quarta-feira, 8 de junho de 2011

LIÇÃO 11 - A LUTA CONTRA O PROCEDIMENTO ILÍCITO NA SOCIEDADE

Igreja Evangélica Assembléia de Deus
Av. Brasil, 740 – Juiz de Fora - MG
Elaboração da Aula para os Professores da Escola Dominical
Revista: Os Desafios da Igreja
Prof. Dc João Paulo Cruz - Classe Bereanos

Primeiro Contato:

Como saber o que é ilícito? Como saber se o que fazemos está correto? Observando as leis de nosso país? Respeitando a educação dada por nossos pais? Vivendo o padrão moral recebido por nossa sociedade? Não! A maneira de termos convicção de que o que fazemos está correto ou não é a Palavra do Senhor! Se seguirmos as orientações bíblicas com toda certeza, estaremos fazendo o que for correto, respeitando as leis (quando não se opõem as Sagradas Escrituras), nosso país e honrando nossos pais.   

Ez 36.27: “E porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis”.

Texto Áureo: “Porque o que eles fazem em oculto, o só referir é vergonha” (Ef 5.12)

ARC : “Porque o que eles fazem em oculto até dizê-lo é torpe”.

O texto áureo e maior parte do texto de referência estão relacionados ao seguinte contexto: Encorajamento e exortação. Nessa parte é assinalado o “uso prático do evangelho”, o crescimento em direção à “medida completa da plenitude de Cristo” (Ef 4.13). A orientação de cada crente rumo a Cristo acarreta conseqüências de peso para a igreja. Na obediência dos membros diante de um único Senhor também se manifesta a unidade da igreja (Ef 4.1-16). A ela se acrescentam considerações sobre a mudança do velho para o novo ser humano, mais especificado do gentio para o santificado em Cristo (Ef 4.17-5.14).

Textos de Referencia: 2 Co 6.14; Ef 4.28; Ef 5.11-13

2 Co 6.14: “Não vos prendai em jugo desigual com os incrédulos” - O “jugo” que atrela diversos animais para tracionar em conjunto era usado com predileção como metáfora para a convivência e atuação harmoniosas entre pessoas. Por exemplo, podia-se designar como “companheiros de jugo” um casal [cônjuges] ou também professores que lecionavam em conjunto. Sob o mesmo jugo, porém, podem e devem trabalhar em conjunto apenas animais iguais. Deus proibiu expressamente em sua lei (Lv 19.19; Dt 22.9-11) que se formassem parelhas de “duas espécies” de gado. Paulo utiliza no presente texto para o jugo estranho, a fim de especificar a “espécie estranha” com que um animal não deve formar uma dupla. Paulo recorre a essa determinação legal e à vontade de Deus expressa nela. O que por natureza e por espécie não forma uma unidade não deve ser artificialmente ligado pelo ser humano nem atrelado ao mesmo jugo, mas isso acontece toda vez que membros da igreja de Jesus se envolvem em alianças com os que são “incrédulos” e rejeitam a fé em Jesus

Ef 4.28: “O que furtava não furte maisé uma referência neste texto ao “outrora” do tempo pré-cristão.  É preciso abandonar decididamente os caminhos do estilo de vida passado: “Não furte mais”.  No entanto não adianta apenas parar de roubar é necessário direcionar o pensamento a fazer o “bem”. Assim a renovação do sentido e o revestir-vos do novo ser (Ef 4.23s) adquire um formato palpável.

