

Mc 11.22-24: “E Jesus, respondendo, disse-lhes: Tende fé em Deus; porque em verdade vos digo que qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar em seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz, tudo o que disser lhe será feito. Por isso vos digo que todas as coisas que pedirdes, orando, crede receber, e tê-las-eis”.

2.3 Tudo é possível ao que crê (Mc 9.23) – Jesus afirma que tudo é possível se crermos, porque nada é difícil para Deus... Esse comportamento e convicção e pura confiança nas Escrituras, é denominado fé...

Mc 10.27: “Jesus, porém, olhando para eles, disse: Para os homens é impossível, mas não para Deus, porque para Deus todas as coisas são possíveis”.

Lc 1.37: “Porque para Deus nada é impossível”.

Hb 11.1,6: “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem. Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam”.

Jo 14.1: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim”.

Gl 5.22: “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, , mansidão, temperança”.

1 Pe 1.21: “E por ele credes em Deus, que o ressuscitou dentre os mortos, e lhe deu glória, para que a vossa fé e esperança estivessem em Deus”.

3. A atuação dos demônios – Algumas pessoas negam a existência dos demônios. Pelas Escrituras podemos ver: Sua origem (Is 14.12-15; Ez 28.12-19). Seu caráter, isto é, as qualificações do caráter que são indicados pelos seus títulos como: 1) Satanás, que significa adversário; Diabo, caluniador; 3) Destruidor “apollyon (grego), “Abbadon” (Hebraico); 4) Serpente (Ap 12.9); 5) Tentador (Mt 4.3); 6) Príncipe e deus deste século (Jo 12.31; 2 Co 4.4). Sua atividade: Perturbar a obra de Deus (1 Ts 2.18); e o seu destino; será aprisionado durante o milênio e depois lançado no lago de fogo.

Satanás foi um anjo criado em santidade e perfeição, mas também com livre arbítrio para escolher entre permanecer fiel a Deus ou não. Em sua rebeldia, ele caiu de sua posição original e com ele um terço dos anjos conforme fica subentendido em Ap 12.3,4. Seu fim, porém será a prisão durante o Reino Milenar e depois o lago de fogo.

Is 14.12-15: “Como caíste desde o céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações! E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte. Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo. E contudo levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo”.

Ez 28.12-19: “Filho do homem, levanta uma lamentação sobre o rei de Tiro, e dize-lhe: Assim diz o Senhor Deus: Tu eras o selo da medida, cheio de sabedoria e perfeito em formosura. Estiveste no Éden, jardim de Deus; de toda a pedra preciosa era a tua cobertura: sardônia, topázio, diamante, turquesa, ônix, jaspe, safira, carbúnculo, esmeralda e ouro; em ti se faziam os teus tambores e os teus pífaros; no dia em que foste criado foram preparados. Tu eras o querubim, ungido para proteger, e te estabeleci; no monte santo de Deus estavas, no meio das pedras afogueadas andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti. Na multiplicação do teu comércio encheu-se o teu interior de violência, e pecaste; por isso te lancei, profanado, do monte de Deus, e te fiz perecer, ó querubim protetor, do meio das pedras afogueadas. Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; por terra te lancei, diante dos reis te pus, para que olhem para ti. Pela multidão das tuas iniqüidades, pela injustiça do teu comércio profanaste os teus santuários; eu, pois, fiz sair do meio de ti um fogo, que te consumiu e te tornei em cinza sobre a terra, aos olhos de todos os que te vêem. Todos os que te conhecem entre os povos estão espantados de ti; em grande espanto te tornaste, e nunca mais subsistirá”.

Ap 12.3,4: “E viu-se outro sinal no céu; e eis que era um grande dragão vermelho, que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre as suas cabeças sete diademas. E a sua cauda levou após si a terça parte das estrelas do céu, e lançou-as sobre a terra; e o dragão parou diante da mulher que havia de dar à luz, para que, dando ela à luz, lhe tragasse o filho”.

Ap 20.1,2,10: “E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na sua mão. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos. E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre”.

Acerca dos nomes de Satanás, além dos citados na lição podem ainda ser citado, dragão e maligno:

Ap 12.9: “E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele”.

Mt 4.3: “E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães”.

Jo 12.31: “Agora é o juízo deste mundo; agora será expulso o príncipe deste mundo”.

2 Co 4.4: “Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus”.

1 Jo 5.19: “Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno”.

3.1 Os demônios são opositores de Deus – ... O inimigo se opõe em primeiro lugar a Deus e em segundo lugar a humanidade (Zc 3.1; 1 Pe 5.8). Ele procura em todo momento acusar os homens diante de Deus (Jó 1.9,11; 2.4,5; Ap 12.10) e também denegrir a imagem de Deus diante da humanidade (Gn 3.1-5; Is 14.13,14).

Zc 3.1: “E ele mostrou-me o sumo sacerdote Josué, o qual estava diante do anjo do Senhor, e Satanás estava à sua mão direita, para se lhe opor”.

1 Pe 5.8: “Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar”.

Ap 12.10: “E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derrubado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite”.

Gn 3.4,5: “Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal”.

Vale lembrar que algumas das astutas ciladas de Satanás contra o povo de Deus e o próprio Deus envolvem:

·   Falsa doutrina 1 Tm 4.1: “Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios”.
·   Falsos evangelhos 2 Co 11.4: “Porque, se alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, com razão o sofrereis”.
·   Falsos cristos 1 Jo 2.18: “Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos se têm feito anticristos, por onde conhecemos que é já a última hora”.
·   Milagres enganadores 2 Ts 2.8,9: “E então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda; a esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira”.
·   Aparência de piedade 2 Tm 3.1-5: “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te”.
·   Falsos apóstolos 2 Co 11.13-15: “Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo. E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus ministros se transfigurem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras”.

3.2 Os demônios oprimem – O maligno oprime a mente através de imaginações fantasiosas de pecado, ou de doenças emocionais e físicas... O exemplo de Jó, que foi ferido com tumores por um ataque de Satanás. Não significa que ele tenha ficado endemoninhado...

Neste ponto é importante deixar claro, que o cristão que guarda a si mesmo e anda em comunhão com o Senhor é cheio do Espírito Santo e sendo assim, ele nunca fica endemoninhado. Isto não significa, no entanto, que ele não possa vir a ser oprimido, ser tentado ou sofrer qualquer tipo de ataque por parte do inimigo, pois este de contínuo tentará seduzir o crente.

1 Jo 5.18: “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca”.

2 Ts 3.3: “Mas fiel é o Senhor, que vos confirmará, e guardará do maligno”.

2 Co 11.3: “Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo”.

Defesas do crente contra satanás:

1. Intercessão de Cristo – Lc 22.31,32: “Disse também o Senhor: Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para vos cirandar como trigo; mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu, quando te converteres, confirma teus irmãos”.
2. Ter a atitude correta para com satanás – Jd 9: “Mas o arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo, e disputava a respeito do corpo de Moisés, não ousou pronunciar juízo de maldição contra ele; mas disse: O Senhor te repreenda”.
3. Estar vigilante contra satanás – 1 Pe 5.8-10: “Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os vossos irmãos no mundo. E o Deus de toda a graça, que em Cristo Jesus vos chamou à sua eterna glória, depois de haverdes padecido um pouco, ele mesmo vos aperfeiçoará, confirmará, fortificará e fortalecerá”.
4. Tomar uma atitude de resistência contra satanás, mas por vezes devemos fugir – 2 Tm 2.22: “Foge também das paixões da mocidade; e segue a justiça, a fé, o amor, e a paz com os que, com um coração puro, invocam o Senhor”.
5. Fortalecer na comunhão com Cristo e tomar a armadura espiritual – Ef 6.10,11: “No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo”.

3.3 Os demônios tomam posse de vidas – Estudiosos afirmam que, no grego, a expressão “daimonizomai” implica em estar sob o controle de um espírito maligno. A possessão demoníaca é aquela que invade a personalidade da pessoa e toma o controle total da mente, da alma e do corpo, sendo vistas atitudes irracionais que se manifestam de modo assustador...

Possessão demoníaca é a ação de demônios que invadem e dominam o sistema nervoso, a consciência sensorial, a sede da vontade humana; e que, enfim, tomam posse do corpo físico de uma pessoa, na qual ainda não habita o Espírito Santo, controlando suas ações e, por vezes, submetendo esse corpo humano a todo tipo de humilhação e sofrimentos.

Mt 12.43-45: “E, quando o espírito imundo tem saído do homem, anda por lugares áridos, buscando repouso, e não o encontra. Então diz: Voltarei para a minha casa, de onde saí. E, voltando, acha-a desocupada, varrida e adornada. Então vai, e leva consigo outros sete espíritos piores do que ele e, entrando, habitam ali; e são os últimos atos desse homem piores do que os primeiros. Assim acontecerá também a esta geração má”.   

4. Lições de um pai – A Bíblia possui dez registros sobre o que o demônio pode causar ao ser humano: 1) Mudez (Mc 9.17,25); 2) Surdez (Mc 9.25); 3) Espuma pela boca (Mc 9.18,20); 4) Ataques (Mc 9.18,20,26); 5) Ranger de dentes (Mc 9.18); 6) Exaustão (Mc 9.18,26); 7) Quedas (Mc 9.20); 8) Tendências suicidas (Mc 9.22); 9) Gritos (Mc 9.26); 10) Insanidade ou loucura (Mt 17.15). O pai deve ser um exemplo para os seus filhos, um sacerdote...

Ml 4.6: “E ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha, e fira a terra com maldição”.

4.1 Buscou a bênção em Jesus – Já no versículo 22, disse o pai do menino: “...Se tu podes fazer alguma coisa, tem compaixão de nós e ajuda-nos”... Aquele pai apelou para a compaixão de Jesus e se humilhou...

Sl 108.12: “Dá-nos auxílio para sair da angústia, porque vão é o socorro da parte do homem”.

4.2 O amor pelo seu filho – No evangelho de Marcos 9.24 está escrito: “E logo o pai do menino, clamando, com lágrimas, disse: Eu creio, Senhor!...” É possível imaginar aquela cena, um pai que sentia suas limitações, as forças praticamente esgotadas, decepcionado, mas amava o seu filho. Tudo na vida espiritual se baseia no amor...