Ef 5.11: Paulo estabelece uma conexão com a exortação do v. 7: Face ao intransponível contraste entre luz e trevas e conseqüentemente também entre os respectivos adeptos, não pode haver “comunhão” entre ambas. No entanto, como são atribulados pelas falaciosas maquinações das trevas (cf. v. 6), os cristãos precisam ser convocados a se separar delas. Em sentido idêntico Ap 18.4 exorta para o distanciamento dos pecados da Babilônia. A marca das “obras das trevas” é que elas são “infrutíferas”. Isso não significa que não gerem efeitos concretos. Pelo contrário, costumam levar a comportamentos e ações das quais os cristãos mais tarde se envergonham (Rm 6.21). Elas são “infrutíferas” em vista do que se espera que seja fruto do relacionamento com Jesus Cristo: O fruto do Espírito (Gl 5.22), ou da luz (Ef 5.9), que consiste na santificação da vida em todas as suas relações. Considerando o pensamento hebraico, deve-se levar em conta mais um ponto: O “fruto” também designa a conseqüência de uma ação. As “obras das trevas” são infrutíferas para o cristão pelo fato de que não causam efeitos de bênção e salvação na vida da pessoa em questão. Em lugar de ter comunhão com os vícios e seus representantes, os cristãos devem desmascarar o verdadeiro caráter do mal “antes, porém, trazei-as à luz”. A expressão significa “destapar”, “argüir”, e também “reprovar” ou “punir”, motivo pelo qual aparece com freqüência na ligação com o pecado manifesto (cf. v. 13). Os crentes, portanto, não devem deixar-se arrastar para as práticas do pecado, mas fazer com que o verdadeiro caráter delas se torne reconhecível por meio de sua vida dirigida para Jesus Cristo e santificada para Deus. Dessa forma o mal é desmascarado. “Trazer à luz e argüir (acontece) pela recusa dos cristãos em acompanhar aquelas obras más, e por seu testemunho de uma vida diferente dirigida pela luz do Senhor”.

Ef 5.12: Não somente a prática do mal deve ser evitada. Nem mesmo pensamentos e palavras devem ser contaminados por tais “atos secretos”. Já constatamos acima que a essência do pecado se caracteriza fundamentalmente pela clandestinidade e dubiedade. Isso vale da mesma forma para os citados vícios sexuais e para as maquinações do ganancioso. A separação radical do mal faz com que se tenha de vigiar também a língua. Isso também era defendido por judeus como Filo de Alexandria. De modo semelhante, para o romano Cícero a pena de morte pela crucificação representava um acontecimento tão vergonhoso (!) que o próprio nome da cruz e até mesmo a reflexão sobre ela deveriam ser mantidos à distância dos cidadãos romanos, de seus olhos e ouvidos. Tais assuntos infames deveriam ser evitados nas conversas.

Ef 5.13: Paulo retoma o v. 11, sublinhando: “Tudo isso é trazido à luz e revelado pela luz.” O poder da luz que raiou em Jesus Cristo perpassa e desvenda qualquer escuridão. “E não há criatura que não seja manifesta na sua presença; pelo contrário, todas as coisas estão descobertas e patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas” (Hb 4.13). João 3.20,21 fala do efeito revelador e argüidor de Jesus como a luz: “Todo aquele que pratica o mal aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de não serem reveladas as suas obras. Quem pratica a verdade aproxima-se da luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus”.

Introdução

Sl 42.7: “Um abismo chama outro abismo, ao ruído das tuas catadupas; todas as tuas ondas e as tuas vagas têm passado sobre mim”.

2 Tm 2.19: “Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus, e qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniqüidade”.

2 Pe 2.1,2: “E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade”.

1. Aceitar a desonestidade como normal

Biblicamente somos aconselhados a buscar e pensar naquilo que é honesto, o coração honesto dá fruto e possui um viver honesto, mediante isso fica evidente que ter a desonestidade como normal é uma conformação com este mundo, e conseqüentemente um afastamento de Deus.

Lc 8.15: “E a que caiu em boa terra, esses são os que, ouvindo a palavra, a conservam num coração honesto e bom, e dão fruto com perseverança”.

2 Co 8.21: “Pois zelamos do que é honesto, não só diante do Senhor, mas também diante dos homens”.

Fp 4.8: “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai”.

1 Pe 2.12: “Tendo o vosso viver honesto entre os gentios; para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, glorifiquem a Deus no dia da visitação, pelas boas obras que em vós observem”.

1.1 Enriquecimento ilícito

Ex 23.8: “Também suborno não tomarás; porque o suborno cega os que têm vista, e perverte as palavras dos justos”.

Sl 15.1,5: “Senhor, quem habitará no teu tabernáculo? Quem morará no teu santo monte? Aquele que não dá o seu dinheiro com usura, nem recebe peitas contra o inocente. Quem faz isto nunca será abalado”.

Pv 22.1: "Mais digno de ser escolhido é o bom nome do que as muitas riquezas; e a graça é melhor do que a riqueza e o ouro".

Ec 5.10: “Quem amar o dinheiro jamais dele se fartará; e quem amar a abundância nunca se fartará da renda; também isto é vaidade”.

Lc 1215: “E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui”.

1 Tm 6.9,10: “Os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores".

1.2 Pegar dinheiro ou objetos alheios às escondidas

Js 7.1,11,20,21: “E transgrediram os filhos de Israel no anátema; porque Acã filho de Carmi, filho de Zabdi, filho de Zerá, da tribo de Judá, tomou do anátema, e a ira do Senhor se acendeu contra os filhos de Israel. Israel pecou, e transgrediram a minha aliança que lhes tinha ordenado, e tomaram do anátema, e furtaram, e mentiram, e debaixo da sua bagagem o puseram. Respondeu Acã a Josué, e disse: Verdadeiramente pequei contra o Senhor Deus de Israel, e fiz assim e assim. Quando vi entre os despojos uma boa capa babilônica, e duzentos siclos de prata, e uma cunha de ouro, do peso de cinqüenta siclos, cobicei-os e tomei-os; e eis que estão escondidos na terra, no meio da minha tenda, e a prata por baixo dela”.

Pv 1.19: “São assim as veredas de todo aquele que usa de cobiça: ela põe a perder a alma dos que a possuem”.

1.3 Pegar dinheiro ou objetos emprestados e não devolver

Dt 24.15: “No seu dia lhe pagarás a sua diária, e o sol não se porá sobre isso; porquanto pobre é, e sua vida depende disso; para que não clame contra ti ao Senhor, e haja em ti pecado”.

Sl 37.21: “O ímpio toma emprestado, e não paga; mas o justo se compadece e dá”.

2. Aceitar o jugo desigual com naturalidade

O jugo, ou canga é uma peça de madeira, de formato simétrico, que se coloca no pescoço dos bois; tem cordas ou correntes amarradas para puxar o carro ou arado. A formação de juntas com animais diferentes comprometerá o seu desempenho por serem incompatíveis. A palavra de Deus se posiciona claramente sobre a necessidade de igualdade de jugo.

Lv 19.19: “Não permitirás que se ajuntem misturadamente os teus animais de diferentes espécies; no teu campo, não semearás semente de mistura, e veste de diversos estofos misturados não vestireis”.

Dt 22.10: “Com boi e com jumento juntamente não lavrarás”.

2.1 Fazer amizades intimas com incrédulos

Am 3.3: “Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?”

Pv 13.20: “O que anda com os sábios ficará sábio, mas o companheiro dos tolos será destruído”.

Pv 22.24: “Não sejas companheiro do homem briguento nem andes com o colérico”.

Sl 1.1: “Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores”.

2.2 Namorar, noivar ou casar com ímpios

Dt 7.3,4: “Nem te aparentarás com elas; não darás tuas filhas a seus filhos, e não tomarás suas filhas para teus filhos; pois fariam desviar teus filhos de mim, para que servissem a outros deuses; e a ira do Senhor se acenderia contra vós, e depressa vos consumiria”.

Durante o período de namoro e noivado o casal deve fazer uma séria avaliação das possíveis desigualdades. No começo do relacionamento é mais fácil fazer ajustes para evitar um maior sofrimento no futuro; depois de casados nem sempre é possível. 
             
Na questão relacionada ao namoro com ímpios três grupos de pensamentos são manifestos entre os crentes:

·   O cristão não deve, de forma alguma, se relacionar amorosamente com ímpios. Este grupo usa como respaldo o texto de Paulo em 2 Co 6.14-17, sendo este o defendido neste estudo.
·   A decisão é pessoal. Cada caso é um caso. Deus pode tocar no coração do não convertido e torná-lo um verdadeiro cristão ao longo do processo. Usam como subterfúgio o texto que se refere a um cônjuge quando se converte: “Porque o marido descrente é santificado pela mulher, e a mulher descrente é santificada pelo marido” (1 Co 7.14).
·   Define radicalmente que a comunhão entre crente e descrente no namoro e noivado não tem nada a ver. Citam como respaldo para este pensamento: “De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus” (Rm 14:12). Dizem estes que em toda regra há exceção, entretanto é mais seguro ficar com o primeiro grupo.