1 Co 13.1-6: “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria. O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”.

4.3 Vencendo sua incredulidade – Ainda em Mc 9.24b encontramos: “...Ajuda a minha incredulidade”.

Em Marcos 9.22 é possível observar que o verdadeiro desejo do adversário era destruir o menino, por isso o menino muitas vezes era jogado na água e no fogo. É possível observar também o pai tomado pela dúvida, já que as tentativas anteriores de expulsão do espírito maligno tinham sido todas frustradas, no entanto, ainda assim, e em meio à sua dúvida ele recorre a Jesus através das palavras: “Se tu podes fazer alguma coisa, tem compaixão de nós e ajuda-nos”. Jesus, de certa forma, repete a fala daquele pai (se), porém com sabedoria Ele fortalece a fé do amoroso pai e afasta os seus temores, na seqüência, através das palavras: “Se tu podes crer, tudo é possível ao que crê” (Mc 9.23). Imediatamente o pai do menino exclama em meio às lágrimas: “Eu creio, Senhor!” (Mc 9.24b). Assim, percebe-se que a fé é obra da palavra que vem “pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” (Rm 10.17). Jesus, porém exortara aquela geração por sua incredulidade. Aquele pai, em sinceridade diante de Jesus, reconhece a si mesmo como parte da geração incrédula, e assim, fundamentado na verdade anunciada por Jesus, ele grita em seguida à sua declaração de fé: “Ajuda a minha incredulidade” (Mc 9.24c). É a segunda vez que ele grita por ajuda, mas desta vez não para seu filho, mas por si mesmo. Há muito tempo, ele mesmo precisa de ajuda. A vida é exatamente como esta história. Esta é a experiência de todos os que se preocupam com um ente querido até se verem empurrados para a última instância. Na própria fé, eles precisam de ajuda. Eles clamam: Ajuda-me contra mim mesmo! É neste momento que a verdade de cada um acerca de si mesmo torna-se patente e Deus se torna totalmente Deus para si próprios.  

Referências Bibliográficas:
J. D. Douglas, O Novo Dicionário da Bíblia, 1995, Edições Vida Nova, São Paulo, SP.
William MacDonald, Comentário Bíblico Popular – Novo Testamento, 2008, 1a Ed., Mundo Cristão, São Paulo, SP.

9 comentários:

Tatiana disse...

A Paz do Senhor! Acompanho seu blog toda a semana, está de parabéns! Tatiana - São Paulo/SP

Mariel de Oliveira disse...

Gostei Muito que o Senhor te Abençoe !

Mariel - Rio de Janeiro b

Marcelo disse...

Parabéns! tenho usufruído deste material.
Fico feliz por encontrar pessoas como a Senhora, que da de graça, o que recebeu de graça; sou seminarista e professor da EBD( Campo de Cosmo-RJ ,Conv.Madureira),.Congregação do Gouveia . Meu E-MAIL: sfmcj@hotmail.com
Gostaria de saber quando a Senhora virá ao RJ, Ministrar A Palavra.
A Paz do Sonhor

marco disse...

O BLOG TEM ME AJUDADO MUITO NAS AULAS DA ECOLA DOMINICAL, È UMA PENA QUE TEM SEMANA QUE NÃO EDITAM O BLOG, E FAZ MUITA FALTA. A PAZ DO SENHOR.

Pb Cleberson Rodrigues disse...

Graça e Paz parabens pela iniciativa de lançar a boa semente, que vocês colham os frutos dessa inicativa Deus abençoe A.D.ITAPEVA-Madureira

Pb Cleberson Rodrigues disse...

Graça e Paz que Deus lhes abençoe pela iniciativa de lançar a boa semente e que vocês venham colher os frutos dessa semadura...

montecarmelo disse...

A paz do nosso Senhor e Salvador Jesus cristo.Olha,desde que conheci esse blog tenho recebido da parte de Deus explicações que na minha igreja não me davam a cerca de um aprofundamento maior nas aulas de EBD.oro ao senhor Jesus que você continue nos abençoando com esse esboço mais que profundo de cada lição que para mim é um verdadeiro seminário.Quero orar pela sua vida agora:Senhor jesus,continue dando graça a tua filha e familiares dela para que ela possa continuar sendo um instrumento nas tuas mãos.

Magda disse...

Queridos irmãos em Cristo,

As palavras de vocês é um incentivo para nós continuarmos. Nosso desejo é dispor toda semana as lições para ajudar a todos os irmãos nesta árdua tarefa. Agradecemos as orações e pedimos a todos os irmãos que continuem orando por nós. Um grande abraço a todos.

DESPERTA JESUS ESTÁ VOLTANDO disse...

PAZ IRMÃ MAGUIDA,QUE JESUS CONTINUE TE USANDO POIS ESTAMOS ESTUDANDU UMA OUTRA DATA PARA A IRMÃ VIM AQUI EM Piraúba de novo ts aa e o dvd to providenssiandu ja ta bom paz e um abraço de seu aluno Robson Souza