2.3 Participar de sociedade com os injustos

Ec 9.8: “Em todo o tempo sejam alvas as tuas roupas, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça”.

Ef 5.7-8: “Portanto, não sejais seus companheiros. Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz”.

2 Tm 2.4: “Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra”

1 Pe 4.2,3: “Para que, no tempo que vos resta na carne, não vivais mais segundo as concupiscências dos homens, mas segundo a vontade de Deus. Porque é bastante que no tempo passado da vida fizéssemos a vontade dos gentios, andando em dissoluções, concupiscências, borrachices, glutonarias, bebedices e abomináveis idolatrias”.

1 Jo. 1.6-7: Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos em trevas, mentimos, e não praticamos a verdade. Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado”.

3. Aceitar escândalos com tolerância

Mt 18.7: Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é mister que venham escândalos, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem!”

Aqueles que produzem o escândalo e que com isso tentam aos outros a pecar e não se arrependem pertencem ao “mundo’, à raça humana que vive alienada da vida de Deus. Nem todos devem ser considerados a principio fora do reino, mas recebem a maldição profética (“Ai”) que é um oposto a bem-aventurança de Mt 5.3-12. Jesus alertou aos discípulos para que não pertençam ao “mundo”  que se esforça para conduzir os filhos de Deus ao pecado.

3.1 Causar vergonha ao Evangelho   

Mt 18.6: “Mas, qualquer que escandalizar um destes pequeninos, que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma mó de azenha, e se submergisse na profundeza do mar”.

Mt 18.8,9: “Portanto, se a tua mão ou o teu pé te escandalizar, corta-o, e atira-o para longe de ti; melhor te é entrar na vida coxo, ou aleijado, do que, tendo duas mãos ou dois pés, seres lançado no fogo eterno. E, se o teu olho te escandalizar, arranca-o, e atira-o para longe de ti; melhor te é entrar na vida com um só olho, do que, tendo dois olhos, seres lançado no fogo do inferno”.

2 Tm 2.15: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”.

3.2 Ser complacente com o erro

Mt 18.15-17: “Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão; mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada. E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano”.

Na introdução do tópico 3 relatamos sobre o ensino de Jesus sobre não levarmos os outros a pecarem através de nosso escândalo. Ao invés de sermos causa de ruína, como servos de Jesus deveríamos buscar as ovelhas perdidas e trazê-las de volta ao redil.  Agora a situação é inversa: Alguém fez algo contra você. O que devemos fazer? Conforme o ensino deixado por Jesus:

·   O irmão deve ir com espírito de amor fraternal e mostrar o culpado seu erro, para que o mesmo se arrependa e encontre perdão para seu pecado. Para salvaguardar a honra do irmão culpado, o irmão deve ir a sós. Se ele o ouvir ganhou o irmão.
·   Se o culpado resistir e se recusar a admitir a culpa e arrepender-se, o irmão não deve ainda desistir dele. Ele deve visitá-lo novamente, mas agora na companhia de uma ou duas pessoas: “Uma só testemunha contra alguém não se levantará por qualquer iniqüidade, ou por qualquer pecado, seja qual for o pecado que cometeu; pela boca de duas testemunhas, ou pela boca de três testemunhas, se estabelecerá o fato” (Dt 19.15).
·   Se ainda assim o culpado não ouvir o irmão, o caso deve ser levado a igreja. Se mesmo assim o culpado não se arrepender, ele deve ser então tratado como estrangeiro e publicano não convertido, ou seja, pessoas alheias ao reino de Deus. Em decorrência de sua obstinação, ele perde o direito à filiação na igreja e o resultado é a exclusão, para que com a benção de Deus essa pessoa venha a verdadeira conversão: “Seja entregue a Satanás para destruição da carne, para que o espírito seja salvo no dia do Senhor Jesus” (1 Co 5.5).

3.3 Dar mau testemunho para com os de fora

Mt 5. 13-14,16: “Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus”.

1 Co 10.23: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam”.

Cl 4.4,5: “Andai com sabedoria para com os que estão de fora, remindo o tempo. A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como vos convém responder a cada um”.

1 Tm 3.7: “Convém também que tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que não caia em afronta, e no laço do diabo”.

Dar testemunho é deixar brilhar em nós a luz de Cristo. Pessoas transformadas e regeneradas pelo Espírito de Deus seguem não amando as coisas deste século como Demas (2 Tm 4.10), nem seguindo o curso deste mundo (Ef 2.2), mas vencendo todas as tentações deste mundo como a fé  (1 Jo 5.4). Vigiemos para que não sejamos vencidos e envolvidos com as coisas deste mundo para que o nosso último estagio seja pior que o primeiro (2 Pe 2.20).

4. Aceitar a falta de ética no exercício da profissão.

Os funcionários, nos dias de hoje, não devem ter a mesma atitude dos incrédulos em relação ao trabalho. Para os crentes, realizar um trabalho é antes de tudo um culto a Deus e não apenas uma obrigação humana. Portanto, deve ser executado com todo o amor e honestidade, como uma oferta sacrificada ao Senhor. Os incrédulos é que fazem o mínimo necessário, e mesmo assim, quando estão debaixo de seus patrões e supervisores

Ef 6.5-7: “Vós, servos, obedecei a vossos senhores segundo a carne, com temor e tremor, na sinceridade de vosso coração, como a Cristo; não servindo à vista, como para agradar aos homens, mas como servos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus; servindo de boa vontade como ao Senhor, e não como aos homens”.

Cl 3.22-23: “Vós, servos, obedecei em tudo a vossos senhores segundo a carne, não servindo só na aparência, como para agradar aos homens, mas em simplicidade de coração, temendo a Deus. E tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor, e não aos homens”.

4.1 No meio eclesiástico exige-se ética cristã.

Antes de qualquer comentário gostaria de lembrar que meio eclesiástico não é uma profissão e sim chamada. Para ser um obreiro na casa de Deus, usar a palavra de Deus e cuidar do povo de Deus, precisa-se muito mais que um diploma, é necessário a chamada de Deus, o dono e arquiteto da obra.

“Oferecendo cargos e consagrações”. No AT temos exemplo de Moises e Arão homens escolhidos por Deus para guiar o povo e o ultimo como sumo sacerdote. Uma escolha que não foi “barganhada” e muito menos troca de favores, mas intervenção divina para auxiliar na peregrinação de Seu povo. Com Jeremias disse o Senhor que antes que o formasse no ventre já o havia escolhido. No NT, foi Jesus que escolheu seus discípulos (Jo 15.16). Foi Jesus que encontrou Paulo no caminho de Damasco (At 9.3s). Paulo diz a Timoteo para despertar o dom de Deus que já estava nele (2 Tm 1.6). Assim sendo, entendemos perfeitamente que Deus levanta homens e mulheres distribuindo talentos conforme a sua vontade e segundo a capacidade de cada um (Mt 25.14-29), sabendo que na obra de Deus tudo deve ser feito para a sua glória (Rm 11.36) e para a edificação do corpo – a igreja (Ef 4.12,16).

“Abrindo trabalho na porta do companheiro”. Rm 15.20,21: “E desta maneira me esforcei por anunciar o evangelho, não onde Cristo foi nomeado, para não edificar sobre fundamento alheio; antes, como está escrito: Aqueles a quem não foi anunciado, o verão, e os que não ouviram o entenderão”.

O que é ética cristã?

O sistema de valores morais associado ao Cristianismo e que retira dele a sustentação teológica e filosófica de seus preceitos. A ética cristã opera a partir de diversos pressupostos e conceitos que acredita estão revelados nas Escrituras Sagradas pelo único Deus verdadeiro. São estes:

·   Existência de um único Deus
·   Humanidade está num estado decaído diferente daquele que foi criado originalmente
·   Homem é moralmente inclinado a tomar decisões contra Deus.
·   Deus revelou-se a humanidade

“Assim, muito embora a ética cristã se utilize do bom senso comum às pessoas, depende primariamente das Escrituras na elaboração dos padrões morais e espirituais que devem reger nossa conduta neste mundo. Ela considera que a Bíblia traz todo o conhecimento de que precisamos para servir a Deus de forma agradável e para vivermos alegres e satisfeitos no mundo presente. Mesmo não sendo uma revelação exaustiva de Deus e do reino celestial, a Escritura, entretanto, é suficiente naquilo que nos informa a esse respeito. Evidentemente não encontraremos nas Escrituras indicações diretas sobre problemas tipicamente modernos como a eutanásia, a AIDS, clonagem de seres humanos ou questões relacionadas com a bioética. Entretanto, ali encontraremos os princípios teóricos que regem diferentes áreas da vida humana. É na interação com esses princípios e com os problemas de cada geração, que a ética cristã atualiza-se e contextualiza-se, sem jamais abandonar os valores permanentes e transcendentes revelados nas Escrituras”[1].

4.2 A sinceridade faz parte da ética cristã

Sinceridade: Diz-se daquilo ou daquele em que não há engano, hipocrisia ou fingimento; probilidade na intenção ou no falar.

1 Cr 29.17a: “E bem sei eu, Deus meu, que tu provas os corações, e que da sinceridade te agradas”.

Pv 20.7: “O justo anda na sua sinceridade; bem-aventurados serão os seus filhos depois dele”.

Pv 11.3: “A sinceridade dos íntegros os guiará, mas a perversidade dos aleivosos os destruirá”.

4.3 A coerência faz parte da ética cristã

Mt 7.12: “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas”.

1 Co 9.27: “Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado”.

1 Tm 4.2: “Pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência”.

Tg 5.3,4: “O vosso ouro e a vossa prata se enferrujaram; e a sua ferrugem dará testemunho contra vós, e comerá como fogo a vossa carne. Entesourastes para os últimos dias. Eis que o jornal dos trabalhadores que ceifaram as vossas terras, e que por vós foi diminuído, clama; e os clamores dos que ceifaram entraram nos ouvidos do Senhor dos exércitos”.

Referências Bibliográficas:

5 comentários:

marco disse...

QUERO AGRADECER A PORTA DE SIÃO, PELO BOM ESTUDO DA PALAVRA DE DEUS, SOU PRESBITERO DA ASSEB.DE DEUS, E SUPERINTENDENTE DA ESCOLA BILICA DOMINICAL, E ESSE ESTUDO, DA PORTA DE SIÃO, É MUITO UTIL, E FACIL DE SER APLICADO, RECEBA O MEU MUITO OBRIGADO, QUE DEUS CONTINUE ABENÇOANDO A TODOS.

Anônimo disse...

Queria parabenizar a todos os criadores comentaristas do porta de sião e dizer que em praticamente todas as lições da revista os desafios da igreja tenho acompanhado os comentários aqui colocados por vcs e tem contribuido muito para o meu aprendizado e crescimento na fé.

Obrigado,

Thiago, da Assembléia de Deus do Jardim Tupã - Ministério de Madureira, Barueri, SP.

Daniel disse...

Bom dia na Paz do Senhor !!
Tenho indicado este site para todos os professores da EBD que conheço.

RUY MIRANDA disse...

Exelente, imagino como tem ajudado a centenas de professores, pena que faltou a liçao 10, creio que muitos fooram ao poço e nao acharam agua, rsrsrs

Magda disse...

Irmãos, amigos e leitores do blog.
Nós todos que temos comentado neste blog agradecemos as palavras de apreço. Com relação à lição 10, não foi possível postá-la, já que na semana em que ela seria dada, todas as classes de EBD estariam estudando a História das Assembléias de Deus no Brasil em virtude das comemorações do Centenário. Assim, pedimos àqueles que aqui vieram em busca da mesma, as nossas desculpas. Com relação às próximas lições estaremos fazendo o possível para continuarmos cooperando com todos. Grande abraço. Magda